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Módulo musical e comissão de frente se destacam em segundo ensaio técnico do Barroca Zona Sul

Por Gustavo Lima. Fotos: Felipe Araújo/Liga-SP

A Barroca Zona Sul realizou na noite de sexta-feira mais um ensaio técnico visando a preparação para seu desfile oficial no Carnaval 2020. A escola teve pontos positivos em todos os quesitos, nem a forte chuva atrapalhou a apresentação da escola, e se o primeiro treino foi positivo, este foi melhor ainda. Destaque para o conjunto musical. Bateria se entende muito com a ala musical, organizando muito bem seu andamento de acordo com o samba, o que faz a agremiação obter êxito na harmonia. Outro destaque foi a comissão de frente, que foge dos padrões do carnaval paulistano, e, mesmo assim, consegue apresentar bem o enredo e interagir com o público.

“Na realidade a gente vai ver se melhorou em relação ao outro ensaio, mas foi muito positivo, a escola estava cantando e evoluindo muito bem, e isso foi muito positivo pra gente. Nós somos uma escola bem emocionada, uma escola de vibração, de garra, fazemos com o coração e somos uma escola que tem um calor a mais”, declarou o presidente Everton Cebolinha.

Samba-Enredo

O samba fluiu bem novamente com outra grande interpretação do cantor Pixulé. Os componentes mostram muita garra ao cantá-lo e de fato contagia o público. Melodia para cima, letra que questiona, contém algumas palavras difíceis, mas não está sendo um problema, e sem dúvida alguma os compositores entenderam a ideia e fizeram uma obra que a coloca no patamar das melhores do carnaval 2020. Destaque para os dois primeiros versos da última estrofe do samba, onde a bateria e o carro de som fazem uma paradinha para os componentes cantarem em uma só voz.

Bateria

A bateria foi outro destaque do treino. É mais uma que está abusando das bossas e paradinhas, mostrando mais entrosamento com o regulamento, além de um andamento bem para cima, e os naipes mais notórios são os tamborins, caixas e repiques. Segundo o mestre Acerola de Angola, houve uma melhora considerável em relação ao primeiro ensaio da escola.

“Esse ensaio foi muito melhor, o que atrapalhou a gente foi a chuva, principalmente na afinação, mas a bateria veio melhor, andamento muito melhor e a escola também. Nós tivemos um pouco de problema no andamento no começo, mas é uma coisa simples de arrumar, queríamos correr da chuva, mas no geral foi muito bom. A bateria tem papel fundamental no canto da escola, nós costumamos falar que nosso clima é de copa, e a gente procura contagiar a escola inteira, e de uns três anos pra cá vem dando muito certo isso. Podemos ver uma escola evoluindo, cantando, curtindo o que está fazendo. As bossas são fruto de muito ensaio, e eu sempre falo que a gente é o termômetro de todas as escolas, porque a gente é a primeira a ser julgada, então a gente é meio que cobaia das outras escolas, mas está sendo muito bom, as bossas estão encaixando dentro da melodia, estamos seguindo à risca o regulamento e tem dado tudo certo”, disse o mestre Acerola de Angola.


Harmonia

Foi um dos quesitos destaques, é impressionante a garra que a comunidade do Barroca está tendo nestes ensaios. A bateria com um andamento alto e o samba forte ajudam muito para isso, mas os componentes estão com uma energia a mais, talvez pelo fato de a escola voltar ao especial depois de tanto tempo. Vale ressaltar o trabalho dos harmonias e chefes de ala, que em conjunto, orientam os componentes para cantarem cada vez mais forte.

Evolução

A escola não comprometeu neste quesito. Se no primeiro ensaio a agremiação quase passou do tempo, neste treino, mesmo com chuva, o Barroca passou no tempo certo, com certeza foi algo corrigido pelo departamento de harmonia e chefes de ala. No mais, a escola cumpriu os requisitos, não houve buracos, espaçamento entre as alas e nenhum componente comprometeu com a evolução da agremiação.

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Igor Sena e Lenita Magrini mostram cada vez mais estarem sincronizados. O que chama a atenção é que mesmo com a chuva forte, a dupla passou muito bem, mostrou uma coreografia que casa com o samba e conduziram muito bem o pavilhão da “Faculdade do Samba”. Geralmente um casal de mestre-sala e porta-bandeira tem dificuldade para evoluir na chuva, principalmente a porta-bandeira, mas não foi o caso, Lenita executou muito bem seus movimentos usando um salto, o que demonstra um grande talento da jovem porta-bandeira.

Comissão de Frente

A comissão do Barroca é um show à parte no desfile, foge do padrão do carnaval paulistano. A ala fez muitas coreografias e uma extensa apresentação teatral, que demonstra um fácil entendimento. Ao que parece a coreografia representa o sofrimento dos negros em Benguela, que depois reverenciam os orixás que ficam em cima do tripé, com uma grande participação de um integrante que faz o papel de Zé Pilintra, interagindo com o público.

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