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Convicto, Império de Casa Verde apresenta enorme evolução em ensaio e entra na disputa pelo título

Por Matheus Mattos

Última escola de samba a ensaiar no Sambódromo do Anhembi visando o desfile de 2020, o Império de Casa Verde cresceu de forma surpreendente e já se apresenta como uma das favoritas. Antes mesmo de iniciar o treino, o intérprete Carlos Júnior conversou com a comunidade sobre diferentes assuntos. Comentou sobre situação das alegorias do barracão após a chuva, enfatizou importância do ensaio, e pediu animação e empolgação aos desfilantes. A escola passou com 59 minutos e 1.900 componentes.

“É um outro ensaio. Não podemos esquecer o primeiro, mas esse ensaio foi da alegria, da garra, da superação. A gente tem comunidade pra isso, e o Império foi na técnica e na vontade. Nós chamamos a comunidade, olhamos nos olhos e falamos que só dependia deles. É difícil de acreditar, mas a gente estava achando que não podíamos. Fizemos muitos ensaios, conversamos e todo mundo entendeu que a gente pode o que a gente quiser”, declarou Serginho, diretor de harmonia.

Samba-enredo

Ainda comentando sobre o intérprete, Carlão vem demonstrando a cada dia a sua confiança com o respectivo carnaval. Ele canta em bom desempenho técnico em todo trajeto e tem a liberdade pra fazer aberturas vocais, como nos trechos “Se Deus é por nós”, “Vem das mãos do criador”, “segue ao toque do vento”, entre outros. A equipe de cantores também abria vozes. Notou-se também contracanto no trecho “Guardiões da terra prometida”.

Já as cordas, que no ensaio contou com 2 cavacos e 2 violões, também tinham arranjos, desenhos e palhetada firme em alguns momentos. Variação escutada no “Um sonho para imortalizar”, e repicada no “Oh meu Brasil”.

Comissão de frente

A ala trouxe bailarinos com rostos pintados de tigre. A comissão traz movimentos bem rápidos e bom sincronismo. Um trecho em específico, todos os integrantes se viram para plateia, uma interação prevista em regulamento e bem executada. Assim como pontuado na última análise, o quesito traz caixotes e os bailarinos retiram uma espécie de bandeja de dentro.

Harmonia

Quando comparado o último desempenho da escola com o primeiro técnico, nota-se uma grande evolução no quesito. Dessa vez os componentes cantaram o samba, em praticamente todas as alas os desfilantes sabiam pronunciar cada trecho de forma correta. Não houve oscilações entre quesitos e alas. A escola apresentou um bom nível de canto.

Evolução

Também é um quesito de destaque positivo. Primeiro que, pelas dimensões das alegorias e número de componentes, a escola optou por estabelecer um andar mais rápido.

O ensaio trouxe componentes soltos e alegres. Um ponto de destaque é a postura dos Diretores de harmonia, eles não cobravam os componentes de forma agressiva, apenas cantavam o samba, mostravam muita empolgação e indicavam o momento das coreografias.

Mestre-sala e Porta-bandeira

Atrás do abre-alas, o casal Rodrigo Antônio e Jessica Gioz, trouxe passos leves e olhar constante entre eles. Durante a passagem ao segundo jurado do quesito, a dupla demonstrou segurança, cortejo característico deles e pavilhão devidamente apresentado. Os dois também utilizam frases do samba pra seguir o passo.

Bateria

A entrada da bateria no recuo foi tranquila e, durante a recomposição da ala atrás, a corte preencheu os espaços vazios. A postura rítmica da bateria durante a segunda estrofe se destaca. A começar pelo ataque de chocalhos junto às caixas. Depois pelo toque do tamborim, onde os ritmistas da frente aproveitam pra coreografar. Entre as bossas, a que se inicia no segunda refrão apresentou uma conversa entre cozinha e leves, com ataques de caixas.

Durante a passagem do último jurado do quesito, mestre Zoinho comandou a bateria literalmente no meio da cozinha. Um ritmista acompanhou a batucada com um Derbakke, instrumento libanês.

Outros Destaques

Um dos destaques ficou na conta da ala das baianas. As mulheres vestiram um vestido comum e com turbante. A variação de cores das mulheres proporcionou um efeito visual agradável.

O abre-alas também chamou a atenção, mas não pela dimensão, já situada na primeira análise, mas pela presença da ala coreografada. Eles trouxeram uma coreografia com muitas informações, acrobacias e passos rápidos.

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