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Da negritude resplandecente a reparação histórica: A ala 28 e o elemento cenográfico da Beija-Flor

A Beija-Flor entrou na avenida com o enredo “Empretecer o pensamento é ouvir a voz da Beija-Flor”. Essa temática enaltece as glórias, as histórias dos negros e também retrata a luta contra o racismo. Desenvolvido pelo carnavalesco, Alexandre Louzada, o tema foi um pedido dos componentes da escola que queriam a volta do enredo afro.

Possibilitando o retorno ao legado dos antepassados, restabelecendo a consciência histórica africana, que é baseada por várias pensadoras negras que serviram como influência teórica e estética do desfile da escola.

O elemento cenográfico que a ala 28 “Negritude resplandecente, consciente a se reconstruir”, veio à frente, representa a “Reparação histórica”. Esta alegoria é composta por estátuas de invasores, escravocratas e expoentes do racismo simboliza um mundo colonialista, racista e excludente.

Já a ala 28, é um convite à derrubada de antigas e preconceituosas imagens para que se construa um novo pensamento. Sendo assim, por meio dos corpos negros em movimento, novos ícones possam ser exaltados e que dê ao país “a cara que ele sempre negou”.

Desfilando na escola desde quando tinha 20 anos de idade, o motorista Paulo César, de 60 anos, conta a importância de vir à frente deste elemento: “O Brasil tem muitas questões raciais e políticas e o enredo veio falando sobre isso. É preciso mudar muita coisa ainda. Vir nessa ala e na frente desse elemento foi muito importante para mim como homem negro, pois já passei por diversas situações constrangedoras. E hoje pude representar os homens negros de Nilópolis”.

Muitas escolas trouxeram enredos que contém questões sociais que são de extrema relevância e a Beija-Flor não foi diferente. Em seu samba, a escola enaltece personalidades negras que foram e ainda são importantes na cultura afro-brasileira. Para a técnica de enfermagem, Rosângela Silva, de 48 anos, a instituição acertou em cheio ao fazer esse enredo, ela explica sobre o que ele representa na vida dela:

“Desde que nasci, tenho a Beija-Flor no meu coração. Quando a escola divulgou sobre o enredo desse carnaval me trouxe uma felicidade imensa. Me identifiquei com ele, pois a gente passa por muita coisa e ver alguém olhando por nós e dando visibilidade é muito importante. Como mulher negra, agradeço demais a minha escola por ter feito esse enredo”.

Combater, resistir e existir, é um pouco do que está por trás de empretecer o pensamento. Uma história de luta e resistência do povo negro, pois dada as batalhas diárias que eles passam, é necessário que os governantes tomem atitudes que que combatam os preconceitos.

Para a comerciante Kátia Quintela, é essencial que todos se respeitem, independente de raça e religião. “Respeito e igualdade são muito importantes e é preciso também ter uma troca genuína. Ter mais matérias nas escolas, incentivarem aos outros a ler e saber respeitar também cada pessoa”, afirma.

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