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Na luta pela volta nas campeãs, Tuiuti faz um desfile esteticamente perfeito mas erra nos quesitos de chão

Por Victor Amancio. Fotos de Allan Duffes, Isabel Scorza e Magaiver Fernandes

De volta ao Grupo Especial o carnavalesco João Vitor realizou um grande desfile no Paraíso do Tuiuti e se depender do seu trabalho estético a escola pode sonhar com uma vaga nas campeãs. Problemas de evolução, fazendo a escola correr para não estourar o tempo máximo e algumas fantasias com difícil leitura podem atrapalhar a escola que passou com alegorias belíssimas. Mestre Ricardinho passou bem com as bossas bem encaixadas e realizadas. Foi um outro ponto positivo da escola.

Comissão de frente

O coreógrafo Márcio Moura levou na comissão de frente 15 bailarinos em procissão ao dia 20 de janeiro, data que se comemora o dia do Santo e data de nascimento do Rei. Bailarinos usaram um artifício com uma máscara de senhoras, estas que religiosas, seguiam em procissão. Em um certo momento surge o “caboclo encantado” que dançou junto com as senhoras e os homens da comissão.

O tripé representava uma capela no alto do morro e ele se abriu revelando o santo e o final da coreografia da comissão acontecia com o encontro do touro coroado com o São Sebastião que o desencanta o transformando no Rei Dom Sebastião que por sua vez retira a flecha do peito do santo. Bem realizada com fantasias bonitas e agradando o público a comissão se apresentou bem nos três módulos e deve garantir a pontuação para o quesito. O trecho final com a emoção do encontro dos personagens principais do enredo foi singelo e forte.

Mestre-sala e Porta-bandeira

O casal Marlon Flores e Danielle Nascimento, representando Dom João Manuel e a Princesa Joana da Áustria, se apresentou bem. Danielle se destacou na dança fazendo giros graciosos e com velocidade. Colocando força nos passos a porta-bandeira fez uma belíssima passagem pela avenida. O casal realizou uma apresentação sincronizada com referências ao orixá Oxóssi, representação de São Sebastião no candomblé, na dança.

Harmonia

O componente do Tuiuti cantou, mas faltou vibrar mais durante o desfile. Nino do Milênio e Celsinho Mody fizeram o samba crescer, porém o público interagiu pouco com a escola de São Cristóvão. Faltou potência no canto da comunidade.

Enredo

Desfilando o enredo “O Santo e o Rei: Encantarias de Sebastião” o Paraíso do Tuiuti trouxe seis setores para contar as coincidências e ligações na trajetória do santo padroeiro da escola e do rei português. O desfilei iniciou com o nascimento de Dom Sebastião, no dia 20 de janeiro, coincidentemente no dia em que o santo é festejado. João Vitor desenvolveu bem o enredo nas alegorias e nos dois últimos setores da escola. Nos dois primeiros houve dificuldade para compreensão do que estava sendo passado. Nos três últimos setores, o conjunto de fantasias, que eram auto-explicativas, contribuíram para a funcionalidade do tema.

Evolução

Tendo uma evolução irregular e correndo para não estourar o tempo, a escola pecou no quesito e por conta da correria foi difícil dos componentes evoluírem. Na saída do primeiro recuo a frente da bateria foi aberto um buraco.

Samba-Enredo

Com o samba bem cadenciado, aliado a uma letra e melodia muito boas, o Paraíso desfilou com um belo samba. Durante os ensaios de rua era perceptível a crescente do samba. Como falado no quesito harmonia, a dupla de cantores foi fundamental no desempenho, embora, a comunidade não tenha mostrado o mesmo nível de canto dos ensaios de rua.

Fantasias

O conjunto de fantasias da escola teve um ótimo acabamento e beleza estética. O setor 4 com a 18ª e 19ª ala veio com fantasias de muito bom gosto. O problema do quesito foi na leitura dos dois primeiro setores que apesar da dificuldade estavam bonitas. João Vitor fez um ótimo trabalho confirmando seu potencial e espaço entre os grande carnavalescos.

Alegorias

O conjunto alegórico do carnavalesco foi o maior destaque do desfile. João acertou em cada alegoria apresentada. Todas eram de fácil entendimento e bem acabadas. Destaque para o segundo carro que representava a batalha de Alcácer e Quibir, em tons de terra a alegoria impressionou pelo tamanho e acabamento. O último como um grande altar com a imagem do santo encantou quem assistia o desfile. O bom gosto e a realização foram excelentes.

Outros destaques

Fantasia do terceiro casal da escola era belíssima que teve como inspiração o samba exaltação da escola.

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