Após sua companheira Cris Caldas se manifestar acerca da saída deles da Mocidade, foi a vez de Marcinho Siqueira romper o silêncio. Em carta enviada publicada em suas redes sociais, Marcinho relata detalhes da demissão, ressalta que julgou se tratar de uma brincadeira e destaca que ainda está perplexo com a decisão da verde e branca.
“O final da tarde de ontem foi marcado por uma surpresa triste. Sim, SURPRESA ! Fomos comunicados pelo Diretor de Carnaval Marco Marino que não fazíamos mais parte da Mocidade pro Carnaval 2020. De imediato eu ri e olhei pra minha porta-bandeira, pensando: só pode ser brincadeira ! Ela permaneceu séria e já com os olhos cheios d’água perguntou sobre o motivo. Eis a resposta: só estou passando o recado, não sei o motivo. A partir daí, fiquei sem chão, me faltou ar pra respirar, não acreditava que estava passando por aquilo. Depois de tudo o que passamos juntos ano passado, depois de termos escolhido ficar (porque era a nossa casa e nos sentíamos dentro de uma família), às vésperas da escolha do Samba (pra um Carnaval que, acreditem, eu sonhava com esse desfile), assim, sem mais nem menos, do nada”, desabafa.
A dor com a saída não impedem que Marcinho demonstre todo o seu carinho pela comunidade e segmentos da Mocidade. Ele agradece a cada setor da escola e os torcedores, que segundo seu relato são muito intensos.
“Foram quase 3 anos. Apesar do pouco tempo, foi bastante intenso, vocês, Independentes, são muito intensos e eu sou muito grato por todo amor e carinho que sempre recebi de vocês, desde a minha chegada. Espero ter conseguido retribuir esse carinho e essa alegria. Eu não consigo medir o tamanho da tristeza e indignação que tomam conta de mim nesse momento, é injusto ! Mas sendo assim, me despeço aqui desse enorme e pesado pavilhão que carreguei junto à minha porta-bandeira com muita dedicação, força de vontade, cuidado e amor. A Mocidade faz parte da minha história e tem um lugar no meu coração. Realizei sonhos e aprendi muito. Foi uma honra defendê-la ! E eu só tenho a agradecer a vocês: velha-guarda, Tia Nilda e suas baianas, departamento social/cultural, Dudu e seus ritmistas, George e seus passistas, Loucos de Paixão, Capoeira e seus harmonias, funcionários das quadras e barracão, torcidas e comunidade por todo sorriso, carinho, respeito e momentos de alegria que tivemos. Sigamos, mesmo sem entender. Obrigado e boa sorte, amigos Independentes”, finaliza.
