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Com banho de ervas e a proteção de Xangô, terceira alegoria do Império celebra a religiosidade de Arlindo

Por Diogo Sampaio

Ao longo de toda a sua carreira, o cantor e compositor Arlindo Cruz manteve uma relação bastante intrínseca entre a obra que produzia e a religiosidade. A música “Banho de fé”, composta ao lado de Sereno e Sombrinha, é um exemplo disso. A canção serviu de inspiração para o carnavalesco Alex de Souza desenvolver a terceira alegoria do Império Serrano, intitulada de “Vai lá na pedreira do meu pai Xangô, faço o favor e tome um banho de abô”. No carro em questão, uma enorme escultura de Xangô era erguida no alto, ao centro, para um banho de ervas sagradas.

O arquiteto Luís Pizzotti, 59 anos, é um dos componentes que desfilou nesta alegoria e antes mesmo de entrar na Marquês de Sapucaí, ainda na concentração, se mostrou encantado com o que viu. “O carro é um deslumbramento. A gente está desfilando na parte de baixo, como caboclos, dando a força toda para o Rei Xangô, que é o orixá de cabeça do Arlindo. Então, só posso dizer que é tudo de bom, é muita energia positiva, exatamente o que a gente quer passar para o Arlindo neste momento”, afirmou Luís.

Fã de Arlindo Cruz, o dentista Rui Simões, de 61 anos, veio especialmente de Fortaleza, no Ceará, para participar da homenagem do Reizinho de Madureira ao maior baluarte vivo da escola. “O Arlindo foi um expoente, tanto na música, como na religião, no mundo artístico. É muito bacana estar aqui, desfilando, em homenagem a ele. Inclusive, estive na final do samba, em outubro do ano passado, na quadra do Império e foi algo inesquecível”, declarou.

O jornalista Diego Nascimento, de 31 anos, ainda ressaltou que a ligação íntima com a religiosidade não é só uma característica da obra de Arlindo Cruz, mas também do próprio Império Serrano. “O imperiano está sempre ligado a fé. Ele sempre expôs muito isso nas músicas dele. E a escola ao homenagear ele também homenageia toda a sua espiritualidade. Ele é filho de Xangô e é isso que esse carro representa. Xangô é o pai da justiça e nada mais justo do que trazer ele no desfile do Império, para também acabar com a intolerância religiosa que existe demais hoje em dia”, opinou.

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