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Entrevista especial ‘Eleição no Salgueiro’: André Vaz apresenta propostas para a gestão salgueirense

Situação concorre com a chapa “Paixão Salgueirense”. André Vaz é o candidato para reeleição

O Salgueiro realiza no próximo dia 17 de julho sua eleição presidencial. A situação concorre com a chapa “Paixão Salgueirense”. André Vaz é o candidato para reeleição. Abaixo, você pode conferir uma entrevista com ele. O site CARNAVALESCO abrirá o mesmo espaço para o candidato da oposição, Thiago Carvalho (você pode ler aqui).

Foto: Divulgação

Por que ser novamente presidente do Salgueiro?
“Ser novamente presidente do Salgueiro é para dar continuidade ao trabalho que a gente começou em 2018, com muita dificuldade. Assumimos a escola em dezembro de 2018 sem nada no barracão de material, repasse da Liesa com dois milhões e duzentos (mil reais) já repassados pra antiga gestão. Foi uma luta muito grande. Fizemos um carnaval, em nosso ponto de vista, muito bom, tanto é que voltamos nas campeãs. Depois veio pandemia, do nosso mandato de quatro anos, só dois carnavais que a gente idealizou, o carnaval de 2020 e 2022. Com muita dificuldade o de 2022, no meio de uma pandemia, um carnaval fora de época. Então é pra dar continuidade no trabalho pra que a gente possa nesses quatro anos aí fazer muito mais pela escola”.

Conta para gente qual é a história do André Vaz dentro do Salgueiro antes de virar presidente?
“A minha história começou no final dos anos 1980. Dali virou uma paixão muito grande pela escola. Todo ano desfilando, ajudando a ala montagem em 1995/1996 e no final dos anos 1990 me tornei presidente da ala paixão salgueirense. Fiz amizades, tive encontros marcantes, a paixão só aumentou. No começo dos anos 2000 já ajudava a diretoria da escola, participava de reuniões e de lá pra cá o laço André e Salgueiro só aumentou”.

O Salgueiro ficou 16 anos sem título e agora está há 13 anos. O que falta para o sonho décimo título?
“O Salgueiro teve muitos desfiles que foram campeões, mas infelizmente o título não veio. Pra mim, o título vai vir naturalmente. Estou montando um time cada vez mais forte que possa trazer esse título. Uma boa administração, contas em dias, funcionários e segmentos em dia, fornecedores em dia, isso tudo traz mais tranquilidade para que a cada ano que passe você colocar o Salgueiro no nível mais alto de desfile, com fantasias e carros alegóricos. Consequentemente, esse título vai vir”.

Uma das maiores escolas de samba do carnaval vive em conflito político. É possível o salgueirense acreditar que após pleito o clima será de harmonia e em prol da escola?
“Houve o conflito em 2018. Tinha que ter. A antiga gestão não respeitava o estatuto da escola. A gente sempre acreditou na nossa vitória, porque o estatuto tem que ser preservado. Por isso, houve conflito político. Hoje, o Salgueiro vive um momento completamente diferente. A pessoa que entender que pode ser candidato para presidência do Salgueiro pode montar chapa, não terá nenhum obstáculo, como tivemos em 2018. Para montar a nossa em 2018, nós sofremos muito. A antiga gestão não aceitava que segmentos ir falar com a gente, quem aceitasse era punido e cortada escola. Hoje, tem chapa de oposição que em nenhum momento foi oprimida, teve ameaças, pelo contrário, a gente preza a paz. Em 2018, teve que ter ação na Justiça, porque a gestão caminhava para 12 anos de gestão e o estatuto do Salgueiro é bem claro que você pode cumprir dois mandatos”.

Qual sua análise da equipe salgueirense para o ano que vem?
“A expectativa é a melhor possível. Já tínhamos um time forte, um time de segmentos fortíssimo. Trouxemos um carnavalesco que no nosso entender é um dos melhores do carnaval atual. Trouxemos um diretor de carnaval, o Julinho, que a gente acredita muito. A nossa diretoria está sempre dando estrutura para que eles possam, no desfile, exercer a melhor expectativa para que o Salgueiro venha muito bem na Avenida”.

Qual é o seu momento inesquecível dentro da presidência do Salgueiro?
“Meu momento inesquecível, na minha visão do Salgueiro é, com certeza, o ano de 2019. Quando a gente assumiu a escola em dezembro de 2018, faltando setenta e poucos dias para o carnaval, não tinha nada na escola. Não tinha material, não tinha nem dinheiro no banco e a Liesa já tinha repassado dois milhões e duzentos mil reais para a escola. E o momento inesquecível foi o desfile, quando a gente entrou ali no Setor 1, que a gente viu aquela festa na arquibancada, a torcida empolgada, a gente cantando o samba de 2019, “Xangô”, foi um momento que me marcou muito, que eu jamais vou esquecer”.

O que você pensa ou projeta fazer de obra na quadra em mais um mandato?
“Em relação a nossa quadra a gente sempre projeta melhorias. Hoje estamos finalizando, se Deus quiser, daqui a uns 15, 20 dias, a obra no barracão, a qual tinha que acontecer e, consequentemente, daqui a pouco vamos fazer umas reformas na quadra, nos banheiros, piso do segundo andar, no corredor dos camarotes. Deixar a quadra cada dia que passa mais confortável pra que a gente possa levar artistas de nome e receber nosso público com tranquilidade nos camarotes, lá embaixo, receber convidados, patrocinadores. Esse é nosso objetivo; todo ano ter uma projeção pra quadra. Vamos dividir os investimentos entre quadra, barracão e a escola, para que a gente possa manter as contas equilibradas”.

O lado social é fundamental para uma escola de samba. O que melhorar para comunidade e claro lá no morro do Salgueiro?
“Quando se fala de Salgueiro, consequentemente você fala do social. A ideia é sempre melhorar, oferecer projetos para que a comunidade desfrute. Já temos um centro médico hoje que atende mais de mil pessoas por mês. Junto com o social da vila olímpica trazer a comunidade para dentro da nossa vila olímpica, dentro da nossa quadra. Quando se fala de Salgueiro temos que lembrar onde tudo começou que foi no Morro do Salgueiro. Temos que fazer vários projetos no morro, projetos de dança, com os profissionais que a gente já tem e projetos de esporte também para que o Morro do Salgueiro seja beneficiado junto com a escola”.

O que o salgueirense pode esperar da Vila Olímpica?
“Foi o que a gente mais teve dificuldade na nossa gestão. A gente pegou uma vila olímpica interditada e conseguimos, no ano passado, fazer um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) e agora conseguimos, junto com o governo do estado a liberação de uma verba para que a gente possa reformar nossa vila olímpica. A partir daí alcançar coisas boas, trazer nossa comunidade, as crianças, a terceira idade. Então acho que a gente vai fazer uma gestão diferente na vila olímpica. Vão ter profissionais capacitados em cada setor para que a gente possa levar estrutura para essas crianças e para a terceira idade. E, também trazer parceiros porque com certeza você trabalhando bem o social, a vila olímpica, tem empresas que só investem no social. A expectativa é essa, fazer um trabalho diferenciado para que essas empresas possam viabilizar nosso projeto tanto de professores, de aulas, de tudo para que a comunidade seja beneficiada nesse projeto. Então o salgueirense pode esperar muita coisa boa na vila olímpica porque esse é nosso foco”.

Na área de shows no Salgueiro o que você quer fazer no futuro?
“Cada mês que passa procurar trazer grupos famosos, pessoas famosas para que possam abrilhantar nossa quadra junto com novos parceiros. Existem grupos aí que para você trazer, só com uma parceria, então, a gente trabalha nisso. Para que o Salgueiro sempre esteja com vários eventos grandiosos para que a gente possa trazer parceiros, outro público, para que eles venham conhecer a quadra do Salgueiro e apra que a gente possa estar transformando a nossa quadra em uma casa de show. Esse é o objetivo. Buscar sempre melhorias para que a gente possa trazer shows e parceiros que possam nos ajudar muito no nosso carnaval”.

Por fim, qual mensagem você deixa para os sócios que podem votar dia 17 na eleição salgueirense?
“A mensagem que a gente deixa para o dia 17 é que as pessoas avaliem nossa gestão desde dezembro de 2018. Uma gestão diferenciada na qual a gente procurou fazer tudo de bom para a escola. Pegamos um momento complicadíssimo, pegamos a escola em dívidas, com o poder público, no primeiro ano, afastado do carnaval. O Governo do Estado ajudou, a prefeitura veio ajudar quando nosso atual prefeito assumiu. Foi muito complicado os quatro anos que nós tivemos. Desses quatro, dois anos parados com a pandemia. Então a gente procurou ser o mais sincero possível, o mais transparente possível para os nossos sócios. Eles sabem disso. As pessoas que frequentam as assembleias viram o que o Salgueiro arrecadou em todos os sentidos, seja quadra, boutique, bar, shows, repasse da Liesa, repasse da Rede Globo. O que a gente leva é que os sócios avaliem esses quatro anos e que, se Deus quiser, vão estar presente domingo lá (na quadra) para eleger a Chapa 1 por mais quatro anos à frente da nossa escola Acadêmicos do Salgueiro”.

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