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Engenho da Rainha traz Hollywood para o Nordeste brasileiro em desfiles com altos e baixos

Por Diogo Sampaio. Fotos: Allan Duffes

A Acadêmicos do Engenho da Rainha fez uma apresentação mediana, de altos e baixos nos quesitos, ao retratar o Nordeste como a Hollywood brasileira através do enredo “De Roliúde ao Sertão: Luz, Câmera e Ação”, assinado pelo carnavalesco Leo Jesus. A agremiação foi a sexta escola do segundo dia de desfiles do Grupo Especial da Intendente Magalhães, só cruzando a passarela de fato já na madrugada desta quarta-feira. A primeira academia do samba terminou sua passagem com 45 minutos no total.

Comissão de Frente

A comissão de frente assinada pelo coreógrafo Rodrigo Avellar trouxe em sua apresentação um total de 12 integrantes, sendo oito deles vestidos com trajes coloridos e carnavalizados, e outros quatro com fantasias mais próximas a figurinos. Com uma coreografia que mesclava dança e teatralização, a comissão tinha seu grande momento quando os personagens que a formavam ficavam em volta do componente que representava Jesus, puxando, em seguida, parte da saia da roupa, para no final, mostrar através dos panos cartazes de filmes sobre o Nordeste ou que se passam lá. O grupo passou pelas cabines sem cometer erros, com exceção da primeira, onde um dos integrantes teve dificuldades e atrasou para fazer o movimento de puxar o pano.

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

No segundo ano como casal principal de mestre-sala e porta-bandeira da Engenho da Rainha, Rafael Gomes e Mônica Menezes, mostrou muita cumplicidade e entrosamento. Com uma roupa leve e sem luxo, a dupla se apresentou pelas cabines de julgamento e deve perder pontos pela indumentária da porta-bandeira, que tinha graves falhas de acabamento na saia.

Harmonia

A escola teve uma harmonia que cresceu ao longo do seu desfile. No início, ficou evidente a falta de canto das alas, escancarada por uma paradinha em que os ritmistas e o carro de som ficavam em silêncio por alguns segundos. Entretanto, ela foi crescendo durante a apresentação, com os componentes tendo abraçado o samba e o defendido com vontade, principalmente a partir do meio para o fim do desfile.

Evolução

Ao longo de sua passagem pela passarela popular da Estrada Intendente Magalhães, em Campinho, Zona Norte do Rio, a Engenho da Rainha apresentou alguns pequenos clarões, principalmente em frente ao último módulo, devido a uma correria para completar o desfile. O espaçamento entre componentes, além do embolamento entre alas distintas, foram outras consequências que devem acarretar em descontos de décimos no quesito.

Fantasias

Idealizado pelo carnavalesco Leo Jesus, o conjunto de fantasias do Engenho da Rainha se destacou pela concepção criativa aliada ao bom emprego de materiais baratos. De fácil leitura, as indumentárias traziam em sua maioria cabeças grandes ou adereços de mão, recursos utilizados para crescer em volumetria as alas da escola.

Alegorias e Adereços

Assim com as fantasias, as alegorias também apostaram na simplicidade e na fácil leitura. No entanto, os carros não obtiveram o mesmo resultado final, tendo falhas de acabamento.

Enredo

Por meio do enredo “De Roliúde ao Sertão: Luz, Câmera e Ação”, a proposta do carnavalesco Leo Jesus era homenagear o cinema nacional brasileiro, além de falar da representatividade do Nordeste na produção e na ambientação de filmes. Com uma estética que alinhava simplicidade e baixo custo, a agremiação conseguiu passar com clareza a mensagem.

Samba-Enredo

Em sua estreia no microfone oficial da agremiação, o intérprete Dowglas Diniz conduziu com segurança o samba escrito por Jorginho Moreira, Bilico do Ponto e parceiros. Porém, não foi o suficiente para que a obra tivesse um rendimento maior que regular no desfile. Com letra simples e melodia animada, o samba não empolgou ao público presente, além de não ter sido cantado por algumas alas e componentes.

Bateria

Ao longo de toda a apresentação do Engenho da Rainha, os ritmistas comandados pelo Mestre Leonardo Jorge mantiveram um bom desempenho e não cometeram erros aparentes. Em referência a temática nordestina do enredo, a bateria da escola apostou na realização de bossas e convenções inspiradas em ritmos da região, como o forró e o baião.

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