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Compositores da Mocidade falam sobre ‘super final’ e destacam pontos favoráveis de cada samba

A Mocidade terá um doce problema para resolver na madrugada deste sábado. Com quatro grandes sambas na final, a escola define seu hino para homenagear Elza Soares no Carnaval 2020. A reportagem do site CARNAVALESCO conversou com um representante de cada parceria que está na final. Eles falaram sobre o enredo e claro sobre as qualidades de cada obra nesta grande final.

Denilson do Rozário, da parceria de Paulo Cesar Feital, campeã em 2017 e 2018, destaca que a obra da autoria de seus amigos desenvolve a homenagem à Elza de forma mais objetiva e ressalta que a Mocidade possui o melhor enredo do carnaval.

“Temos um samba que retrata a vida de Elza de uma maneira clara e objetiva, uma melodia muito bacana e uma cadência que vai proporcionar à escola fazer um grande desfile, contribuindo com o andamento que a nossa bateria costuma tocar e contribuir para a harmonia fazer um grande trabalho. O DNA do nosso trabalho é que as estrofes se completam e torna uma harmonia homogênea, mas o refrão do meio é maravilhoso, precisamos dar continuidade ao legado de Elza, levantando a bandeira contra a violência feminina. Na minha opinião como independente, temos o melhor enredo do carnaval 2020, (minha opinião), falar de uma mulher com as características e história de Elza, por si só já é o diferencial, mas levantar a bandeira em defesa das Elzas, espalhadas em todo Brasil é muito importante, já passou da hora das pessoas entenderem que mulher é um ser mágico, é uma combinação de força, coragem, simplicidade e amor”, diz.

Diego Nicolau, atual campeão na Mocidade, e também vencedor em 2012 e 2014, elogia as obras concorrentes mas aponta que o samba de sua parceria entendeu a história de vida de Elza Soares de uma forma como um manifesto.

“Acho que merecimento todos tem mas acredito que nosso samba se diferencia no sentido de entender profundamente a história de vida da nossa querida homenageada e em forma de manifesto nos colocar junto a ela nessa luta pelos sem voz. Queremos que cada um dos desfilantes possa ser par da Elza nesse grito pelas causas que ela já defende em sua vida e carreira. Acredito que essa forma que escolhemos de cantar Elza nos fez ter por todo samba versos marcantes como o Preta sim, Medo não, Menina Magrela manchou aquarela do homem e o bordão Ninguém solta a mão de ninguém. Fora isso acho que os refrãos ajudam o samba a ecoar na quadra. Sem dúvidas ser uma homenagem em vida já o destaca, além disso é pra uma personagem de vida e carreira ricas e que tem relação direta com a agremiação. Entendo que seja o melhor dos cenários pro torcedor independente. Daí os diferenciais desse enredo”, destaca o compositor.

A parceria de Sandra de Sá também vai em busca de uma vitória. Integrante do time e filho do lendário Nei Viana, Igor Viana aponta à nossa reportagem os motivos pelos quais ele acredita que o samba pode se consagrar campeão ao fim da disputa.

“Eu e meus parceiros buscamos a vitória, por ser um sonho de todos e também por termos a impressão que o nosso samba junto a todos os que estão na final, tem plena condição de representar muito bem a Mocidade. O meu trecho predileto da obra é ‘Se acaso você chegar’, com a mensagem do bem, o mundo vai despertar, deusa da vila vintém. És a estrela…meu povo esperou tanto pra revê-la’. Na minha opinião o diferencial do enredo da Mocidade é ser um enredo forte, contando a luta de uma mulher forte, nascida nos braços da comunidade, um enredo esperado pelo povo independente, povo este que sonha em rever a Elza, em um lugar de grande destaque dentro da Mocidade, brilhando junto com a agremiação e o pavilhão. Daí o diferencial na minha opinião. E o melhor de tudo, é que a Mocidade atendeu o chamado do seu povo, com a sua grande homenageada em vida, apta a cantar na avenida a sua vida, a plenos pulmões”, define.

Zé Glória é mais um compositor nesta final com histórico recente vencedor na Mocidade. Para chegar lá mais uma vez, o experiente poeta aponta que o samba conseguiu expressar de maneira lúdica a trajetória de luta na vida de Elza.

“O nosso samba é candidato à vitória na minha opinião por conseguir expressar poeticamente a trajetória de luta da nossa homenageada Elza Soares. Nosso diferencial no meu ponto de vista foi mostrar para as pessoas que apesar de todas as dificuldades que a vida pode colocar no nosso caminho é possível vencer, como ela. O meu trecho predileto da obra é ‘Sou a Deusa dessa gente tenho a cor que incomoda, o revide inteligente dos que estão fora de moda. Sou a Deusa dessa gente que das cinzas toma rumo. O poder em verde e branco pra sambar no fim do mundo'”, opina.

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