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Grandes personalidades salgueirenses comemoram 69 anos da escola

Tia Glorinha, Sidiclei, Marcella Alves, Quinho, Emerson Dias, Carlinhos do Salgueiro, Viviane Araújo, mestre Gustavo, diretor de harmonia Jô Casimiro e o presidente André Vaz estiveram na quadra e conversaram com o CARNAVALESCO

Uma das escolas de samba mais tradicionais do Brasil completou mais um ano de vida no último sábado. Com direito a uma grande festa na quadra, o Salgueiro comemorou aniversário de 69 anos. A escola, fundada em 1953, realizou evento com a presença das coirmãs Mancha Verde e Mangueira e deu show na Rua Silva Teles. A festa contou a presença de grandes personalidades da escola, como: Tia Glorinha, Sidiclei, Marcella Alves, Quinho, Emerson Dias, Carlinhos do Salgueiro, Viviane Araújo, mestre Gustavo e o diretor de harmonia Jô Casimiro. Todos esses conversaram com exclusividade com o CARNAVALESCO, assim como presidente André Vaz.

“Não tem nem o que falar, é uma emoção muito grande participar disso. O Salgueiro é uma instituição gigante, uma potência do Brasil na cultura e é uma honra poder presidir essa escola. Só tenho a agradecer a pessoas lá atrás, como Djalma Sabiá, que nos deu oportunidade de ficar apaixonado por essa escola. Com os 70 anos em 2023, com certeza a data vai ser lembrada. Dá pra pensar em várias coisas, se não for enredo, em alguma coisa, vai participar. Não dá para deixar uma data como essa passar em branco”, disse André, que emendou:

“O maior desafio do Salgueiro, desde que nós assumimos, é colocar a escola em ordem. Pagar as contas é uma obrigação, o combinado não sai caro. Temos que acertar as dívidas do passado, que não são poucas. Estamos com algumas ações na Justiça, que estamos tentando negociar com essas pessoas. Em um futuro próximo, o Salgueiro vai estar zerado de dívidas e podendo investir muito mais na escola”, completou o presidente.

Desde 2008 como rainha de bateria do Salgueiro, Viviane Araújo é um dos grandes nomes da escola. A atriz de 46 anos, que está grávida do primeiro filho, esteve presente e pôde brilhar à frente da Furiosa, além de comandar a Puro Balanço, bateria da Mancha Verde, agremiação que a rainha desfila em São Paulo.

“Me sinto muito orgulhosa e muito honrada de fazer parte da história do Salgueiro, que é uma escola brilhante, família, que recebe bem as pessoas e que tem uma história incrível no carnaval. Foram vários campeonatos, sempre com boas colocações, brigando pelo título e hoje tem uma emoção especial, que foi receber a minha escola de São Paulo, a Mancha Verde”, contou Viviane.

Lenda do Carnaval e do Salgueiro, Quinho também esteve presente no evento realizado neste sábado. O intérprete esteve nos últimos dois títulos conquistados pelo Salgueiro, em 1993 e 2009. Ao todo, cantor soma mais de 20 anos na Academia do Samba. Aos 64 anos, Quinho comentou a relação com a agremiação e elegeu o momento mais marcante com a escola.

“O Salgueiro é tudo na minha vida, me deu notoriedade, visibilidade e me fez o Quinho do Salgueiro há mais de 30 anos. Com a escola, eu consegui dois campeonatos, junto com o carro de som. O ano de 1993 eu nunca esqueço, do ‘Explode Coração’, avenida toda cantando, mas 2009, com Tambor, também foi maravilhoso, com o mago Renato Lage. Que venham mais títulos”, disse Quinho.

Confira declarações de outras grandes personalidades do Salgueiro:

CARLINHOS DO SALGUEIRO
“A cada ano é uma emoção diferente. Eu penso que não vou emocionar, mas quando chega na hora bate uma emoção muito grande, aí eu choro. Esse ano é a minha despedida do Makulelê, eu não venho mais a frente deles. Nós vamos representar um bairro, que é Madureira, com muito funk, e vou chamar todos os Makulelês antigos para fazer essa minha despedida da ala”.

MESTRE-SALA SIDCLEI
“Eu não o que eu represento para o Salgueiro, porque a escola é muito grande. Mas estar entre os baluartes de um dos segmentos eu me sinto lisonjeado. Agora, o Salgueiro pra mim representa tudo. Eu comecei garoto, com 17 anos, como segundo mestre-sala e hoje sou o primeiro da escola do meu coração. E a nação salgueirense me abraçou. Já estamos há 12 anos aqui. O Salgueiro está no meu coração, na minha vida e na minha alma. Quero sempre ajudar a escola. Sou privilegiado por estar aqui. As emoções aqui foram várias, mas a principal está por vir, que vai ser o título que eu ainda não conquistei aqui. Poder ajudar a conquistar um título, com nota máxima, acho que vai ser a maior emoção da minha vida”.

TIA GLORINHA
“Eu sou do samba desde a barriga da minha mãe. Comecei saindo como cabrocha, dali fui para a ala, e da ala para as baianas, onde fiquei por 23 anos. Hoje estou nessa função de diretoria, sendo responsável pela ala. É uma responsabilidade muito grande, tem que ter sabedoria, carisma, carinho e amor. Não é só vestir a camisa, tem que ter amor”.

JÔ CASIMIRO
“Essa é uma dádiva que minha família tem, que estamos conseguindo manter. Somos uma bandeira dentro do mundo do samba, que eu, meus primos e irmãos estamos conseguindo manter elevada. O cargo aqui dentro da escola é o que menos importa. Temos que nos fazer úteis, para sempre elevar o nome do Salgueiro. A gente consegue isso atuando em várias áreas. A nomenclatura é só um detalhe. Emoções são tantas, nascemos aqui e todo ano é uma emoção diferente. O dia que eu não sentir mais isso, vou pendurar a chuteira”.

EMERSON DIAS
“Carregar o microfone do Salgueiro é de um peso muito grande. Uma escola de quase 70 anos, com uma legião de apaixonados pelo mundo a fora. Eu acho que o mais difícil é conquistar esse povo todo, e estou conseguindo isso e estou muito feliz de estar aqui. O ano de 1993 foi único para o salgueirense, foi uma catarse. Agora o meu momento mais emocionante, como puxador, foi quando cantei Xangô. É um samba que atravessou barreiras. Fico feliz de ter dado voz a esse samba e ter voltado para a escola”.

MARCELLA ALVES
“É mais do que uma honra defender o Salgueiro e ser hoje a porta-bandeira que por mais anos representou a escola. Não tem mais como separar o Salgueiro da minha vida. Faz parte da minha história. A escola esteve junto comigo no meu maior sonho, que era ser mãe. Estar à frente do pavilhão do Salgueiro hoje e poder comemorar mais um aniversário da escola me dá muito orgulho. E muita responsabilidade também, de saber que minha apresentação representa toda uma nação que lutou muito para tornar o Salgueiro no que ele é hoje. Eu sou só uma semente em uma árvore gigante que é essa escola. Não tenho dúvidas que o carnaval de 2019 foi o mais emocionante para mim. Foi quando o presidente André me trouxe de volta. Foi um momento muito desafiador também, porque na semana do desfile do Salgueiro, minha filha estava fazendo dois meses de vida. Mesmo tendo feito cesariana, Deus quis que eu estivesse lá para defender as cores do Salgueiro”.

MESTRE GUSTAVO
“É emocionante participar disso tudo. Eu sou nascido e criado aqui na Silva Teles, fui diretor e mestre da escola mirim, fui ritimista e diretor até chegar ao posto de mestre da Furiosa. Eu zerei o jogo da bateria do Salgueiro. É o sonho de qualquer moleque que cresce dentro de uma escola. Estamos conseguindo fazer um bom trabalho, e mantendo o nível da bateria do Salgueiro, que é uma das referências no Rio. Lógico que bate o nervosismo sempre de estar de frente na bateria, mas nós já fazíamos parte do trabalho desde sempre, então acaba sendo um pouco mais tranquilo. Nosso desafio é sempre manter o alto nível, e toda diretoria não mede esforços para nos ajudar nisso. Estava tudo pronto para o desfile de fevereiro, mas já que agora temos mais quase dois meses, a gente está pensando em mais algumas coisas que podem vir aí, quem sabe uma surpresinha”.

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