InícioSão PauloComunidade canta forte, mas Rosas de Ouro peca em fantasia e evolução

Comunidade canta forte, mas Rosas de Ouro peca em fantasia e evolução

Fechando os desfiles do Grupo Especial do carnaval de São Paulo, a Rosas de Ouro, assim como nos ensaios técnicos, mostrou um canto forte e claro, muito devido a bateria de mestre Rafa, que coloca a escola para cima e o sincronismo com o carro de som, que juntamente se entrosaram nos arranjos, além do samba que tenha uma ótima letra e uma melodia que puxa a comunidade. Outro destaque foi a comissão de frente, que se apresentou de forma lúdica, contando um pouco de toda a história da tecnologia, tendo como exemplo as revoluções industriais. Mais um destaque, o casal estreante, Everson Sena e Isabel Casagrande, mostrou um desempenho consistente. O quesito fantasia deixou a desejar, os materiais escolhidos foram errôneos e deu a impressão de que tudo foi feito às pressas. O enredo da escola se chama “Tempos Modernos”, que fala sobre a história e o futuro da tecnologia. A Rosas de Ouro fechou seu desfile em 63 minutos.

Comissão de frente

A comissão de frente usou um figurino branco com detalhes em branco e dourado. A ala teve como personagem principal o robô símbolo do enredo, chamado ROXP4, e contou de tudo um pouco, com personagens entrando e saindo do elemento alegórico, tendo componentes fazendo acrobacias com o objetivo de representar a evolução da tecnologia e a relação com o ser humano, onde o homem exaltam os seres tecnológicos.

Mestre-sala e Porta-bandeira

Usando fantasias luxuosas, nas cores laranja, dourada e vermelha, o casal realizou todos os movimentos que são previstos no regulamento, com as finalizações sendo executadas de forma correta. O sorriso no rosto foi contagiante e a dupla mostrou um belo desempenho em sua estreia.

Harmonia

A escola cantou forte em seu desfile. A Rosas de Ouro é outra escola que tem como característica a leveza e a forte harmonia, e não foi diferente, a comunidade da Brasilândia teve um desempenho satisfatório, mesmo sendo a última escola a desfilar, e o samba foi o principal responsável. O êxito se deve muito a obra, que é de fácil assimilação, tem uma melodia que faz com que o samba seja alegre e uma letra positiva, um exemplo melhor disso são as últimas estrofes da obra, como “é tempo de amar” e “unir os corações”, são fatos que prosperou a favor da comunidade.

Enredo

A ideia do enredo é ser narrado pelo personagem ROXP4, que foi criado para ser brinquedo de uma criança, mas com o passar do tempo, novas tecnologias surgem e ele foi esquecido. Após, o enredo se desenvolveu com as invenções das revoluções industriais e do que a mente humana seria capaz de inventar, como a máquina à vapor, o ferro, automóveis, até chegar à tecnologia 4.0. Apesar do mediano aspecto visual, a assimilação dos elementos foi fácil e a proposta na avenida, desenvolvida pelo carnavalesco André Machado, foi sucedida de maneira correta, que foi de explicar o que foi a tecnologia e o que será na história da humanidade.

Evolução

A evolução teve um desempenho satisfatório, mas houve um pequeno buraco na ala 6, os componentes da própria fileira foram separados com três de cada lado, durou aproximadamente um minuto, e rapidamente foi corrigido pelos chefes de ala. De resto, as alas estavam alinhadas, sincronizadas e não houve presença de buracos ou invasão de alas.

Samba-enredo

O samba da comunidade traz uma letra positiva do que pode vir a ser a tecnologia, como frases que diz “é tempo de amar”, “unir os corações”, e é de fácil assimilação por parte dos componentes, pois tem uma melodia agradável. Mas o maior fator positivo foi a ala musical, que desde os primeiros ensaios mostrou muito entrosamento com o samba. Destaque principal para o experiente intérprete Royce do Cavaco, que jogou várias vezes o samba para a comunidade.

Fantasias

Pelo fato de desfilar com o dia claro, a escola optou por materiais mais brilhosos, pouco se preocupou com o uso de plumas e fantasias ricas, preferiram priorizar o fácil entendimento. Entretanto, algumas alas, especificamente do setor 3 em diante, tinham materiais que dificulta a leitura e encarece a vestimenta. Porém, as fantasias de mestre-sala e porta-bandeira se destacaram, com cores fortes e uso de muito brilho, que combinou com a claridade.

Alegorias

O abre-alas foi um carro grandioso, representou uma máquina mortífera, com escultura de ‘cyborgues’ na parte de cima, dando ideia de destruição por parte da tecnologia. Dourado e preto predominante, o segundo carro simboliza a máquina a vapor, invenção que marcou a primeira revolução industrial. O terceiro carro predomina as cores dourado, preto e cinza, com muito brilho e representa a transição entre a segunda e terceira revolução industrial, com uma alusão ao Fordismo. O quarto carro veio nas cores azul e rosa, retratando o desenho animado Jetson, dos anos 70, que falava sobre tecnologia. Último carro veio azul com prateado, com uma escultura de um robô amamentando um bebê humano, usando a tecnologia para coisas boas no futuro, algo bem pensado, e que retrata bem o que será a humanidade daqui para frente. As alegorias do Rosas de Ouro obviamente foram pensadas para um desfile em claro, mas exceto o abre-alas, os demais não tinham vida, falta de movimentos e alas com encenações.

Outros destaques

Movimentação da bateria no recuo, entram e saem algumas vezes, o que acarretou em um visual interessante.

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