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Oito escolas na briga por duas vagas no Especial, Grupo de Acesso de São Paulo acontece nesta quinta

Disputa será intensa com escolas bem tradicionais na segunda divisão de São Paulo

Depois dos desfiles no Grupo de Acesso II, vulgo terceira divisão, chegou a hora de oito escolas entrarem no Sambódromo do Anhembi para os desfiles do Grupo de Acesso I, valendo duas vagas no Grupo Especial de São Paulo em 2023 e uma escola será rebaixada.

As escolas que disputarão o Grupo de Acesso em 2022: Morro de Casa Verde, Camisa Verde e Branco, Mocidade Unida da Mooca, Independente Tricolor, Estrela do Terceiro Milênio, X-9 Paulistana, Leandro de Itaquera e Pérola Negra.

Os desfiles iniciam às 20 horas com a recém-promovida Morro de Casa Verde e a última escola, Pérola Negra entra na pista 3h, segue o giro pelas escolas:

Morro de Casa Verde – 20h

Voltando ao Grupo de Acesso, a escola vem de anos positivos no Acesso II, chegou ao terceiro lugar em 2018 e vice-campeão em 2019, pois não subiu. Mas em 2020 não deixou escapar, foi campeão e retornou à segunda divisão que esteve entre 2009 até cair em 2016.

É uma escola tradicional da zona norte, e que já disputou o principal grupo paulistano em algumas oportunidades, a última há exatos vinte anos.

Com o carnavalesco Babu Energia pelo terceiro ano consecutivo com bons resultados pela escola, cantará: “Sob a proteção de Oxalá, festa no terreiro de bambas para caçador, curandeiro e padroeiro”. A proposta é trazer os orixás Oxóssi, Obaluaê e São Jorge com proteção de Oxalá em uma grande festa no Anhembi.

Fundação: 1962
Escola Madrinha: Estação Primeira de Mangueira
Participações no Grupo Especial: 9 vezes (última em 2002)
Melhor resultado: 6º lugar no Grupo Especial em 1970
Títulos: Segunda divisão (1971) e Terceira Divisão (1993, 1995, 2005 e 2020)

Camisa Verde e Branco – 21h

Uma das escolas mais tradicionais do samba paulistano, nascida na Barra Funda, amarga o oitavo ano consecutivo no Grupo de Acesso. Escola nove vezes campeã do Grupo Especial e uma no Grupo de Acesso, sem contar o tetra nos tempos de Cordões.

Até 1996 era uma escola que vivia somente no Grupo Especial. Tempos mudaram, caiu pela primeira vez, reergueu, chegou a ser vice em 2002. Mas voltou a cair em 2007 e de lá para cá viveu mais no Grupo de Acesso que na elite do carnaval. Em 2020 foi 5ª lugar, correu risco de queda.

Com Leno Vidal e Renan Ribeiro conduzindo o carnaval da escola, irão cantar: “Rezadeiras. Na fé do Trevo te benzo! Na fé do Trevo de curo!”. Em um tema espiritualizado, a agremiação homenageará sua madrinha Mangueira, e suas afilhadas, mas a ideia central é trazer a sabedoria das rezadeiras em sua ancestralidade.

Fundação: 1953
Escola Madrinha: Estação Primeira de Mangueira
Participações no Grupo Especial: 36 vezes (última em 2012)
Melhor resultado: 9 vezes campeã do Grupo Especial (1974, 1975, 1976, 1977, 1979, 1989, 1990, 1991 e 1993)
Títulos: 9 vezes na Primeira Divisão, Segunda Divisão (1997) e Cordões (1954, 1968, 1969, 1971)

Mocidade Unida da Mooca – 22h

A famosa MUM é uma escola jovem perante as demais, e chegou no seu auge que é o Grupo de Acesso em 2019 após vencer o Grupo de Acesso II em 2018. Foram apenas dois anos na segunda divisão e dois resultados positivos: 4ª e 5ª lugar. O sonho é chegar na elite pela primeira vez.

Começou a disputar em 1988 e passou pelos grupos da UESP que não são poucos, portanto um caminho árduo até chegar perto do sonho de ser elite do carnaval.

Com André Rodrigues, carnavalesco da escola que ficou na 4ª posição em 2020, trará o enredo: “Aruanda – O Eterno Retorno”. A escola contará sobre o termo que é utilizado em religiões na África, é um local descrito como ‘mundo espiritual’, a escola trará desde a Ilha de Luanda, infantarias espirituais e a relação afro-brasileira com o kardecismo.

Fundação: 1987
Escola Madrinha: Mocidade Alegre
Participações no Grupo Especial: Nenhuma, e no acesso duas: 2019 e 2020
Melhor resultado: 4ª lugar no Grupo de Acesso em 2020
Títulos: Terceira divisão (2018), Quarta divisão (2014 e 2016), Quinta divisão (1999) e Sexta divisão (1991)

Independente Tricolor – 23h

Oriunda da Torcida Tricolor Independente, do São Paulo Futebol Clube, a escola de samba começou como bloco nos anos 90, mas em 2003 foi desclassificada por uma confusão com membros da Pavilhão 9. Só retornou em 2009 como Malungos Independente.

Desde então foi conquistando seu espaço, títulos atrás de títulos nas divisões da UESP. Foi vice-campeão do Grupo de Acesso em 2017 e disputou o Grupo Especial no ano seguinte. Mas em 2020 não foi julgada devido a incêndio pouco antes do carnaval.

Para 2022, a proposta é cantar “Brava gente é hora de acordar”. A escola vermelha, branca e preta terá o carnavalesco Fabio Gouveia a frente, e a ideia é ‘elucidar os assuntos sociais e culturais de nosso país’. Mas a ideia não é ser político ou criticar, mas mostrar o povo como maior culpado e ao mesmo tempo maior prejudicado pela situação do país.

Fundação: 1987 (refundada 2009)
Escola Madrinha: Império de Casa Verde
Participações no Grupo Especial: Uma em 2017 e cinco vezes no Acesso
Melhor resultado: 13ª lugar no Grupo Especial (2017)
Títulos: Terceira divisão (2014), Quarta divisão (2013) e Sexta divisão (2010)

Estrela do Terceiro Milênio – 0h

A mais jovem do Grupo de Acesso, a escola do Grajaú, zona sul, vem crescendo ao longo do tempo e bateu na trave do Grupo Especial algumas vezes, a última em 2020 com o terceiro lugar por 0,3 pontos da Tucuruvi.

A escola começou trabalhos em 2002 teve uma rápida ascensão, chegou ao Grupo de Acesso em 2012 pela primeira vez, teve quedas, mas ressurgiu.

Pelo quarto ano, Murilo Lobo assina o enredo da escola que será: “Ô abre alas que elas vão passar”. A ideia é homenagear várias mulheres diversas do carnaval, de todas as áreas, desde presidente, diretoras de alas, compositoras, intérpretes, costureiras, baianas, enfim, uma gama ampla, inclusive a intérprete Grazzi Brasil.

Fundação: 1998
Escola Madrinha: Rosas de Ouro
Participações no Grupo Especial: Nenhuma, no Acesso foram 5 vezes
Melhor resultado: 13ª lugar no Grupo Especial em 2017
Títulos: Terceira divisão (2014), Quarta divisão (2013) e Sexta divisão (2010)

X-9 Paulistana – 1h

De volta ao Grupo de Acesso após rebaixamento em 2020 por perder 0,5 devido ao carro que quebrou na avenida. A agremiação da zona norte de São Paulo que vinha de três anos consecutivos na elite, busca a retomada. Inclusive 2016 tinha sido a única queda da escola desde 1995 quando retornou ao Grupo Especial.

Bicampeã do carnaval, venceu em 1997 e 2000, buscando reconquistar seu espaço entre jovens sensações e tradicionais que buscam o retorno ao patamar que todas querem estar.

Visando isso, a X-9 Paulistana buscou o carnavalesco Eduardo Felix e o enredo será: “Arapuca Tupi – A Reconquista de uma Terra sem Dono”. Entretanto, a ideia é acertar uma flecha no problema nacional com a devastação do meio ambiente e desmoralização das lutas indígenas, buscando uma reflexão profunda.

Fundação: 1998
Escola Madrinha: Rosas de Ouro
Participações no Grupo Especial: 25 vezes (última 2020) e no Acesso: 12
Melhor resultado: Dois títulos no Grupo Especial em 1997 e 2000
Títulos: Primeira Divisão (1997 e 2000), Segunda Divisão (1994 e 2017), Terceira divisão (1981 e 1987), Quarta divisão (1986)

Leandro de Itaquera – 2h

No sétimo ano consecutivo no Acesso, a Leandro de Itaquera tem tido resultado apenas para se manter na divisão. A agremiação da zona leste, ficou no 6º lugar em 2020, perto da queda. Afinal só sete escolas foram julgadas, e a Nenê caiu com 268,7, a Leandro ficou com 269,3, uma posição acima.

Nas outras vezes, a escola não obteve grandes resultados, o melhor foi o quarto lugar em 2015. Em 2019 também ficou perto da queda, no 7ª lugar desta vez por 0,2 a frente da Peruche.

Para mudar esse cenário, a escola do carnavalesco Amarildo de Mello terá o enredo: “No ecoar dos tambores e no feitiço da Leandro – De Daomé as terras da encantaria – O cortejo da rainha Jeje e os segredos de Xelegbtá”. Vão falar de arte, fé e cultura em um enredo místico

Fundação: 1982
Escola Madrinha: Nenê de Vila Matilde
Participações no Grupo Especial: 20 vezes (última 2014) e no Acesso: 15
Melhor resultado: 4ª lugar no Grupo Especial em 1991
Títulos: Segunda Divisão (1988 e 1996), Terceira divisão (1985), Quarta divisão (1984) e Quinta divisão (1983)

Pérola Negra – 3h

Por fim, outra que acabou sofrendo com a queda em 2020 na lanterna, e tem vivido esses altos e baixos. A escola da Vila Madalena sobe e cai, desde 2012 vive esse momento.

Com esses altos e baixos, a escola venceu o Acesso duas vezes, em 2013 e 2019, de cinco títulos na divisão. Ainda teve um vice recente em 2015, outra vez promovida. A melhor época foi a sequência de 1976 até 1981, ou recente de 2007 até 2012 na elite.

Para seguir o momento positivo no Grupo de Acesso, a escola vai cantar “O mergulho nos rios sagrados em busca da cura, do corpo e da alma”. Pois a proposta desenvolvida por Anselmo Brito é uma imersão nas histórias dos rios e a relação espiritual do humano com a água doce.

Fundação: 1973
Escola Madrinha: Acadêmicos do Salgueiro
Participações no Grupo Especial: 19 vezes (última 2020) e no Acesso: 26
Melhor resultado: 5ª lugar no Grupo Especial em 1976
Títulos: Segunda Divisão (1975, 1989, 2000, 2013 e 2015), Terceira divisão (1974 e 1988)

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