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Perucas sem carnavalização e até falta de guardiões: motivos das punições para fantasias da Mangueira

Surpreendeu a todos durante a apuração na quarta-feira de cinzas as notas baixas das fantasias da Mangueira. Com um dos desfiles mais luxuosos do ano e estética muito elogiada na avenida, Leandro Vieira ganhou diversos prêmios. Entretanto, os jurados de fantasias viram vários problemas na passagem da escola pela Marquês de Sapucaí. A escola tirou duas notas 10, uma 9,7 e outras duas 9,9, totalizando 29,8 no quesito.

Localizada no terceiro módulo de julgamento, Regina Oliva anotou diversas deficiências que segundo ela justificaram a pesada nota 9,7 que aplicou. Até a falta de guardiões para Matheus e Squel, o que não está em julgamento, foi motivo de descontos. A jurada destacou a falta de carnavalização das perucas da ala formada por integrantes trans e ainda indicou que indumentárias passaram por ela caindo.

“- Ala 13: a cruz é um símbolo que demonstra o sacrifício e a entrega de Jesus Cristo para salvar a humanidade de todos os pecados. E, além disso, representa também a vitória do filho de Deus sobre a morte. A cruz de Jesus Cristo compondo as fantasias das alas 13, 14 e 15 não teve associação com os trajes na ala 13, por exemplo, várias cruzes pesaram e caíram sobre as cabeças das baianas, onde as mesmas desfilaram de cabeças baixas para segurá-las, prejudicando a estética e o visual da fantasia, na ala 14 a cruz não acrescentou significado ao combate da desvalorização da mulher, pois, a mesma mensagem proposta.

– Ala 17: a fantasia foi composta por perucas coloridas que pareciam serem compradas em lojas de artigo de carnaval e isso desvaloriza o traje. outro questionamento, foram as auréolas que estavam presas em diademas, os quais deslocaram e ficaram fora de lugar escorregando e cobrindo os rostos de alguns componentes. A auréola associada à estética LGBTQI+ não proporcionou o efeito esperado e não transmitiu a mensagem proposta. Uma outra questão é que a escola não apresentou guardiões de mestre-sala e porta-bandeira, já que quase por unanimidade as escolas apresentam e realmente acrescenta bastante a presença de guardiões, são fantasias lindíssimas e especiais. Além disso, houve um desvio de atenção da responsabilidade destes trajes com o espetáculo e com as mensagens que poderiam transmitir. As fantasias devem a todo momento unir o sentido da obra a sua exterioridade, o que não ocorreu nestes casos onde os trajes substituíram a significação do ato por valores independentes.

Após todas essas colocações, vou descontar em concepção (-0,3) pois as outras alas foram confeccionadas com material rico e não prejudicou o equilíbrio dos outros trajes”, justificou.

Paulo Paradela, um dos mais recorrentes julgadores de fantasias no Grupo Especial, foi outro que percebeu imperfeições na passagem da Mangueira. O julgador observou que a ala de baianas passou com indumentária defeituosa e em outras alas também havia defeitos nas fantasias. Anota foi 9,9.

“- Ala 06: em algumas fantasias o elemento da parte de trás que representava os ‘ramos’ estava tombado ou danificado;

– Ala 13: Em algumas baianas a cruz que fazia parte da indumentária estava tombada sob a cabeça das baianas ou para as laterais, aparentando que a base que as sustentava entortou ou quebrou durante evolução das baianas;

– Ala 14: Em várias fantasias, assim como já ocorrera na ala 13 a cruz estava despencada ou tombada. Em algumas fantasias inclusive foi possível observar uma corda amarrada à base, para mitigar o impacto, mas o mesmo foi observado em vários componentes da ala”, explicou.

Por fim, Sérgio Henrique da Silva, posicionando na quarta cabine, também considerou problemas em costeiros de figurinos e assim como Regina Oliva cobrou maior carnavalização das perucas da ala formada por trans, conforme sua justificativa deixa clara.

“Realização: alas (14 e 15), os costeiros pareceram pesados, com isso, muitos passaram deitados ou inclinados em diagonal, comprometendo o apuro estético. As perucas da ala LGBTQI+ estavam sem nenhuma estética, poluindo o visual. O material e a forma colocada na cabeça dos componentes comprometeu a estética do conjunto” , finalizou.

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