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Carlinhos de Jesus revela que comissão de frente da Portela traz religiosidade de Clara Nunes

Por Diogo Cesar Sampaio

O coreógrafo Carlinhos de Jesus volta ao comando de uma comissão de frente em 2019 e, dessa vez, em uma estreia na sua carreira vencedora. Ele vai comandar o grupo da Portela. Em entrevista ao site CARNAVALESCO, o artista comentou o retorno para Marquês de Sapucaí.

“Voltar é uma expressão meio complicada. Estou voltando para avenida, mas o carnaval eu nunca deixei. Até porque o carnaval está enraizado na minha vida desde que eu era garoto. Quando eu não estava desfilando, eu estava como jurado do Estandarte de Ouro. Sempre trabalhando com o carnaval de forma direta ou indireta. Agora, a avenida é minha vida. Estar na avenida é a glória. E voltar para os desfiles, voltar para este carnaval maravilhoso, pela Portela, é uma benção. Pela tradição que a escola representa, pela sua energia, pelo seus 95 anos, por tudo que ela significa, inclusive, na minha vida. A Portela é madrinha da Em Cima da Hora, minha escola de origem. Quando garoto, pré-adolescente e adolescente, eu não saia dessa região daqui. Eu não saia das quadras, de Cavalcanti direto para cá. Então, é um prazer muito grande e uma honra, voltar pela Portela”, declarou.

Sobre os preparativos da comissão de frente para 2019, Carlinhos adiantou que não trará a figura de Clara em si, mas sim toda sua religiosidade. Ele ainda revelou que usará de artifícios tecnológicos na apresentação:

“Muita gente pensa que a Clara Nunes vem na comissão, mas não. Isso posso adiantar. Clara Nunes não vem na comissão, mas vem toda sua representatividade religiosa. Vamos usar uma tecnologia, uma coisa muito simples, não pensem em pirotecnia e nem em coisas muito mirabolantes. Não, não temos. Nossas ações são todas manuais. E pela primeira vez a gente vai fazer isso em uma comissão de frente. Mas é muito simples, não esperem grandes mirabolâncias. O que nós faremos, é a cara do enredo. Está no enredo e na representatividade dessa grande mulher e dessa grande escola. Portela não é escola de pouca tecnologia. É a escola de tradição, de amor, de raiz. Isso que é importante, e isso que eu procurei não fugir. Trazer a Portela como realmente ela merece ser trazida”, afirmou.

Ainda com relação ao próximo desfile, Carlinhos de Jesus revelou que usará um tripé em seu trabalho. Apresentou também sua opinião sobre esses elementos cenográficos, que acompanham a maioria das comissões na atualidade, e o seu crescimento de tamanho ao longo dos últimos carnavais.

“Eu gosto do mínimo de coisa possível. A ideia dessa comissão da Portela, começou com uma coisa muito simples, mas diante do que vou ter de fazer na avenida, eu vou ter de subir um pouco essa alegoria, esse tripé vamos dizer assim, para poder suportar um gerador que vou que trazer. Porque, se não fosse isso, nós iríamos vir bem mais baixos. Eu gosto de vir com o mínimo possível. Trazer uma criatividade partindo do nada, e de repente, surgir uma grande coisa. Ou de uma grande coisa reduzir, desaparecer. Usar o truque da melhor forma possível, sem grandes tripés e alegorias”, assegurou.

Carlinhos ainda disse sua opinião sobre as chamadas ‘comissões espetáculo’, que priorizam efeitos e uso de tecnologias.

“Eu não tenho nada contra as comissões espetáculos. Eu já acho que muitas desapolam um pouco a coisa do perfil do carnaval mesmo. Mas eu não quero fazer nenhuma crítica, até porque poderia estar criticando um trabalho meu, que eu possa ter pesado um pouco mais até porque quisesse o tema. Mas qualquer coisa que você traga para uma apresentação, por mais interessante que seja, não pode perder a noção do que é carnaval. Vamos trazer uma tecnologia, uma modernidade, mas dentro do contexto tipicamente brasileiro, de uma criatividade, de uma espontaneidade que é o carnaval, aí eu aplaudo. Acho que a gente tem de medir um pouco, segurar um pouco a mão e a cabeça, para que o carnaval não perca essa grande importância da criatividade e espontaneidade do povo brasileiro”, ponderou Carlinhos.

A Portela é a terceira escola a desfilar na segunda-feira de carnaval. A Majestade do Samba traz o enredo “Na Madureira moderníssima, hei sempre de ouvir cantar uma Sabiá”, sobre a cantora Clara Nunes, que é assinado pela carnavalesca Rosa Magalhães.

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