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Apaixonados por carnaval: Bruno Lucena fez tatuagem para marcar seu amor pela Imperatriz Leopoldinense

'Desfilar numa escola de samba é algo que todos devem realizar um dia, é um mix de energia, emoção e vibração únicas', diz o gresilense apaixonado pelo verde e branco da Imperatriz

O morador de Olaria, bairro vizinho de Ramos, traz tatuado em seu corpo a imagem de duas asas e os dizeres “Liberdade, Liberdade” em homenagem ao desfile da Imperatriz Leopoldinense de 1989. Bruno Lucena tem esse desfile épico marcado em seu corpo. É a primeira lembrança de infância de uma escola de samba. A série “Apaixonados por Carnaval” apresenta a relação do turismólogo com a Verde e Branco.

“Penso que já nasci apaixonado de verdade pelo Carnaval. Minha família sempre foi frequentadora dos ensaios da Imperatriz e tínhamos também vizinhos que eram partícipes, seja como componente, ritmistas, dentre outros. Foi algo bastante natural; é familiar”.

“Quem não sabe o que é o amor
Não sabe o que é ser feliz
Quem não sabe o que é sambar
Não sabe o que é imperatriz”
Rainha de Ramos, Preto Jóia

A comemoração do grande carnaval da Rainha de Ramos de 1989 foi o pontapé inicial para que tudo ocorresse. Lucena conta que sua primeira lembrança de infância surge na quadra da Imperatriz com apenas quatro anos de idade. Ele ressaltou também que não tem qualquer registro de memória de vida antes disso, e que essa lembrança e sua infância vendo o carnaval pela TV fez com que sua paixão se solidificasse até que ele se tornou componente.

“Linda, majestosa tão querida
Ela se agiganta e encanta a avenida
Verde e branco meu cantar, minha vida, meu pulsar
Sei que é preciso cultivar a flor
Que é preciso sempre amar você e sempre falar de amor”
Rainha de Ramos, Preto Jóia

“Assim como a maioria, assisti pela TV até o carnaval de 1999. Em 2000 fiz minha estreia como espectador na Sapucaí e de cara vi aquele bicampeonato num ano de temática sugerida (todas escolas falaram dos 500 anos do Brasil); de lá pra cá não parei mais de assistir por lá o que virou algo parte de mim, assisto sempre com família e amigos, seja em frisa, arquibancada, camarote… o importante é estar lá!”, diz empolgado.

Quem disse que ele só aparece para assistir sua apaixonada escola no carnaval? Bruno enfatiza que está presente praticamente em todos os eventos da escola: “Lugar de torcedor é ao lado da escola e estou presente praticamente em todos os eventos. A primeira vez que tenho memória, foi em 1989 na comemoração daquele magistral e maior campeonato da Imperatriz. Uma comemoração única e abundante. Os componentes levavam baldes de chopp pra casa. Tanto o desfile quanto samba são clássicos. Orgulhos não só da Imperatriz como o universo das escolas de samba. Havia uma campanha na internet pra concorrer uma tatoo, ganhei e decidi escolher por essa singela homenagem”.

Se essa paixão, até tatuada, surgiu de uma ida a quadra, imagine quando ele desfilou pela
primeira vez? “Desfilei pela primeira vez em 2001, numa experiência fantástica. Duas semanas antes do desfile, me inscrevi e cadastrei também todos os familiares numa promoção de uma rádio, ganhamos no sorteio um par de fantasias. A retirada da fantasia foi no antigo barracão, o que já foi uma experiência sensacional, era uma semana antes do desfile então tudo já estava pronto; ali eu já tive a certeza daquele primeiro tricampeonato que Sapucaí viu. Todos deviam um dia buscar essa experiência em vida. Desfilar numa escola de samba é algo que todos devem realizar um dia, é um mix de energia, emoção e vibração únicas”.

“Vem viver o sonho que sonhei
Ao longe faz-se ouvir
Tem verde e branco por aí
Brilhando na Sapucaí”
Imperatriz 1989

E as loucuras que ele fez pela Imperatriz? Bruna Lucena contou detalhes: “Já fiz tanta coisa, mas creio que ir com a escola para o carnaval de San Luís em 2011 na Argentina foi o mais louco; dois dias e meio de viagem de ônibus pra ir e o mesmo pra voltar. Uma experiência incrível, uma vez que parte da minha ala foi toda, então estava rodeado de amigos o que fez com que apesar do tempo de percurso, fosse bem divertido, desfilar em outro país, conhecer novas pessoas, cantar um samba enredo adaptado para o Espanhol e na curva do desfile ainda ser chamado pra desfilar no carro, devido ao destaque ter ficado com medo e desistir… Foi tal de tira fantasia, coloca outra, sobe na empilhadeira, se pendura no queijo, impulsiona e vai (não tinha Carvalhão) e tudo isso com 7º de temperatura”.

O torcedor gresilente revela o local em que assiste a apuração do Grupo Especial, na quarta-feira de cinzas. “Apuração normalmente assisto em casa, uma vez que resido a 300m da quadra. Não tenho superstição. É torcer, torcer e torcer mesmo. Em 2020 pelo momento diferenciado da escola, juntamos os amigos e assistimos e comemoramos na quadra. Foi sensacional o grito da vitória e de retorno ao local da escola que é o Grupo Especial”.

“Vem provar minha cachaça, amor ôôôô
O sabor é verde-e-branco
Passa a régua e dá pro santo
Que a Imperatriz chegou”
Imperatriz 2001

Bruno Lucena falou sobre ser Imperatriz e qual recado daria para os torcedores da escola. E ele não poupou palavras:

“Eu quero é Sambar!
A cura do corpo e da alma no Samba está!
Sou Imperatriz, sou raiz e não posso negar:
Se alguém me decifrar
É verde e branco meu DNA!”
Imperatriz 2011

“Ser gresilense  é ter a arte como forma de olhar, história para contar e aprender. Ser diferenciado e apaixonado. Acompanha de fato a escola, ser participativo e presente independente de perto ou longe. E ser crítico por natureza, pois se acostumou a vitórias, glórias e ser referência em tudo. É sobre ter bom gosto e carregar uma discografia de excelente qualidade, ter swing no toque de sua bateria excepcional, se emocionar em ver Chiquinho e Maria Helena em sua quadra, é ter a facilidade e orgulho de saber que quase um terço de toda nossa história é assinado por Rosa Magalhães, e outras partes por Arlindo, Max, Leandro… Ser Imperatriz é carregar a garra e bravura de Chiquinho e Maria Helena e tantos outros que nos representam com tanto afinco e orgulho. Voltamos ao Grupo Especial depois de um momento triste em 2019, nos resgatamos em 2020 em todos os aspectos. Nosso brilho no olhar, canto, comissão de frente, e principalmente nosso visual que é o que mais nos identifica. Resgatamos Rosa Magalhães. É o retorno de duas gigantes em conjunto. Duas que se fundem numa e ainda chamam Arlindo pra coroar essa passagem. Ficou pra 2022, com mais e melhor tempo de nos organizarmos pra esse desafio de abrir o primeiro desfile pós pandemia e lutarmos para ganharmos mais um campeonato. Vamos com Rosa, Dalva, Arlindo, Luiz, e todos que amam essa tal Imperatriz”.

“Vem brincar nesse trem, amor
Que vai parar na estação do coração
Faz brilhar no céu Imperatriz
As onze estrelas do teu pavilhão”
Imperatriz 2008

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