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Presidentes das escolas de São Paulo procuram gestor e preparam mudança estrutural na Liga-SP

A Liga-SP apresentou no mês de maio um novo modelo de gestão para administração dos desfiles das escolas de samba de São Paulo. Sidnei Carriuolo, presidente do Águia de Ouro, assumiu o comando da Liga-SP por 90 dias, e, durante uma live explicou como surgiu o movimento de mudança no sistema paulistano.

“Não é simplesmente arrancar todo mundo e colocar tudo novo. Os presidentes estão empenhados e participativos. Quando a gente se une atrás de um objetivo é difícil não conseguir. A proposta é do colegiado dos presidentes das escolas de samba. A antiga diretoria tinha mais um ano de mandato. O Carnaval 2020 foi mais tenso e tumultuado. Pensamos que após os desfiles eram o momento certo para mudar. O presidente Serginho não entendeu bem a mudança do gestor e optou por sair. É uma mudança estrutural da Liga, uma administração diferente”, disse.

Sidnei Carriuolo explicou que as escolas de samba já tinham interesse em realizarem mudanças na estrutura da Liga-SP.

“Não tem um fato que motivou a mudança. Desde a última eleição, a gente já queria fazer mudanças. Foi uma coisa do momento. O gestor é um desafio coletivo e individual. Torcer para achar o ponto certo para trazer o equilíbrio”, disse Sidnei.

O dirigente falou sobre o próximo carnaval e o comportamento das escolas de samba no período de quarentena para combater o novo Coronavírus.

“O carnaval tem sido muito atacado. A primeira morte no Brasil ocorreu no dia 17 de março. A explosão na Europa foi no final do carnaval. É leviano quando as pessoas acusam o carnaval. Até o desfile das campeãs não tínhamos essa explosão de contágio. O mais importante de tudo é a vida. As escolas estão fazendo seus trabalhos internos, como desenvolvimento de enredo, composição do samba, desenhos e isso tudo é home office. Não estamos expondo ninguém. Pode ser que não aconteça em 2021, ficaremos tristes, mas o projeto estará pronto para 2022. Vamos seguir sempre as recomendações das autoridades”.

Sidnei citou que as mudanças na Liga-SP não envolvem os fundamentos dos desfiles das escolas de samba.

“Não tem que ficar mudando. As escolas de samba que precisam se adaptar. Temos que preservar a raiz, continuar com as baianas, as baterias com seus instrumentos. A mudança da Liga não é de regulamento de desfile de escola de samba. É muito inseguro para todas escolas de samba. Uma das nossas propostas é não fazer mudança significativa dentro do regulamento. Agora, o critério de julgamento é outra coisa. Não conseguimos ter sambistas isentos que tem afinidade com alguma escola. Se entra um jurado que não tem escola de samba, ele não tem conhecimento de um desfile.

Questionado sobre as obras na Fábrica do Samba, Sidnei foi objetivo: “As obras continuam paradas. É um projeto muito caro. Houve vários empenhos de verba, mas que não foram suficientes. Estamos dependendo do montante para terminar os outros sete barracões”.

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