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Precursora da mudança no quesito, Unidos da Tijuca perdeu 14 décimos em comissão de frente nos últimos cinco anos. Bateria permanece ‘invicta’

Agremiação do Borel tem uma média de 1,5 ponto perdido por ano

Quando se fala da mudança do quesito comissão de frente nos últimos tempos, a antológica apresentação da Unidos da Tijuca em 2010 é sempre citada como marco zero das comissões ‘espetáculo’. A partir daquele desfile o quesito mudou por completo. Mas os anos se passaram e a própria escola não tem conseguido impactar neste quesito.

A reportagem do CARNAVALESCO mostra neste material da série ‘De olho nos quesitos’ que a amarelo ouro e azul pavão do Borel foi penalizada em 14 décimos justamente em comissão de frente, de um total de 7,6 pontos perdidos ao longo dos últimos cinco anos. Os números evidenciam o enfraquecimento recente da escola, que ganhou três títulos entre 2010 e 2014. Apenas o quesito bateria não perdeu um único décimo e se mantém ‘invicto’.

Confira o desempenho da Unidos da Tijuca quesito a quesito:

Alegorias e Adereços

Quesito bastante irregular da escola nestes últimos carnavais. Em três dos cinco anos do levantamento obteve a pontuação máxima de 30 pontos, 2016, 2018 e 2019. Entretanto o grave acidente em 2017 onde parte de uma alegoria cedeu em plena avenida, causando ferimentos em componentes, fez a escola perder meio-ponto no quesito. Em recentemente em 2020 foram mais quatro décimos de desconto, totalizando uma perda total de 0,9 ponto.

Bateria

Apontada por 10 entre 10 especialistas do assunto como uma das melhores baterias do carnaval carioca, a Pura Cadência comprova os elogios com números. O único quesito onde a Unidos da Tijuca não perdeu décimos nos últimos anos. Para ser mais detalhista, a última vez que os comandados de mestre Casagrande saíram de uma apuração sem os 30 pontos foi em 2010, quando eram cinco jurados e a maior e menor notas eram descartadas, como agora. A escola obteve duas notas 9,9 e três 10. 13 anos sem perder décimos em bateria.

Comissão de Frente

A criatura vem engolindo o criador, como se diz na fábula. Responsável por arrebatar a avenida com suas comissões especialmente em 2010, 2011 e 2012, a Unidos da Tijuca tem neste quesito atualmente o seu pior desempenho. Não gabarita desde o vice-campeonato de 2016. Entre 2017 e 2020, 14 décimos de penalização, a mais pesada em 2020, com seis décimos de desconto, em virtude do figurino de led ter se apresentado defeituoso.

Enredo

Quesito bastante afetado com o acidente de 2017, afinal sem uma alegoria do conjunto a leitura e compreensão do enredo se mostraram prejudicadas. Na ocasião, a escola perdeu seis décimos no quesito, 60% de toda a perda dos últimos cinco anos. Nos demais anos até houve perdas, mas de no máximo dois décimos, como em 2016. O total chega a 1 ponto se considerarmos de 2016 pra cá.

Evolução

Este é outro quesito onde a Tijuca era referência de desempenho entre 2010 e 2014, chegando a rivalizar com a Beija-Flor como melhor evolução da avenida. Mas nos últimos anos este nível caiu e a escola perdeu um total de oito décimos nos últimos cinco anos. Novamente é obrigatório citar que o acidente de 2017 fez a escola perder seis décimos, 75% da perda do período.

Fantasias

Não fosse o equivocado conjunto de 2020 seria um quesito com desempenho semelhante à bateria. Mesmo no esquecível desfile de 2017 e nos anos de 2018 e 2019, quando a escola passou longe das primeiras colocações, as perdas foram de apenas um décimo. Mas em 2020 foram três de uma só vez, totalizando 0,6 ponto perdido nos últimos cinco anos. Mesmo assim é o segundo melhor quesito tijucano em termos de nota.

Harmonia

Assim como evolução, a Unidos da Tijuca chegou a receber a alcunha de rolo compressor da avenida em um ensaio técnico em 2011. Até 2014 passava rasgando o chão da Saúcaí. Mas as notas não deixam margem para dúvida. O último desfile tijucano com nota máxima em harmonia foi em 2016. Foram dois décimos perdidos em 2017, um em 2018 e 2019 e mais três em 2020. Total de 0,7 ponto perdido.

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

A Unidos da Tijuca teve dois mestre-salas (Julinho Nascimento e Alex Marcelino) e três porta-bandeiras (Rute, Jack Pessanha e Raphaela Caboclo) nos últimos cinco desfiles. Três casais diferentes. O resultado de tantas mudanças: 1,1 ponto perdido em cinco anos, o segundo pior desempenho da escola ao lado de samba-enredo. A escola perdeu três décimos duas vezes (2017 e 2020); dois décimos duas vezes (2018 e 2019) e um décimo em 2016.

Samba-Enredo

Muito criticada por sambas de qualidade duvidosa nos seus melhores desfiles, notadamente nos títulos de 2012 e 2014, a Unidos da Tijuca vem tentando melhorar neste quesito. A prova disso é a excelente obra de 2022. Os sambas de 2016 (única nota 30 da escola nos últimos cinco anos) e de 2019 também merecem elogios, embora este último tenha perdido quatro décimos em um julgamento excessivamente rigoroso. O fato é que ao lado de mestre-sala e porta-bandeira (1,1 ponto perdido) é o segundo pior desempenho da Unidos da Tijuca nos últimos cinco anos.

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