Comunidade da Beija-Flor rasga o chão na Mirandela e mostra que está pronta para a volta por cima

Depois da pior colocação da escola na Era Sambódromo em 2019, o povo da Baixada demonstrou que está apto para mostrar na Avenida que vai dar a volta por cima

A comunidade da Beija-Flor de Nilópolis não é reconhecida como a mais aguerrida do carnaval à toa. Depois da pior colocação da escola na Era Sambódromo em 2019, o povo da Baixada demonstrou que está apto para mostrar na Avenida que vai dar a volta por cima. A escola realizou neste domingo o seu primeiro ensaio de rua da temporada, na tradicional Mirandela, no centro de Nilópolis. Com pouco tempo de casa, Dudu Azevedo demonstra já entender o tamanho da bandeira que defende. Antes de iniciar o ensaio, o diretor de carnaval chamou a comunidade aos brios. (Fotos: Eduardo Hollanda e Guilherme Ayupp)

Harmonia

Depois de realizar um desfile muito frio em 2019, a comunidade nilopolitana parece ter acordado. Em qualquer ponto da escola era possível notar um canto muito forte, naquele padrão que a própria Beija-Flor passou a imprimir, sendo chamada de rolo compressor.

Evolução

Como ainda foi o primeiro ensaio de rua, a azul e branca precisa estar atenta a alguns pontos importantes que fazem parte do quesito. O principal deles foi o fato de ainda muitas pessoas estarem andando nas alas, embora cantando forte. Algo que certamente será alvo de atenção nos próximos treinos. O quesito evolução pede que os componentes dancem e brinquem na avenida.

“Nosso primeiro ensaio foi muito bom, marcamos jurado, tempo. Canto e evolução boas. Dia 15 de dezembro realizaremos outro na Mirandela. Tentamos realizar um ensaio nos moldes da Sapucaí. Realizamos entrada em curva, a bateria posicionada no meio, tudo como é na Sapucaí. Estou bastante satisfeito para um primeiro ensaio”, elogiou o diretor Dudu Azevedo.

Samba-Enredo

A obra nilopolitana prova a cada execução que de fato era a mais adequada para representar a escola no ano que vem, encerrando os desfiles. O samba obteve um excelente rendimento, mesmo sem a presença de Neguinho da Beija-Flor no ensaio. Tem tudo para ser um dos principais do Carnaval 2020.

Bateria

Se há um quesito que é referência na Beija-Flor, independente da qualidade de seus desfiles nos últimos anos, é sua bateria. Os comandados dos mestres Rodney e Plínio seguem demonstrando a excelência de quem tem um dos melhores trabalhos do Grupo Especial. No ensaio deste domingo, destaque para a afinação e o andamento adotado, que ajudaram muito no rendimento do primeiro ensaio de rua da Deusa da Passarela.

“Gostei de tudo, mas sei que a evolução é gradativa. A motivação e a animação de todos contribuíram para esse bom desempenho. Desde maio não paramos de ensaiar. Estamos sabendo explorar bem esse samba, que é muito rico melodicamente. Acho que achamos o andamento. Variamos aqui entre 146 e 145 BPM (batidas por minuto)”, elogiou o mestre Rodney.

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Elogiar o comprometimento e o foco de Claudinho e Selminha Sorriso é chover no molhado. Só que diferente de outros casais, eles não se limitam a realizar com determinação o seu trabalho. Além de realizarem simulações de paradas para jurado com parte da coreografia de desfile, se mantém parados no final do ensaio oferecendo o pavilhão à comunidade no encerramento do treino. São muito mais que um casal, mas um patrimônio da escola.

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