InícioGrupo EspecialViradouroGanhadeiras celebram valorização da mulher e do empoderamento feminino na Viradouro

Ganhadeiras celebram valorização da mulher e do empoderamento feminino na Viradouro

Por Lucas Santos. Fotos: Site Carnavalesco e Carlos Papacena/Divulgação

Enredo da Unidos do Viradouro para 2020, as Ganhadeiras de Itapuã abrilhantaram a final de samba-enredo da escola com uma belíssima apresentação, abrindo a noite de festa na Vermelha e Branca de Niterói. Com 40 minutos de show, elas mostraram um pouco de seu trabalho.

Entre acordes melódicos de violão e flauta, misturados a energia das percussões, as Ganhadeiras, devidamente trajadas com saias coloridas e panos na cabeça, animavam com a mistura da modernidade com o canto das antigas lavadeiras. A energia e a alegria eram comuns nas diferentes idades que se apresentavam no palco. Entre uma música e outra, alguns momentos do canto mais tradicional a capela com diálogo entre as artistas e momentos de apresentação da tradição das Ganhadeiras, com uma pitada bem baiana.

A diretora de produção e patrimônio das Ganhadeiras Verônica Raquel que também dançou e cantou no palco falou à reportagem do CARNAVALESCO sobre a gratidão pelo espaço que a Viradouro está dando e sobre a expectativa de trazer o grupo inteiro para a Sapucaí.

“Agradecemos muito a Viradouro por estarmos sendo retratadas em enredo de um espaço tão cultural como é o carnaval. A gente está buscando apoio para que venham todas. Na verdade de um jeito ou de outro todas virão. Mas, nós somos um grupo de 40 integrantes, então não seria justo com uma oportunidade e ganho desses, ser enredo de uma escola de samba, as outras pessoas que fazem parte desse trabalho não poderem estar por falta de apoio de nossos governantes. Então nós estamos buscando estes patrocínios para que todos possam estar nesta grande festa”.

Verônica Raquel ainda repetiu ao CARNAVALESCO o que já tinha expressado no palco, o desejo de que além de enredo cultural, a história das Ganhadeiras seja um enredo social que apresente o exemplo da valorização da mulher e do empoderamento feminino.

“Bem, o trabalho com as Ganhadeiras já é uma grande forma de expressão e valorização da mulher, do poder da mulher através da música, através da arte. É preciso alertar que as mulheres muitas vezes não são valorizadas, as mulheres têm sofrido violência física e psicológica. O índice de feminicídio só tem aumentado e a gente espera que através da Sapucaí 2020 e da nossa história, as mulheres consigam entender de onde elas tem que trazer a força que muitas ainda não reconhecem, estando presas em relacionamentos abusivos e sofrendo violência doméstica”.

Durante a apresentação na Viradouro, o reportório contou com algumas músicas bem conhecidas como “Samba da minha terra” e “Eu vou para Maracangalha”, ambas de Dorival Caymmi, e “Xica da Silva” e “Mas, que Nada” de Jorge Ben, todas adaptadas ao estilo das Ganhadeiras.

O grupo As Ganhadeiras de Itapuã surgiu em março de 2004, a partir de encontros musicais realizados entre moradores empenhados na busca pelo resgate de tradições do passado e pela preservação da memória cultural do bairro de Itapuã.

Em 2020, a Unidos do Viradouro será a segunda escola a desfilar no domingo de carnaval.

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