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Baianas da Viradouro celebram fantasia em homenagem à Sant’Ana, a avó de Jesus

Por Diogo Sampaio

As baianas da Unidos do Viradouro tiveram a missão de representar na Avenida a Sant’Ana, mãe de Nossa Senhora e avó de Jesus Cristo. Em tons suaves de rosa, azul e ouro, o figurino possuía uma estética barroca. No costeiro, as senhoras traziam uma bebê Maria de pele negra, assim como a tradição de muitas sociedades africanas, em que as mães levam seus filhos por onde forem, como forma de proteção e afeto.

Repleto de adornos e com camadas de tecido, era de se imaginar que este figurino fosse pesado. No entanto, a aposentada Benedita Ferreira, de 73 anos, garantiu que a fantasia é uma das mais leves que já desfilou.

“A fantasia é levíssima! Além disso é muito bonita e confortável. Muito boa, de verdade. É o primeiro ano que faço esse tipo de elogio para uma fantasia”, declarou Benedita, que está há 15 anos na Viradouro, sendo sete deles desfilando na ala das baianas.

Assim como a colega de ala, a também aposentada Ângela Lúcia, de 70 anos, foi só elogios a indumentária. “Essa roupa leve dá para gente fazer todo o movimento que uma baiana faz, todo giratório, para esquerda, para direita… É uma bailarina, né?! Somos chiquérrimas!”, declarou a baiana, que está há cinco anos na escola.

De família descendente do sacerdote Aarão, Sant’Ana era esposa de um santo: São Joaquim. Ele, por sua vez, era descendente da família real de Davi. Nesse casamento estava composta a nobreza da qual Maria seria descendente e, posteriormente, Jesus.

Retratada no enredo da Viradouro por ser uma figura de devoção da homenageada Rosa Maria Egipcíaca por ela, a história de Sant’Ana é desconhecida por muitos. Exceção a isso, a professora de artes visuais Juciara Muniz, de 62 anos, que é baiana há seis anos na vermelha e branca de Niterói, assegurou ter ficado feliz pela escolha da avó de Jesus ser o tema do figurino da ala.

“Maravilhoso esta escolha de tema, é uma benção. Estou me sentindo agraciada. Eu já conhecia a história dela até porque a gente na arte tem que estudar muito sobre religião. Então, vamos pegando alguma coisa, adquirindo certos conhecimentos. Agora, ainda mais pessoas vão ficar conhecendo. Isso é muito bom!”, comemorou Juciara.

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