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Homenageando os 60 anos da madrinha Imperatriz, Siri de Ramos tem problemas de evolução

Por Lucas Santos. Fotos: Magaiver Fernandes

Segunda escola a desfilar na noite de terça feira de Carnaval na Intendente Magalhães, o Siri de Ramos fez uma homenagem de forma lúdica ao aniversário de 60 anos da Imperatriz e os 40 anos de serviços prestados pelo patrono Luizinho Drummond. No enredo, a escola mostrou a atuação de três barões importantes da história do Brasil: o Barão de Drummond, criador do bairro de Vila Isabel e do primeiro jardim zoológico do Rio de Janeiro; o Barão de Guaraciaba, o primeiro negro a se tornar barão durante o império; e o Barão de Mauá, que entre outros feitos, destacou-se a implantação da primeira ferrovia brasileira.

Na parte final de seu desfile, o ex-presidente da Liesa e da Imperatriz, Luizinho Drummond, surgiu em um carro sendo coroado “Barão da Leopoldina”, completando a homenagem à Imperatriz. Durante o desfile, a escola teve problemas de evolução, principalmente na parte final. A agremiação correu para não estourar o tempo. Algumas alas estavam muito espaçadas e com buracos quando passaram próximas ao quarto módulo de julgamento. A apresentação do casal de mestre-sala e porta-bandeira foi diminuída a partir do terceiro módulo. A comissão de frente também teve problemas com a roupa dos integrantes que não parecia adequada ao bio tipo dos componentes.

Por destaque pode ser citado o casal de mestre-sala e porta-bandeira que fizeram uma boa apresentação misturando dança coreografada com bailado tradicional

Comissão de frente

A comissão de frente do Siri apresentou o Imperador D. Pedro I e a Imperatriz Dona Leopoldina realizando um bailado, cercados pela Guarda Imperial e por indígenas, primeiros habitantes do Brasil. A coreografia foi bem executada pelos componentes com boa sincronia de movimentos, mas a partir da segunda para terceira cabine de jurados, um dos integrantes teve problemas com a roupa que abriu atrás, deixando-o um pouco inseguro nos movimentos. A roupa, aliás, parecia não estar adequada e confortável ao manequim de alguns dos bailarinos, pois revelava partes do corpo.

Casal de Mestre-sala e Porta-Bandeira

Diego Lucas e Monalisa Mendes vestiram-se com uma indumentária própria do Império. Diego inclusive usava a coroa do imperador. A fantasia de Monalisa bem trabalhada em vermelho foi um ponto alto. A apresentação do casal no primeiro e segundo módulos se destacou, misturando inicialmente passos coreografados com bailado tradicional posteriormente. Além da sincronia de movimentos, a simpatia do casal e a expressividade de Diego também chamaram a atenção. Nos demais módulos, o casal manteve um bom nível nos passos, mas precisou se apressar um pouco por conta do atraso da escola.

Harmonia

A escola começou o desfile com um bom canto, principalmente nas alas do segundo e do terceiro setor, porém na parte final do desfile, com a correria para não estourar o tempo, as alas passaram caladas.

Samba-enredo

O samba proclamado por Jean Cláudio e Jefão retratou bem o enredo, mas não empolgou o público e nem os componentes que pouco cantaram. Passou bastante frio.

Evolução

Neste quesito a escola pecou demais e comprometeu boa parte do desfile. Com um início lento por conta da apresentação da comissão de frente, que demorou a trafegar de um módulo a outro, a escola precisou correr para não estourar os 45 minutos de desfile. Algumas alas passaram não perfiladas, deixando buracos logo depois do quarto módulo. A evolução lenta dos dois primeiros módulos fez com que o casal de mestre-sala e porta bandeira precisasse abreviar um pouco de sua apresentação nos demais módulos

Enredo

Ao que se propôs no enredo, a escola passou bem. Os quatro setores da escola estavam bem divididos apresentando os três barões retratados na história e no final realizando a homenagem para a Imperatriz e para Luizinho Drummond. Apesar de não ser de fácil entendimento, a jogada dos barões foi ideia original para a homenagem.

Fantasias

Sem muito aporte financeiro com a crise que atrapalhou as escolas do Acesso, principalmente da Série B para baixo, a escola trouxe fantasias de fácil leitura, mas com aspecto estético pouco desenvolvido.

Alegorias

A ideia das alegorias do Siri até foi bem desenvolvida e de fácil entendimento, como o primeiro carro representando o jardim Zoológico de Vila Isabel criado pelo Barão de Drummond e o último fazendo referência a Imperatriz e a Leopoldina, trazendo o homenageado Luizinho Drummond, mas a concepção não ficou tão bem realizada com problemas de acabamento. A falta de iluminação que esteve presente em outras escolas prejudicou a estética das alegorias do Siri.

Bateria

A bateria do Siri de Ramos comandada pelo mestre Gláucio, fez uma apresentação correta, mas como o resto da escola na parte final precisou correr para não ter problemas de buraco com a ala da frente. Mesmo com um andamento para frente, não conseguiu empolgar o público na Intendente.

Outros Destaques

O Siri se propôs a realizar homenagem para a Imperatriz e o ponto alto do desfile ficou para a entrada de Luizinho Drummond, patrono da escola, que desfilou no último carro como destaque maior e distribuiu simpatia e energia, inclusive na parte final do desfile quando a escola correu.

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