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Dupla Tinga e Pixulé comanda vitória do samba da parceria de Diego Nicolau no Império da Tijuca

Por Alberto João, Daniela Safadi e Philipe Rabelo. Fotos: Magaiver Fernandes

O Império da Tijuca arranca para o Carnaval 2019 com um passo muito importante dado na manhã desta sexta-feira, feriado da Independência, ao premiar a parceria de Diego Nicolau, Pixulé, Braguinha Cromadinho, Jota e Tinga com a vitória no concurso de samba-enredo. A obra para o enredo “Império do Café – O Vale da Esperança”, desenvolvido pelo carnavalesco Jorge Caribé, mexeu com a comunidade da Formiga e passou com tranquilidade pela disputa.

A final aconteceu na quadra da agremiação, no Morro da Formiga, e que fortalece ainda mais o sentimento de pertencimento da agremiação com os seus componentes. Em tempo de divisão Nutella e Raiz, a verde e branco da Tijuca tem fundamento do samba para dar e vender ao carnaval. O público lotou o espaço e não parou de cantar e sambar nenhum momento. Festa da raça, da ginga, e, acima de tudo, do sambista.

O resultado do samba campeão consagrou o desejo maciço dos componentes. A “torcida tradicional” das “modernas disputas de samba” estava presente, mas era só olhar o camarote, os passistas, ritmistas e demais segmentos, que era possível identificar a preferência pelo samba da parceria de Diego Nicolau. A presença no palco dos intérpretes Tinga e Pixulé foi avassaladora.

“Eu estou totalmente sem palavras. É o primeiro ano que eu ganho aqui no Império. É o primeiro de muitos, se Deus quiser. Essa vitória aqui representa tudo. Foi a escola que me projetou. O que eu mais gosto nesse samba é o refrão que além de ser muito bom, mexe com toda a comunidade”, explicou Pixulé, que possui muita identificação com o componente do Império da Tijuca e até brinca com os ritmistas da Sinfonia Imperial: “O papai chegou”, diz.

Quem também estava radiante com a vitória era o intérprete Tinga, que teve a presença do filho Tinguinha no palco participando da obra campeã. É a segunda vez consecutiva que Tinga vencer na escola da Formiga. ” Ganhar o samba aqui é maravilhoso, mais um ano! Império da Tijuca é uma escola de comunidade. Parabéns ao Morro da Formiga, parabéns ao Tê. A parte do samba ‘Nego tá cansado, nego tem que trabaiá’ é muito forte”, citou o cantor da Vila Isabel.

As outras duas finalistas corresponderam ao papel de estarem na final e defenderem com força seus sambas. Primeira a se apresentar na noite decisiva do Império da Tijuca, a parceria de Rodolfo Caruso cantou o samba o inteiro, com destaque ao momento de canto exclusivo da torcida. Porém, a obra acabou perdendo fôlego durante os 30 minutos.

A obra de Gilmar L Silva foi o terceiro e último samba da noite. No início, os compositores já sabiam que a missão era árdua e disseram que o mais importante era ter esperança e fazer uma bonita apresentação. E foi o que aconteceu. A obra teve um rendimento mediano e com apelo em alguns momentos.

“Nós costumamos fazer o lixo virar luxo”, presidente Tê

Na abertura da noite, o presidente Tê avisou que a escolha era baseada exclusivamente em sua decisão e frisou que ganharia o melhor para o Império da Tijuca.

“Os três sambas estavam dentro do enredo, dentro da sinopse, mas sempre tem um que sobressai. Também com o carnavalesco pra saber o que ele achava. Mas tenha certeza que aqui ganha o melhor”, definiu.

O presidente do Império da Tijuca disse não estar tão preocupado com o carnaval com a mínima subvenção ou até a terrível possibilidade de nenhum pagamento por parte do poder público.

“Nós costumamos fazer o lixo virar luxo. Aproveitamos muita coisa do ano anterior. Faz aquela maquiagem, tira os adereços para aproveitar para o ano seguinte… E assim a gente vai caminhando. Por enquanto não temos patrocínio, mas fizemos um grande lançamento do enredo lá em Vassouras, reunimos todos os prefeitos da região e estamos trabalhando para ver se conseguimos alguma coisa pra acabarmos de fazer o carnaval”, disse Tê, que está confiante também na solução para os barracões da Série A, embora, a escola já tenha um lar, próximo ao Sambódromo.

“O presidente da Lierj teve uma reunião com os órgãos públicos e seguraram um pouco essas desapropriações até a gente ter espaço pra fazer a Cidade do Samba 2, mas já está bem encaminhado esse processo”.

Caribé promete desfile forte do Império da Tijuca

Em entrevista ao site CARNAVALESCO, Jorge Caribé deu uma rápida pincelada sobre o enredo para 2019. Segundo ele, o Império estará muito forte no desfile do ano que vem.

“Eu gosto de falar de negro, de palha, de búzios, de conchas e a gente está botando para quebrar. Para o café foi o maior contigente negro vindo da costa africana, mais de mil negros vieram fazer plantação de café no Vale do Paraíba. Esse enredo é a proposta de alguns amigos que trouxeram para tentar captar recursos e a gente começou a desenvolver graças a Deus e ao nosso presidente Tê. A escola aceitou o enredo e na nossa bandeira temos as folhas do café e aqui onde é essa quadra já foi uma fazenda de café”, explicou Jorge Caribé.

Bateria cresce de rendimento e pode ter ótimo 2019

Mestre Jordan contou ao CARNAVALESCO que a bateria Sinfonia Imperial vem crescendo e caminha forte para nota máxima em 2019.

“Sabemos que fizemos um belo trabalho, fomos elogiados pela crítica e por muita gente, mas não conseguimos atingir a nota, mas esse ano a gente está fazendo um trabalho que não tem como tirar a nossa nota. É só acompanhar o nosso trabalho do dia a dia que vocês vão ver. Estamos numa crescente, esse é o nosso terceiro ano, tem coisas difíceis e se Deus quiser vamos chegar lá e tirar notas muito boas”.

Casal une juventude e experiência

Para o casal de mestre-sala e porta-bandeira, Renan e Gleice, os ensaios já começaram. A dupla parece estar em sintonia e bem unida.

“Já começamos a ensaiar, sim e muito! (Risos) Sabemos o peso da responsabilidade que é dançar no Império da Tijuca. Esse é o meu primeiro ano aqui, minha estreia, mas sei o tamanho da responsabilidade. Pra termos um resultado bom sabemos que o trabalho tem que ser árduo”, disse o mestre-sala.

Gleice abordou a coreografia para o ano de 2019. “A gente ainda não montou a coreografia oficial. Temos uma dança que já apresentamos na quadra, nos eventos, mas queremos fazê-la em cima do samba. Nós podemos ou não decidir um título, sabendo disso precisamos começar a trabalhar o quanto antes”.

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