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Primeiro casal da Grande Rio relata desafios e adaptações na volta aos ensaios presenciais

Apesar da pandemia da Covid-19 não cessar no Rio e nem no Brasil como um todo, a vida começa a ganhar ares de normalidade, com a retomada das atividades e o retorno de muitos trabalhos ao modelo presencial. E no universo do carnaval não é diferente. Mesmo sem a previsão de quando irá acontecer o próximo desfile, casais de mestre-sala e porta-bandeira já voltaram aos ensaios e aos preparativos para uma folia que ainda se faz distante.

Anteriormente, o site CARNAVALESCO conversou com Diogo Jesus e Bruna Santos, primeiro casal da Mocidade Independente, sobre o retorno aos treinos. Hoje, o bate-papo é com outra dupla que também já voltou aos ensaios presenciais: Daniel Werneck e Taciana Couto, responsáveis por defender o pavilhão principal da Acadêmicos do Grande Rio.

“A retomada dos ensaios é importante para manter o ritmo, pois quando houver data para retorno das atividades ou definição de quando haverá o próximo desfile, nós estarmos preparados. Continuar na caminhada em busca de aperfeiçoamento é fundamental para mantermos o resultado do último carnaval”, afirmou Taciana.

“Quando acaba o carnaval, a gente fica um bom período parado e até o corpo se adaptar novamente aquela rotina de ensaio é preciso tempo. E mesmo a gente tendo essa indefinição de datas referente ao desfile, procuramos de alguma forma também matar um pouco dessa saudade. Esta seria a época das disputas de samba, que é quando começamos a se aproximar mais um do outro e a se dedicar aos ensaios. Então, um dos motivos primordiais foi justamente isso, para não perder o ritmo que a gente veio trabalhando ano passado, desde cedo até o carnaval. Por isso resolvemos se preparar desde agora, mesmo que seja só para o carnaval de 2022. A gente quer é estar sempre seguro, então é muito importante isso”, complementou Daniel.

Todavia, a volta às atividades em conjunto, durante a pandemia, exige cuidados por parte da dupla, para evitar riscos de contaminação pelo novo coronavírus. Por isso, Daniel e Taciana garantem estarem seguindo todos os protocolos sanitários recomendados pelas autoridades de saúde, mas não escondem que enfrentam dificuldades.

“Infelizmente, a gente não tem como evitar o contato. Até porque a dança do casal de mestre-sala e porta-bandeira é uma dança a dois. Então o mestre-sala, a todo momento, precisa estar cortejando a sua dama. Ele precisa estar de alguma forma sendo galanteador. Ou seja, tem o contato da mão. A gente se previne com álcool em gel, tem a utilização de máscara. Porém, até o corpo se adaptar a dançar com máscara, é muito difícil. Estamos tentando se adaptar a esse estilo, porque é complicado. Ainda mais quando a gente fica um tempo parado, quando volta a dançar, o ritmo não é o mesmo, a gente fica com a respiração ofegante. Tudo isso a gente está trabalhando, justamente para se adaptar a esse ‘novo normal'”, relatou Daniel.

Já Taciana fez ainda uma revelação. “Fui contaminada e acredito ter ficado assintomática, descobri nos exames ao retornar para o estágio na faculdade. Depois de cumprir a quarentena, comecei a participar de algumas ações, atividades relacionadas ao carnaval, mas tomando todos os devidos cuidados, tenho retornado aos poucos a uma rotina adaptada ao ‘novo normal’ e decidi que o próximo passo a ser dado seria a retomada dos encontros presenciais para ensaio, com uso de máscara e álcool em gel”, contou.

A dupla ainda avaliou como está sendo esta volta aos treinos, em meio às incertezas que rondeiam o futuro da folia carioca. “Mesmo não tendo samba e nem data definida, a gente procura fazer exercícios que sejam voltados para dança, que possam futuramente ajudar na questão de postura, de condicionamento físico. Por exemplo, a gente tem feito aulas online de ballet. Além disso, agora estamos tendo também o contato presencial com a nossa coreógrafa, uma vez na semana, para trabalharmos os três juntos. Então assim, a gente está buscando sempre outros contextos para inserir na dança. Como o nosso enredo para o próximo carnaval é sobre Exú, a gente vai repetir as aulas de dança afro com um dos bailarinos da comissão de frente da Grande Rio, para aprender novas técnicas de movimentos, até para a gente poder inserir na nossa coreografia futura”, falou Daniel.

Taciana seguiu o mesmo discurso do parceiro de dança. “Como dito anteriormente, seguimos em busca de aperfeiçoamento, sempre há algo para melhorar, aprender… Ainda tenho limitações a serem superadas e só com trabalho isso pode ser feito”, complementou a porta-bandeira da Grande Rio.

Os dois ainda falaram acerca do trabalho realizado por eles durante o período de isolamento social. “Foram raros os encontros na pandemia, apenas pra lives que foram realizadas presencialmente. No início, só com dança sem toque, totalmente adaptada ao atual momento. Estive também fazendo alguns exercícios físicos em casa: primeiro ballet e agora acrescentei o pilates”, contou Taciana.

“Como a gente teve o nosso primeiro contato agora, voltando aos ensaios, conseguimos perceber que precisamos trabalhar mais, porque o corpo meio que desacostumou. A gente diz que o corpo relaxa até voltar para rotina que é de costume dos ensaios. Particularmente, sempre mantive atividades físicas: faço musculação, faço aeróbica… Por conta da quarentena, as academias estavam fechadas, mas mesmo assim eu estava fazendo exercício em casa, para não perder o ritmo”, concluiu Daniel.

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