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Dragões apresenta um dos melhores ensaios técnicos de 2020 no Anhembi e sonha com título inédito do Especial

Por Matheus Mattos. Fotos: Felipe Araújo/Liga-SP

O ensaio técnico da Dragões da Real já tinha começado antes mesmo da escola entrar na pista. A promessa da agremiação estar solta e preparada para brincar na avenida foi efetuada beirando a perfeição. O esquenta demonstrou tal força, onde cantaram hino, exaltação e samba de 2017, desfile que homenageou Asa Branca.

O clima leve também foi notado nos integrantes da comissão de frente, que dançaram em todo o esquenta. Antes do grito de guerra, o presidente Tomate relembrou momento que visitou hospital com crianças e pediu apenas alegria aos componentes.

“Tem gente que está no hospital e não consegue nem sorrir. Tem gente com problemas tão sérios, que na cama de hospital não conseguem nem tirar um sorriso do rosto. Mas eles tiram sorrisos sabe da onde? Da alma. E é essa mesma alma que a gente deixou no ensaio passado, e hoje não vai ser diferente. Agradeça por simplesmente poder sorrir”, finalizou.

A escola trouxe dois tripés, um abrindo a escola escrito “Sorria” e outro fechando com “Alegria”. Ambos contavam com grandes emojis nas laterais. No resumo da obra, pôde-se notar uma escola com clima de desfile, perfeição em quase todos os quesitos, comunidade solta e irreverente. Com a exibição, a escola promete resultados grandiosos.

O presidente Tomate conversou com o site CARNAVALESCO sobre análise do último treino.

“A gente sabia que ia ser difícil superar o primeiro. Já tinha falado que intenção era brincar, claro que com responsabilidade. Com calma vou ter uma análise técnica, mas pela interação da arquibancada, do público, eu creio que foi um ensaio maravilhoso”.

Evolução

O quesito foi um dos pequenos pontos negativos no primeiro técnico. Com a última exibição, a escola demonstrou correção rápida e eficaz. Atrás da comissão, veio uma ala coreografada numerosa, com bastante informações e coreografias arriscadas. Um destaque positivo é a movimentação das alas durante a execução do segundo refrão. A ala da frente se move para a direita, enquanto a seguinte ao sentido contrário, e o ato é visto em toda a escola. Algo que traz um efeito visual muito atrativo. A entrada da bateria no recuo foi efetuado de forma eficaz. O estilo de desfile dos Dragões segue a característica mais compacta, e isso faz com que a invasão de alas se torne preocupante.

Mas o que foi notado também, é a atenção dos harmonias com a organização, Principalmente, os chefes de alas que desfilam guiando na frente. Na falta de um Integrante da harmonia, os próprios componentes tentavam se corrigir, e isso sem parar de cantar, uma simples comunicação de gestos. Outra questão também a ser destacada foi a apresentação de diferentes adereços, cada uma tinha um detalhe diferente, chapéu, óculos, peruca, adereços de mãos, uma extensa variedade. O trajeto foi muito tranquilo, eles optaram por um andar mais cadenciado, proporção causada pela compactação. A escola fechou o ensaio com 59 minutos.

Comissão de frente

Assim como os demais quesitos, a comissão de frente fez uma exibição com clima e qualidade de desfile oficial, principalmente pelo elemento cenográfico. O tripé estava todo embalado, o que dava noção de ser o oficial, mas notou-se algumas pistas. Ele contém rodas e a estrutura de um caminhão, porém com escadas e um trecho aberto nas laterais. O que mais cativa na apresentação é a preocupação da interação com a plateia. Grande parte dos movimentos são direcionados ao público, quando não, três componentes localizados acima do elemento cenográfico, pedem palmas e vibrações. A coreografia tem muitos detalhes, passos de sincronismo e movimentos acrobáticos. Toda a comissão voltou pra avenida e encerrou o treino junto à toda comunidade.

“Foi um avanço muito grande. No primeiro a gente sentiu que precisava fazer alguns ajustes, e mudei pra hoje. Estamos chegando no ideal, lógico que falta alguma coisinha, mas de restou foi muito boa. A gente conseguiu conversar com o público, que era a minha principal missão”, disse o coreógrafo Ricardo Negreiros.

Mestre-sala e Porta-bandeira

Vestidos com a tradicional vestimenta de um casal em dia de ensaio, a dupla oficial Rubens de Castro e Evelyn Silva trouxe um bailado com uma maior valorização dos passos, principalmente do cortejo. O casal tomou muito cuidado com as pausas no passos, que inclusive está inserido no critério de julgamento. Observado em frente à torre 04, eles apresentaram o pavilhão da forma devida e bailaram, com toques de criatividade que seguem a letra do samba. Assim como a comissão de frente, o casal também voltou.

“Proposta feita, proposta realizada. Transmitir alegria é a nossa proposta, e executamos isso com muita felicidade”, contou Rubens.

“Foi um ensaio incrível, assim como o primeiro. A Dragões fez um ensaio perfeito e com uma ótima evolução. Eu estou muito feliz”, complementou Evelyn.

Harmonia

A força do canto foi notad com muita garra, porém impressão forte só foi percebida quando a bateria ainda passava ao setor B, onde realizaram o primeiro apagão. A retomada animou os componentes e evoluiu o som emitido pelas vozes. O trecho do refrão de cabeça e o “Vem comigo gargalhar” são os que são mais cantados com segurança. Analisando exclusivamente o volume, quantidade de componentes que cantavam o samba e animação, a ala “Amigos da Vila” se destacaram.

“A leveza da nossa comunidade está cada vez melhor. A comunidade clamava pra vir mais solta, mais alegre, e a gente conseguiu isso. O samba pede muito isso, contagia o componente e isso se reflete na pista”, revelou Marcio Santana, Diretor de Carnaval.

Bateria

A batucada não economizou nas bossas. Durante a passagem ao primeiro jurado, o mestre realizou apenas um arranjo que cumpria os 16 compassos exigidos no regulamento. Na monumental, executou todo repertório para 2020. É importante destacar que, dentro do box de recuo, toda a bateria se volta pro jurado, seguido de também todo repertório. Mesmo após fechar os portões, a bateria ainda permaneceu tocando e executando variações e paradinhas.

Samba-enredo

A ala musical também foi um grande destaque. A começar pela postura do time de cordas. Em muitos trechos as cordas desenham, solam, fazem arranjos, ato que fortalece o samba. Por exemplo, no falso refrão da última estrofe “afaste a dor, vista sua fantasia”, as cordas tem solos que combinam com a letra. Até mesmo a palhetada do cavaquinista se altera, mais especificamente na retomada da segunda estrofe, onde eles tem uma atrasada proposital. Arranjo bem pensado. O time de cantores não fica pra trás. Com apenas três vozes, eles seguraram afinação de forma bastante coerente. Além de voz principal, o intérprete Renê Sobral também abria vozes e realizava variações vocais.

“Esse ensaio foi bem melhor que o primeiro em termos de evolução. Hoje no sentido do canto, a escola tá pronta. Se botar a fantasia e ir. Sobre os arranjos, o pessoal das cordas vão fazendo conforme a bateria. A gente coloca muita coisa e com o tempo vamos limpando. 90% que apresentamos no ensaio vai pra pista”, garantiu o intérprete.

Outros destaques

Um destaque muito positivo, e que resume o ponto de com organização cuidadosa, são as faixas em todas as torres de jurados. Diferentes frases motivacionais foram espelhadas, como; sorria, cante, se divirta, entre outras.

Outra questão que merece destaque está no último setor. A Dragões da Real trouxe duas piscinas de bolinha é um brinquedo pula-pula, e com crianças interagindo com as brincadeiras.

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