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Compositores finalistas no Império da Tijuca aguardam ansiosos grande decisão

Responsável por encerrar o desfile das escolas da Série A em 2020, o Império da Tijuca já vive a expectativa por conhecer a obra que vai embalar seu carnaval no ano que vem. No grupo, o Império da Tijuca será uma das primeiras escolas a definir o samba-enredo de 2020, que vai ajudar a Verde e Branca do Morro da Formiga a contar a história de Evandro dos Santos, semianalfabeto, pedreiro e retirante conhecido como o “Homem Livro” ou “Carteiro Literário” que já viajou o país, transvestido em escritas e fragmentos de grandes literatos do Brasil, pregando o saber na distribuição de livros retirados do lixo.

A reportagem do CARNAVALESCO conversou com cada uma das quatro parcerias que vive a ansiedade pela final desta sexta-feira sobre as razões pelas quais cada uma acredita que possa vencer.

O compositor Diego Nicolau, intérprete da Unidos de Padre Miguel que já emprestou sua voz para obras de diversas parcerias espalhadas pelas escolas do Rio de Janeiro, hoje um dos compositores da parceria 2, joga a responsabilidade de escolha para a direção do Império da Tijuca e prefere valorizar o sentimento de fazer um samba que será entoado na Avenida.

“Acho que todo e qualquer compositor merece ter sua obra na avenida e isso é uma escolha da agremiação. Eles conhecem bem o projeto de carnaval e vão saber decidir e a nós resta fazer uma bonita festa para valorizar a escola e a ala dos compositores. O enredo desse ano é bem atual e sinaliza uma preocupação em valorizar a educação como saída para um país melhor, uma “escola” de samba dando as mãos à educação pra seguir na luta por um Brasil menos desigual”.

Já a compositora Valéria Amorim da parceria número 4, prefere destacar a ligação do enredo com a vocação do Império da Tijuca para apresentar temas com enfoque na cultura e busca do conhecimento.

“Realizamos um trabalho de união, exaltando e valorizando a educação e a importância do Império da Tijuca no mundo do samba, pois é a única escola de samba educativa. Mas também, pensando no carnaval e em um desfile empolgante que deixará uma mensagem importante para todos os presentes na Marquês de Sapucaí. E, este enredo foi um presente especial para a nossa escola e para os Educadores do Brasil. Meu trecho preferido é o que diz ‘Escola de Samba educativa, meu Império é forte é raiz, nasci sou do Morro da Formiga, quimeras de um eterno aprendiz’ “.

Para um dos criadores do samba 3, Eduardo Katata, é até difícil falar o que mais gosta no samba porque todo o pai acha o filho bonito, então, o compositor prefere ressaltar a química entre a obra e a comunidade que ele diz ter observado.

“O nosso filho nunca é feio. Mas no contexto geral, nosso samba está sendo bem aceito pela comunidade. A escola está cantando nosso samba. O meu trecho preferido é o ‘meu império da Tijuca tem o quê? Real saber, faz acontecer! Num tsunami de amor, muito axé, seja o que Deus quiser’. E o enredo é um enredo legal. Falar de educação é sempre uma coisa boa”.

Cláudio Russo, compositor convidado do samba 5, afirma que a grande emoção é trabalhar com compositores já tradicionais do concurso de sambas do Império da Tijuca em uma obra que, segundo ele, traduz a alma do trabalho imaginado pelo carnavalesco.

“Eu acho que a nossa parceria já tem uma história no Império da Tijuca. Na verdade, eu sou convidado desta parceria, o Jayme e o Gilmar já tem uma história por aí e o nosso samba, eu acho que conseguiu traduzir a alma do enredo e o que o carnavalesco quis. Os educadores, o homem livro. A força transformadora que a educação pode ter no ser humano, principalmente nas crianças. Aliamos uma melodia forte, uma melodia bonita, mas com uma mensagem ainda mais forte ainda, pela educação, pela ideia dos grandes educadores e pensadores e traduzindo isso de uma forma bonita”.

A grande final de samba-enredo no Império da Tijuca vai acontecer nesta sexta-feira (06) na quadra da Alegria da Zona Sul, Rua Frei Caneca, 211-233, no Centro do Rio a partir das 22h.

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