InícioSão PauloDragões da Real se destaca na plástica, mas sofre com acidentes

Dragões da Real se destaca na plástica, mas sofre com acidentes

Última escola de samba a pisar no sambódromo do Anhembi, a Dragões da Real sofreu com os atrasos e o sol forte, e viu favoritismo desaparecer. O atraso na primeira noite de desfiles afetou diretamente a Dragões, por ser a última, pisou na pista com um sol forte.

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

A primeira porta-bandeira da agremiação sofreu uma queda de pressão em frente ao setor B. Médicos e integrantes da diretoria ajudaram no canto da pista. A responsabilidade de levar o pavilhão oficial ficou na conta do segundo casal, Gabriela e Lucas.

Comissão de frente

Pra fazer uma representação ao samba, a comissão de frente da escola trouxe um tripé que representou uma caixa de fósforo, e nas laterais cenografia pra ilustrar um bar. A caixa de fósforo é uma associação direta ao homenageado, Adoniram Barbosa, que sempre utiliza o objeto pra acompanhar suas canções.

Os bailarinos também se caracterizam conforme o objeto, por isso os bailarinos estavam de palitos sambistas (versão masculina e feminina), e um que representou o Adoniram Barbosa.

Interação com a platéia em momentos distintos, principalmente durante a coreografia no tripé, é uma das características marcantes do coreógrafo Ricardo Negreiros, e foi notada no desfile da escola.

Harmonia

Inegavelmente o quesito sofreu uma queda de rendimento por conta dos acontecimentos, mas não significa que a escola deixou de cantar. As últimas alas cantaram forte e fecharam o desfile com animação.

Enredo

Importante citar que a homenagem da escola ao sambista Adoniran Barbosa foi feita através das obras musicais do artista, o que não segue uma ordem cronológica da vida. O que deu uma liberdade criativa pra escola abordar as características que suas músicas carregavam. Por exemplo: Sarcasmo, críticas sociais, bom humor, noitada, relacionamentos, parcerias e muito mais.

A escola apresentou elementos criativos, que não necessariamente tem ligação com o universo do samba, mas fez sentido com a proposta. As caveiras presentes no abre-alas nada mais é que uma ironia ao nome “Túmulo do samba”, dada à São Paulo.

Outro ponto de destaque criativo é terem enxergado a possibilidade de criar uma ala tendo como referência o samba “Torresmo à milanesa”. O acidente com a porta-bandeira pode afetar o quesito.

Alegorias

Pra aprofundar o tema já comentado acima, o carro abre-alas: “Túmulo do samba – Abraçando a batucada, saudades vou cantar”, era uma representação irônica, uma brincadeira, ao fato de Vinicius de Moraes ter chamado São Paulo como o túmulo do samba. Pra mostrar que tal afirmação é mal fundamentada, as caveiras levantam do túmulo e balançam o esqueleto. Revertendo então a ideia.

Já a segunda alegoria é uma homenagem à Saudosa Maloca. Como a música sintetiza a dureza da vida social de forma leve e bem humorada, a escola resolveu materializar essa comunicação através de coreografia.

A alegoria seguinte foi um grandioso trem, uma associação rápida à música “Trem das Onze”. O carro então sintetizou também o que o local representava, por isso notou-se momentos idas e vindas.

A quarta, e última alegoria, trouxe o símbolo maior da escola, o Dragão, que conduziu as homenagens aos baluartes do samba paulistano.

Fantasia

A questão criativa presente nas alegorias, também ganhou destaque nas fantasias. A ala 02 (As gárgulas e as “Arma penada”), continha uma espécie de asa e, ao abrirem, mostravam letras. Os componentes, que evoluíam de forma coreografada, se juntavam na ordem que as letras formavam o nome do homenageado, “Adoniran”. Outros componentes também chamaram a atenção pelo tamanho da caveira como costeiro.

A agremiação encerrou o desfile com uma homenagem às escolas de samba, e por isso contou com várias alas que homenagearam escolas de samba, como: Nenê, Vai-Vai, Peruche e muito mais.

Samba

Novidade no carro de som do Renê Sobral, as vozes femininas ganharam destaque. Notou-se uma segunda voz feminina, no trecho: “Dragões, amanheço em teus braços. Rene também fez variações, utilizou cacos e sustentou o samba.

Evolução

O acidente fez a escola ficar parada por um tempo, mas ao retomar o padrão no andar, seguiu da mesma maneira. Assim como dito no quesito de harmonia, pode ser repetido em evolução: os acidentes atrapalharam pra alcançar um desempenho maior.

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