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Finalistas da Grande Rio contam os segredos que fizeram a safra de 2020 ser considerada um sucesso

Bastante elogiada por parte da crítica e dos amantes do carnaval, desde a divulgação dos sambas-enredo, ainda nas eliminatórias, a disputa da Grande Rio chega a escolha do hino para 2020 neste sábado com cinco parcerias ainda no páreo. A reportagem do CARNAVALESCO conversou com um representante de cada parceria para desvendar o que teve de tão especial na produção das obras para esse ano.

Para a parceria de Elias Bililico, o grande mote do samba 12 foi ter estabelecido uma relação muito próxima daquilo que a escola imaginou para o enredo, segundo Elias.

“Acho que nossa parceira atingiu no samba aquilo que a escola se propôs a mostrar na Avenida. Um enredo que fala da história do babalorixá Joãozinho da Gomeia, o rei do candomblé, segundo a visão da escola. Não é falar do candomblé, mas do Joãozinho. A gente fala sobre suas passagens espirituais em seu terreiro no Quilombo de Caxias. Eu acho que o nosso samba, então, merece a vitória por retratar de uma forma bem leve, sutil, mas também bem consistente o Joãozinho da Gomeia desde sua origem lá da Bahia. O trecho que mais gosto do samba é o ‘Pode o tempo virar tanananna. Porque é uma alusão ao dia do seu enterro em que o tempo estava bom e de repente na hora começou trovoada, ventania, isso que nós queríamos mostrar com essa parte”.

Já para Júnior Fraga, da a parceria do samba 12, a obra do refrão “Matamba Aruê, Senhor do Congá, Grande Rio, Axé…”, trás a memória uma Grande Rio do passado, segundo ele, que fazia grandes sambas para grandes enredos culturais.

“O samba por si só merece a vitória porque é um samba muito aguerrido. Quando nós sentamos para fazer nós procuramos nos inspirar nos sambas antigos da Grande Rio, nos sambas que retratavam os enredos culturais. É um samba que vai voltar a dar aquela cara da Grande Rio de bons enredos, de bons sambas. Tem samba que a gente faz que fica o refrão na cabeça e esse samba eu não consigo ter só o refrão na minha cabeça, mas a cabeça do samba é muito forte quando a gente já começa o samba saudando Joãozinho da Gomeia. A comunidade já estava aguardando esse enredo afro há muito tempo. Era o enredo que a gente esperava. E ainda mais falando do Joãozinho que não é filho daqui de Caxias mas é como se fosse, pois veio para cá”.

Já na parceria 08, o compositor Marcelo Santos revelou que o grupo deu ênfase aos critérios técnicos observando as características atuais da própria escola pensando em um rendimento mais satisfatório na Avenida.

“Fizemos um samba a altura do homenageado e da escola. Pensamos muito na junção com a bateria, no assunto convenção rítmica e pensamos muito também nas características do cantor da nossa escola. Em tempos de intolerâncias temos que destacar o trecho ‘Quem me atira pedra só me deixa maior’. Este é o melhor enredo do carnaval com toda certeza. Tanto que temos grandes sambas finalistas”.

Robson Moratelli acredita que o poder de união da parceria 20 fez os compositores chegarem nesta final com uma grande obra que tem como refrão principal “Salve o candomblé, Eparrei Oyá, Grande Rio é Tata Londirá…”.

“Considero a minha parceria uma família que não desiste jamais de seus sonhos e passaram quatro longos anos sem conseguir atingir este sonho, mas sempre lutando para fazer o melhor pela nossa escola e digo que esta luta não parou em mais uma final dificílima onde estamos trabalhando sem parar com muito carinho e muito amor pela Grande Rio, buscando este tão sonhado campeonato nessa grandiosa finalíssima. Joãozinho da Gomeia se tornou filho desse chão não por nascimento mas por adoção e levou a cultura, o axé para várias pessoas, sejam elas ilustres ou nao, e hoje, o enredo da nossa Grande Rio será uma honra para o caxiense mostrar a história de João”.

Hugo da Grande Rio, da parceria 23, ressaltou o alto nível da final e falou sobre a métrica da obra composta por seu time.

“Dentro de uma competição acirrada como essa, talvez a melhor competição da nossa escola da década, acho que são detalhes que pode fazer o diferencial. Um deles é métrica do samba…leve, todo pra cima, melodia objetiva e contamos definitivamente a história de Joãozinho da Gomeia como é o Enredo. Para mim, em especial, tenho duas partes desse samba: ‘Clareia a luz do Orum ….Caxias vai Incorporar’ e ‘Viva João o Rei do Candomblé … Vai ter xirê, eparrei, afefê’.Um enredo a altura da nossa escola. Uma bela homenagem a esse grande e iluminado ser que foi Joãozinho da Gomeia”.

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