InícioSão PauloÁguia de Ouro mantém alto nível no quesito harmonia e justifica favoritismo

Águia de Ouro mantém alto nível no quesito harmonia e justifica favoritismo

Segunda escola do Grupo Especial da noite de sábado, o Águia de Ouro pisou no Anhembi pela primeira vez nesse ciclo de carnaval

A expectativa pra assistir a atual campeã e uma das favoritas, era alta. Pelo que foi visto, o favoritismo é justificado e resumido em uma palavra: amadurecimento. Os benefícios do título são visíveis no Águia de Ouro: componentes ainda mais entregues, comissão de frente sincronizada e com bailarinos estrategicamente pensados, diretoria focada em cada detalhe na pista, o que resulta numa energia contagiante. É uma escola diferente, mais atenta aos detalhes.

“A gente tem um sistema nosso de trabalho. Agora, hoje mesmo, nós vamos para a quadra, fazer uma avaliação, conversar sobre todos os pontos e cada um fazer a sua análise para sabermos se as coisas batem e o que poderemos melhorar para o desfile. É muito difícil para você analisar uma escola estando ali no meio, por mais que você ande para lá e para cá. Mas no geral, nada que a gente fala muito, que deu muito errado. Teve alguns pequenos erros, ajustes que são normais. Não existe escola que desfila perfeita, em momento algum. Agora é sentar para fazer o máximo para corrigir os problemas que a gente viu. Nós só fizemos um ensaio aqui, mas fazemos muitos ensaios de rua. No ensaio de rua nós fazemos uma simulação de recuo de bateria, tem a mesma distância de pista. Lógico, aqui é sempre melhor, mas o de rua já dá uma boa bagagem em questão de organização. Não tem ponto alto não. Nós somos uma escola muito homogênea, né. Conseguimos equilibrar todos os quesitos. Não dá para dizer que fomos espetaculares. Foi normal”, disse Sidnei Carriuolo, presidente da escola e diretor-geral de carnaval.

Harmonia

O nível de canto da escola sempre surpreende, e surpreendeu. São anos de alto nível, tanto na qualidade da pronúncia das palavras quanto no volume emitido pelos componentes. Pode parecer irrelevante, mas a pronúncia correta de palavras como “Opaxorô” , “Lavar o engano”, assegura a nota máxima no quesito, já que a constância no canto da escola é notada.

Sobre o samba, a construção melódica e as rimas não óbvias, podem garantir um julgamento positivo no quesito. O carro de som conta com um time de cantores principais de alto nível (Douglinhas, Darlan e Serginho do Porto), e mais os intérpretes de apoio, que torna a ala muito segura.

A repicada do cavaco na retomada do apagão: “Senhor”, também contribuiu musicalmente pro desempenho da escola.

“Como é um ensaio só, temos que entregar tudo nele. De adrenalina, acho que foi mil. Agora a gente vai sentar, analisar e ver como é que foi. Para nós do carro de som é sempre bom, porque a gente está do lado da bateria, sempre aquela atmosfera e empolgação. O destaque é do Águia de Ouro é sempre o canto da escola. Atingimos o nosso objetivo. Se esse entrosamento rolou, é sinal de que correu tudo bem. Esse samba é uma junção de dois grandes sambas e a escola abraçou muito. Eu falo sempre que a Águia de Ouro faz o samba crescer, mas esse em especial, tem uma força muito grande, porque o tema fala de muita coisa que passamos nesses últimos dois anos”, comentou o cantor Darlan Alves.

“A gente não tem a visão total da escola, mas eu acho que foi um ensaio muito bom. Precisamos ajustar algumas coisas, mas estamos no caminho certo. Estamos fazendo muitos ensaios de quadra e de rua. A gente procura sempre se corrigir, se afinar e se acertar””, completou Douglinhas.

Evolução

A Aguia de Ouro trouxe um contigente bem grande pro técnico, o que naturalmente fez a escola andar com uma velocidade maior em comparação a agremiação anterior.

Notou-se uma estratégia mais compacta no espaço entre as alas. Pra garantir a divisão e evitar invasões dos componentes, os diretores de ala ficavam na organização, em frente.

A primeira ala chamou a atenção pela sincronia da coreografia e empolgação do canto, o que não significa que destoaram do restante da escola.

Mestre-sala e Porta-bandeira

O primeiro casal da escola, João Camargo e Ana Reis, bailou com terno/vestido azul e amarelo. A sincronia entre eles já é notada há anos, e dessa vez, a dupla ousou mais nos passos, inclusive ao adicionar elementos de temática africana no bailado.

João Camargo bailou e esbanjou segurança, principalmente ao cravar os passos logo após o giro. Na apresentação da torre do segundo jurado do quesito, ambos olharam fixamente pra cabine.

Bateria

A bateria “Batucada da Pompeia”, mestrada pelo Juca Guerra, fez um ensaio seguro. O apagão no trecho “Senhor”, teve uma resposta empolgante da escola. A bossa inicia com o canto da escola, atabaques entram até a retomada da bateria por completo, o que dura até o início da primeira estrofe do samba. No recuo, a bateria optou pelo “caracol”. Entram de frente e cada fileira volta por dentro.

“Nós fizemos dois ensaios técnicos de bateria, confesso que fiquei um pouco preocupado até com o andamento que estava oscilando um pouquinho. Mas hoje mostramos o que é a batucada da Pompeia. Deu tudo certo, tudo que planejamos conseguimos colocar na avenida hoje, e acho que foi muito bom. Se repetir isso no dia 23, vai ser nota 10. Temos dois ensaios na quadra, tem a passagem de som aqui ainda. E a gente vai fazer um ensaio de rua. Sempre tem ajustes, nenhuma bateria é perfeita, sempre tem alguma coisinha lá, e a gente procura ajustar. De acordo com os diretores, ritmistas, que falam. Iremos ajustando, a bateria do Águia é bem democrática, todo mundo fala, ouve, e isso é bem legal. Temos na verdade, um paradão e mais uma bossa só. Sempre no samba, no andamento do samba, que é uma característica da bateria do Águia. Algumas retomadas com as caixas, as viradas. Está dando certo não tem porque mudar. Nossass bossas todas elas com mais de 16 compassos que o regulamento pede”, disse mestre Juca, que falou também da fantasia para o desfile.

“Nós vamos de alabê. É uma fantasia muito rica, com muito búzio e dente, muito bonita. São duas cores, isso é uma novidade, ninguém sabe, agora vocês. Vamos sair com a bateria metade azul e metade branca”.

Outros Destaques

Um destaque do ensaio ficou na conta do Sidney França, o carnavalesco, que trabalhou também como Diretor de carnaval, se comunicando com a diretoria e harmonia através do rádio, e observou cada passo da escola na avenida. Sidney finalizou o ensaio ao lado dos últimos integrantes.

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