Por Matheus Mattos. Fotos: Felipe Araújo
Finalizando a noite de ensaios técnicos do domingo, a X-9 Paulistana entrou na avenida com um contingente menor em relação aos últimos ensaios. Roupas dos ritmistas e dos mestres, valorização do ritmo e clima descontraído influenciaram no bom desempenho da bateria. A escola ainda mostra ter detalhes a serem concertados no quesito de evolução e harmonia.
“Pelo ponto de vista nosso nós fizemos um ensaio bom, mas vamos ver a filmagem e identificar os erros. Todo mundo erra porque é um dia de treinamento, mas agradeço a todos, juntos venceremos”, afirmou Branco, presidente da escola.
Comissão de frente
A comissão surpreendeu com a presença de um grande quadripé e com as movimentações que faz no desfile. A ala foi apresentando a coreografia oficial aos poucos. No primeiro a coreógrafa trouxe passos que fazem na quadra, no segundo revelou parte e na noite de domingo revelou ela total. Alguns Integrantes representam os orixás, Oxum e Xangô.
Mestre-Sala e Porta-Bandeira
O casal oficial, Marcos e Lyssandra, mostraram mais uma vez a leveza característica do casal. A porta-bandeira carrega um sorriso constante que dura boa parte do ensaio. A expressividade no rosto do mestre-sala também o destaca. Após cruzar a linha final, a Lys voltou para a pista e encerrou o ensaio junto à bateria.
Bateria
Comandada pela dupla Kito e Fábio, a Pulsação Nota Mil foi o destaque da noite. Os ritmistas vieram fantasiados através do tema “favela”, e isso gerou roupas cômicas. Capacete de motociclista, óculos espelhado, meia na canela, raquete de matar moscas, colete de moto táxi e até pipa voando por cima da bateria ajudaram a proporcionar um clima leve por parte da bateria.
“Esse foi de bom agrado, a gente chegou aonde precisávamos. Andamento ideal, foi um ensaio pra escola. Chegamos num denominador e agora é esperar o grande dia, a escola está de parabéns”, explicou o mestre.
Evolução
No primeiro setor algumas alas estavam bagunçadas. Não houve uniformidade no andar, e em determinadas partes alguns componentes até correram para preencher buraco. Poucas coreografias são vistas e alguns foliões não interagem com a escola.
Harmonia
O primeiro setor cantou pouco, porém o seguinte foi a que melhor desempenhou o quesito na escola da zona norte. As pessoas que estavam dentro das marcações das alegorias não cantavam. O pico de animação do cantar é no trecho “Favela”, na segunda estrofe.
“Hoje nós tínhamos que tirar algumas dúvidas, arrumar algumas coisas, mas a gente conseguiu passar para as pessoas que não era um ensaio ‘técnico’, que elas podiam ficar soltas. Eu vi muita gente cantando feliz, se tava cantando muito eu não sei, mas elas estavam felizes. Esse ponto foi alcançado, as pessoas tem que estar felizes”, afirmou o cantor.
Samba-enredo
O intérprete oficial Darlan Alves valorizou o cantar do samba e realizou poucos cacos. A construção da obra é estratégica e, efetuada de forma correta, faz com que o componente se aproxime da ala musical. O samba empolga, mas sem perder as partes melódicas que o enredo exige.
Destaque
Um destaque visível foi o grupo de japoneses no abre-alas, os orientais sambavam e cantavam com muita alegria.