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Entrevistão com o intérprete Evandro Malandro: ‘Me sinto muito feliz de estar no melhor momento da minha carreira’

Artista está como primeiro intérprete da Grande Rio desde 2019

Integrante do carro de som da tricolor de Caxias desde 2014, Evandro assumiu o posto de primeiro intérprete em 2019, com a saída do cantor Emerson Dias, hoje intérprete do Acadêmicos do Salgueiro. Logo no ano seguinte de sua estreia, Evandro protagonizou um dos melhores sambas daquele ano, juntamente com um dos melhores desfiles da Acadêmicos do Grande Rio de todos os tempos. Tendo enredo, desfile e samba altamente elogiados pelo público, a expectativa para 2022 eram grandes, e foram atendidas com sucesso. Depois do vice-campeonato conquistado no último carnaval com o enredo “Tatalondirá: O Canto do Caboclo no Quilombo de Caxias”, a Grande Rio traz para esse ano enredo ‘Fala, Majeté! As sete chaves de Exu’.

Foto: Site CARNAVALESCO

“Sem dúvidas hoje eu estou no melhor momento da minha carreira, e o desfile de 2020 faz parte disso. Foi uma mudança maravilhosa, principalmente porque em 2019 a Grande Rio fez um desfile que não foi muito bem entendido pelos jurados. Mas graças a Deus, 2020 veio para colocar a nossa escola no lugar certo, que é brigando pelo campeonato. Eu estou muito feliz e posso dizer que aquele desfile foi um grande trampolim na vida do Evandro Malandro. Estou potencializando esse meu melhor momento com os meus profissionais, professor de canto, fonoaudióloga e meu carro de som. Então graças a Deus eu estou tendo a chance de evidenciar isso cada vez mais para todo mundo”, afirmou o intérprete.

Evandro aproveitou para contar seus cuidados vocais agora nessa reta final e não deixou de ressaltar a importância do bom andamento desse processo para todo seu carro de som.

“Um cantor não consegue fazer trabalho nenhum se ele não tiver um carro de som que esteja tão bom quanto ele estiver. Eu sou muito chato em me preocupar com o cuidado em relação aos meninos. Estou sempre perguntando se dormiu bem, falo para não beber nada gelado, comer maçã. Me preocupo muito com eles porque eu vim de um time de cordas, e sei que se eles estiverem bem, eu também estou bem, caso contrário, nada feito. Eu tenho o meu professor de canto, o Pedro Lima, e a minha fonoaudióloga, Bianca Paz. Minhas aulas são todas as terças e quintas-feiras, e também tenho aula com meu carro de som na quadra. Não fico tão à vontade como eu gostaria porque eles não me permitem”, brinca Evandro, mas garante lidar muito bem com tudo isso.

Por falar em voz, Evandro também ficou muito conhecido no mundo do Samba, em razão de seu famoso grito de guerra “É isso que beleza, que beleeeeeza”. O que quase ninguém sabe, é que o grito saiu da junção de uma simples e inocente mania com o toque final de seu parceiro também intérprete Diego Nicolau.

“Eu tenho muito a mania de falar “beleza”. Antigamente eu tinha um grupo de pagode, e antes de passar o som, eu sempre olhava para os meus amigos e ficava falando: Beleza som, beleza gente? Eu sempre fui um cara muito extrovertido e que brinca muito, e daí a junção da minha risada com esse “beleza” ajudou muito. E o “é isso”, foi colocado pelo meu irmão Diego Nicolau. Ele falou que eu era um cara muito caricato, e na Renascer de Jacarepaguá quando eu ia passar som eu falava “É isso rapaziada, tudo certo”, e assim pegou”, revelou.

Foto: Reprodução/redes sociais da Grande Rio

Evandro também é sempre muito elogiado por seus figurinos exóticos para os desfiles. Ao contrário da grande maioria dos intérpretes, ele afirma ser da opinião sobre ser muito mais interessante para o espetáculo, entrar no enredo. “O terno é bonito, mas fazer parte do enredo marca mais”.

Quando questionado sobre sua relação com o mestre de bateria Fafá, foram só elogios. Evandro relatou que eles conversam bastante, além de se darem dicas quanto ao que acham que ficaria melhor no desempenho do outro. A “invocada”, é conhecida por ter um andamento mais cadenciado, mas o cantor garantiu que isso só contribui para o desfile.

“A minha relação com o Fafá é maravilhosa. Ele é um irmão que a vida, o samba e a Grande Rio me deram. Ele é um cara extraordinariamente musical, e juntou com a minha formação musical, que eu também tenho desde os meus nove anos de idade. Então eu fiquei muito feliz de encontrar como mestre de bateria, um cara como eu, que tem muita vontade de trabalhar. A gente combina arranjos conversando no reservado, ele me pergunta o que eu acho interessante para a bateria, eu pergunto o que ele acha interessante para o carro de som, arranjos de cordas junto com a escola. O menos é mais, então nós gostamos de trabalhar com menos coisas, mas coisas essas que possam surtir um efeito muito maior na Sapucaí”.

Um completo apaixonado por samba enredo, Evandro também contou alguns de seus sambas e vozes preferidas do carnaval. Fã declarado dos sambas da década de 70, também se assumiu fã de Jamelão e um admirador dos sambas cantados por ele.

“Gosto de alguns do Império Serrano. Fora alguns da própria Grande Rio que eu gostaria de ter cantado, como “Os Santos que a África não viu” (1994), “Madeira-mármore, a volta dos que não foram, lá no Guaporé” (1997), sem contar os que a gente já canta, em especial os sambas de 2020 e agora o Fala, Majeté! Sete chaves de Exú.

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