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Fábio Ricardo revela detalhes do trabalho na Mocidade para o próximo carnaval

Em casa, respeitando a quarentena, artista da verde e branco explica que texto da sinopse está muito bom e que já conseguiu desenhar todas fantasias e alegorias

A Mocidade Independente de Padre Miguel, como todas escolas de samba, ainda não sabe a data do próximo carnaval, mas nem a verde e branco está trabalhando com o que é possível fazer para desenvolver o desfile que terá o enredo “Batuque ao caçador”. O carnavalesco Fábio Ricardo prepara a homenagem ao orixá Oxóssi, um dos sonhos dos torcedores independentes.

Ao site CARNAVALESCO, ele revelou que a sinopse está pronta e elogiou o texto construído pelo jornalista Fábio Fabato.

“Ainda não temos uma data exata para a divulgação do texto. A escola segue aguardando um posicionamento mais concreto sobre a data do próximo carnaval e esperando a situação da nossa sociedade melhorar. O texto está muito bom e não queremos lançá-lo em meio a outros temas mais tristes para todos. Temos que ter essa sensibilidade”, disse o carnavalesco.

Marino e Fábio Ricardo, seguindo todas normas sanitárias, tocam o trabalho na Mocidade. Foto: Divulgação

Fábio Ricardo contou que o desenvolvimento do enredo está pronto e que já conseguiu finalizar o processo de desenho das alegorias e fantasias.

“O meu processo criativo é bem específico. Normalmente me tranco na minha sala e começo a desenhar, projetar e pesquisar. A diferença é que tudo foi feito de casa agora, e recebi o meu projetista em casa em alguns momentos para que fechássemos os detalhes de alegorias. Mas já tenho tudo desenhado. O desenvolvimento do enredo já está pronto. Na última semana me reuni com o Marquinho Marino (diretor de carnaval) para começarmos a planejar os protótipos”, revelou Fabinho.

O artista da Mocidade citou que o enredo aborda a questão do racismo, embora, não seja o mote. Ao site CARNAVALESCO, ele deu mais detalhes do que os sambistas vão ver no desfile da verde e branco no próximo carnaval.

“Vamos contar a história do orixá e mostrar todas as referências que o ligam a Mocidade. Quero que as pessoas entendam o porquê de Oxóssi ter as características que tem. Acredito que isso nunca tenha sido abordado desta forma no carnaval. Plasticamente busquei referências que ainda não passaram na Avenida. Acho importante citar a questão do racismo. Hoje não tem como falar de um orixá no carnaval sem buscar a afirmação do povo negro, do samba e das religiões de matriz africana. Não é o mote principal do enredo, mas não tem como deixar de abordar”, adiantou.

De volta ao Grupo Especial do Rio de Janeiro, após comandar a Unidos de Padre Miguel em 2020, Fábio Ricardo disse que produzir um desfile da Mocidade é uma oportunidade que aguardava.

“Representa uma oportunidade única. A Mocidade é uma escola gigante e isso é bem perceptível a partir do momento em que se entra na escola. Você passa a receber muitas mensagens e ligações de pessoas que te dão carinho e torcem por você. Vou me dedicar muito e buscar ser digno dessa escola. Trabalhar na Mocidade em si já é um grande peso para qualquer profissional. Uma oportunidade que aguardava há muito tempo e me sinto pronto para corresponder. O enredo foi criteriosamente pensado para homenagear os fundamentos da Mocidade. Estou tendo o maior cuidado para que o independente se sinta representado. As origens da escola se relacionam de forma intrínseca com o nosso enredo”, afirmou o artista.

Mocidade cria planos A, B e C para o carnaval

O diretor de carnaval da Mocidade, Marquinho Marino, que venceu a Covid-19, revelou para o site CARNAVALESCO que a escola trabalha com três opções sobre o próximo carnaval.

“Todas as possibilidades estão sendo pensadas. Temos tudo rascunhado. Plano A, B e C. A Mocidade não será irresponsável de promover aglomerações enquanto a situação sanitária não estiver sanada. Ainda não divulgamos por uma questão estratégica e por entender que o momento não é de tratar desse assunto. Queremos o bem estar das pessoas e não estamos deixando de nos planejar. Atualmente temos duas pessoas trabalhando ao mesmo tempo no barracão. Um segurança e uma pessoa responsável pela manutenção do local. Normalmente teríamos entre 20 e 40 pessoa”.

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