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Leandro de Itaquera desfila com investimento em alegorias e se destaca na evolução

A Leandro de Itaquera foi a penúltima escola a desfilar. Levando para a avenida o enredo “No ecoar dos tambores e no feitiço da Leandro – de Dahomé as terras de encantaria – O cortejo da rainha Jeje e os segredos de Xelegbtá”, a agremiação contou com um alto desempenho quesito evolução para passar na pista. Dentro do tempo de 56 minutos, se viu alas compactas e com coreografia padronizada dentro do samba. Por conta disso, a comunidade da Zona Leste não sofreu nada com o tempo e pôde passar tranquilamente, sem se preocupar com o temido 60 minutos do Acesso I. Porém, a escola teve um desempenho abaixo no quesito harmonia. Foi o ponto fraco na apresentação. Devido a isso, pode sofrer e perder alguns pontos.

Comissão de frente

A ala, comandada pelo coreógrafo Marcelo Gomes, representa o ritual da Pantera Negra e o culto aos voduns. A dança apresentada, foi totalmente cênica e, dentro da pista, mostrou- se personagens diferentes, sendo seis panteras e guardiões texossus, além de dois orixás (Oxalá e Exú) e a sacerdotisa Agotime.

A apresentação levou Elemento alegórico gigante com uma pantera no meio mexendo as cabeças, dando um belo efeito para a abertura da escola. Cobras ao lado das panteras também. A agremiação gosta bastante de exaltar os animais dentro de seus desfiles. Vale destacar a bela maquiagem dos integrantes.

A apresentação da comissão de frente consistiu em uma dança, onde os orixás Oxalá e Exú são os protagonistas dentro da coreografia.

Mestre-sala e porta-bandeira

O casal José Luís e Juliana, representou o “A grandiosidade de reino do Dahome”. A dupla executou movimentos leves e uma coreografia satisfatória dentro do samba. Em frente à cabine do recuo, mostrou o pavilhão com garra e o jurado se curvou. Detalhe para sorrisos, toques e beijos nas mãos que o mestre-sala deu na porta-bandeira. A fantasia era tranquila e não atrapalhou a dança.

Harmonia

No minuto onze, onde a bateria executou uma bossa do apagão, localizada nas últimas estrofes interligadas com o refrão principal, houve uma pequena atravessada nas alas que estavam perto da bateria. Ainda dentro do quesito, não houve equilíbrio no canto entre as alas. Apenas o segundo setor passou cantando de forma satisfatória. As demais, não tiveram um desempenho dentro do esperado.

Enredo

A concepção do enredo e desfile realizado pelo carnavalesco Amarildo de Melo, é de grande ousadia e grandiosidade. Porém, por ser muito complexo, o entendimento perante ao público, pode não ser como esperado.

Entretanto, falando do desfile, a escola optou por setorizar tudo e levar tudo de formar linear. Fazia total sentido, pois o carro abre-alas se conectava bastante com a comissão de frente, visto que representava a grandeza do reino Dahomé. Muitas esculturas reais no carro, mostrando a imponência que o local que o Amarildo quis passar. Tal citação, é uma prova de que apesar da concepção ser difícil, a leitura se bem analisada dentro da pista, pode se tornar considerável para o público.

Evolução

Foi o quesito destaque da escola. Havia uma coreografia padronizada. No refrão do meio, em cada frase, os componentes balançavam os seus corpos para trás e frente. Nos costeiros, dava um belo efeito na pista.

Também houve um ótimo efeito na entrada do recuo. Muita ousadia. As passistas entraram no recuo e, a bateria, passou no meio delas para fazer a entrada. Sendo assim, não deixou espaço nenhum. Algo que com certeza foi muito ensaiado e perfeitamente executado.

Samba-enredo

A ideia do samba da agremiação da Zona Leste, é apresentar mais elementos afros possíveis. Porém, isso é cantado de uma forma diferente. A escola não optou por colocar várias palavras oriundas africanas em seu hino. Ao invés disso, o contexto é contado inteiro como uma história em ordem cronológica. O intérprete Hudson Luiz teve um desempenho satisfatório. As partes dos refrões foram as mais cantadas.

Fantasias

Apostaram muito em costeiros e materiais mais simples em baixo. A ala das baianas representou “Nochê Naê”, que é considerada a mãe de todos os voduns, teve destaque pelas cores quentes no laranja e vermelho. Passistas se misturaram entre homens e mulheres e, a fantasia, simbolizava “princesas tobossís e os príncipes”.

Alegoria

O abre-alas representou “A grandiosidade do reino de Dahomé”, era um carro gigante com esculturas de animais, como, cavalos, rinocerontes, elefantes e, no topo, o leão, que é o símbolo da agremiação.

A segunda alegoria, nomeada “Desbravando as águas Agotime em travessia rumo ao seu destino”, deu uma clara sensação de rio. Esculturas em cima e em baixo, além da presença de figuras de peixe e tecido simples em azul, dando uma aparência de ondas ou mexida nas águas

Última alegoria com uma mãe de santo no topo e duas mulas sem-cabeça. Realmente representando algo mítico.

Outros destaques

A bateria da agremiação, regida por mestre Pelé, executou bossas empolgantes. A maior delas, foi o apagão realizado no refrão principal, onde a batucada inteira para junto ao carro de som e deixa a comunidade cantar sozinha à plenos pulmões. Destaque para os agogôs, chocalhos e desenho de tamborim da bateria. Ouvindo o som, era notório a presença mais forte desses três fatos.

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