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Cabine a cabine: como foi o desfile da Em Cima da Hora na avaliação do site CARNAVALESCO

CARNAVALESCO avalia desfile da escola de Cavalcanti nos módulos de julgamento

Primeira escola a desfilar na abertura dos desfiles da Série Ouro, a Em Cima da Hora apresentou a releitura do enredo “33 – Destino Dom Pedro II” do carnaval de 1984. A reportagem do CARNAVALESCO esteve disposta nos módulos de julgamento do Sambódromo e realizou uma análise da apresentação da agremiação em oito quesitos, exceto bateria.

Comissão de Frente

Ao representar as pessoas que utilizam o trem como meio de locomoção, a apresentação da comissão trouxe vários personagens do cotidiano carioca. Apesar de fantasias e elemento de apoio simples, a leitura foi fácil e levantou o público com a coreografia irreverente. Não houve erros de execução nos módulos, entretanto, ficou a sensação de que a ideia de que a escola queria passar no quesito é inconclusiva.

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

O primeiro casal da escola, Jonhy Mattos e Jack Antunes desfilaram com uma bela indumentária que representou os “Senhores do Tempo” nas cores da agremiação. Rápida, a apresentação durou cerca de um minuto e meio. Isento de falhas, a dupla passou correta nos módulos, entretanto, não houve inovações na coreografia e o pavilhão da escola, em alguns momentos durante os rodopios da porta-bandeira, poderia ter sido mais bem desfraldado.

Harmonia

O carro de som da escola de Cavalcante teve um brilho a mais com a presença do consagrado Ciganerey. O intérprete e seu carro de som passaram com perfeito entrosamento, destacando o excelente e conhecido samba da agremiação. Porém, a escola apresentou um canto tímido para um samba bastante conhecido, já que se tratava de uma reedição, e manteve o tom do início ao fim de sua passagem ao longo de todos os módulos. Além disso, o som da Sapucaí estava estourando durante o cortejo da agremiação e quase não se percebia o canto. Todavia, vale destacar a empolgação do componente durante o refrão.

Enredo

O enredo foi bastante didático e de fácil entendimento, a leitura plástica pode ser facilmente identificada na maioria das composições visuais. O cortejo retratou a dificuldade e as peculiaridades dos vagões do antigo 33 que saía de Japeri em direção à Central. Cada elemento e estereotipo do cidadão carioca que pode ser encontrado nos trens da cidade como policiais, vendedores, cartomantes foram abordadas no cortejo da agremiação da Zona Norte.

Evolução

A escola apresentou uma evolução sem muitos percalços não fosse por um espaçamento na cabeça do desfile, entre a musa e a primeira alegoria. Desde o início até a dispersão, o buraco foi recorrente devido dificuldades de condução da primeira alegoria. Faltou um pouco de energia aos brincantes de modo geral que não representaram a alegria que o enredo e o samba pediam.  Destaque positivo para a ala “Rebolando com a Inflação” que passou animada. A bateria não entrou no recuo. A última ala saiu do setor aos 45 minutos.

Samba

O samba dispensa comentários. Um clássico de 84 muito bem executado. Descritivo, serviu muito bem ao enredo e narrava tudo aquilo que era visto passar na Passarela. Ciganerey e sua equipe o fizeram render durante todo do tempo. O refrão “Não é mole não, com a inflação…” foi o ponto alto. As arquibancadas entoaram ao trecho da letra junto da escola permitindo um aumento exponencial no canto e em seu rendimento.

Fantasias

O conjunto de fantasias apresentado pela escola era de fácil leitura. Destaque para a ala 9 ‘Paixão pelo futebol’ que era bastante volumosa. A ala 10 “Vagão feminino” trouxe um lindo estandarte nas mãos. Já a ala dos ciganos sacudia a saia com muito vigor e gerou um efeito interessante visto de cima. Contudo o conjunto pecou pela simplicidade das formas e de materiais ao apresentar poucos costeiros e golas simplórias. Por outro lado, as fantasias eram claramente leves e ajudavam os brincantes a evoluir mais soltos.

Alegorias

Destaque para a primeira alegoria “Embarque no famoso 33” que representou o trem do enredo e obteve leitura fácil e muito direta. Toda de azul e com grandiosas rodas, que ao mesmo tempo eram um relógio e teve um acabamento mais apurado que as demais. A escola pecou pelo acabamento das alegorias, principalmente no chão das partes superiores dos carros onde se percebiam as madeiras. Na primeira, um simples pano cobria todo o teto, porém o tecido estava amassado e mal colocado. No segundo carro “Baldeando por aí”, que narrava o vai-e-vem dos passageiros entre um transporte e outro, a parte traseira foi insuficiente ao trazer um tecido apenas pintado cobrindo toda parte final da alegoria que não contou com nenhum adereço ou escultura.

 

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