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Martha Rocha: ‘Vamos implementar um novo modelo de gestão e ordenamento do carnaval de rua’

O site CARNAVALESCO encerra nesta terça-feira a série de reportagens que fez com os candidatos à Prefeitura do Rio. Durantes as últimas semanas nossa reportagem buscou os candidatos para que eles expusessem suas propostas relacionadas ao carnaval. A última a ser entrevistada é a candidata do PDT, a delegada Martha Rocha.

Martha Rocha está na vida pública há 18 anos. Iniciou sua trajetória no PSB, tentando se eleger deputada estadual em 2002, não obtendo a votação necessária. Nas eleições de 2004 foi vice-prefeita na chapa de Jorge Bittar (PT), terminando em 5º lugar. Dois anos mais tarde tentou uma vaga na ALERJ e também não se elegeu. No segundo governo de Sérgio Cabral se tornou a primeira mulher a assumir a chefia da Polícia Civil, em 2011. Em 2014, se elegeu deputada estadual pelo PSD, se reelegendo em 2018, pelo PDT, seu atual partido.

Confira a entrevista com Martha Rocha:

– A atual gestão comandou uma cruzada contra o carnaval e as escolas de samba? A sua gestão vai dar apoio institucional e financeiro à festa?

Martha Rocha: “O discurso que tenta criar uma contradição entre o investimento no carnaval e a prioridade a serviços públicos como saúde e educação não é verdadeiro. Um estudo da Fundação Getúlio Vargas, em 2018, mostrou que o carnaval foi responsável pela criação de mais de 70 mil postos de trabalho, gerou uma arrecadação de aproximadamente R$ 179 milhões em impostos e injetou mais de R$ 3 bilhões na economia do estado. Para cada um real investido, foram movimentados R$ 17,61 na economia. Portanto, vamos apoiar o carnaval, mas este apoio será condicionado ao desenvolvimento de atividades culturais nos bairros e comunidades ao longo do ano, visando o fortalecimento dos laços comunitários das agremiações e a participação em projetos sociais e educacionais da rede municipal”.

– As escolas da Série A tem cada vez mais dificuldades em construir o seu desfile sem barracões. Qual a sua opinião sobre a Cidade do Samba 2?

Martha Rocha: “É uma das propostas de nosso plano de ação. Construir, por meio de parceria com o setor privado e mediante estudo de viabilidade econômica, uma nova Cidade do Samba para abrigar as Escolas do Grupo de Acesso. A gestão da nova e da atual Cidade do Samba devem ser profissionais, assegurando a abertura de novos negócios relacionados ao carnaval, funcionamento regularmente ao longo do ano, com atividades culturais de modo a garantir sua sustentabilidade”.

– Como a prefeitura pode fomentar o carnaval de rua e os blocos, que trazem milhares de turistas para a cidade no período de carnaval?

Martha Rocha: “Os blocos de rua fazem parte da festa e da cultura da cidade, mas precisam ser melhor organizados e não devem ficar concentrados nos mesmos pontos e horários. Vamos apoiar e facilitar a organização dos Blocos de Rua. Com muito diálogo com os representantes dos blocos e dos moradores dos bairros, a Prefeitura vai ter um novo modelo de gestão e ordenamento do carnaval de rua. Para conciliar segurança, mobilidade e preservação do patrimônio público”.

– O que você considera que deva ser feito com o Sambódromo? Passar ao governo estadual ou manter com a prefeitura?

Martha Rocha: “Com a Prefeitura, com certeza. Vamos revisar o atual modelo de gestão do Sambódromo de modo que se torne um equipamento cultural disponível ao longo do ano, compondo o Circuito do Carnaval e se tornando uma grande área de lazer aberta às comunidades do entorno do Sambódromo. Quando Brizola inaugurou o sambódromo havia até escola. Vamos voltar a ter uma destinação também educacional e cultural no período fora do Carnaval”.

– Como a sua candidatura enxerga a importância do carnaval para a arrecadação da cidade do Rio de Janeiro?

Martha Rocha: “A atenção ao carnaval não pode estar sujeita aos caprichos e orientações ideológicas ou religiosas deste ou daquele prefeito. A cidade precisa de estratégias sólidas, permanentes, que sejam avaliadas periodicamente e submetidas ao controle público. Somente assim o Rio poderá explorar todo o potencial do carnaval carioca, e não só em fevereiro ou março. Mas durante o ano inteiro”.

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