InícioGrupo EspecialRetrospectiva 2020: outubro, novembro e dezembro

Retrospectiva 2020: outubro, novembro e dezembro

O site CARNAVALESCO apresenta a última reportagem da série ‘Retrospectiva 2020’. Neste texto contamos os principais acontecimentos dos três últimos meses de 2020. Depois de muitas plenárias e reuniões, a Liesa finalmente deixou marcado para julho de 2021 os desfiles adiados. A entidade entretanto só realizará o evento caso haja uma vacina até lá. As Eleições 2020 colocaram o carnaval no centro das discussões politicas do Rio e Eduardo Paes conseguiu se eleger na disputa com Crivella. O candidato do DEM foi apoiado pelas escolas.

Outubro – Quadras e rodas de samba são autorizadas e carnaval esquenta debate político

Em 2020, em virtude da pandemia de Covid-19, as eleições municipais aconteceriam em novembro. Portanto a campanha começou a esquentar apenas em outubro. Além dos temas inerentes ao município, o carnaval foi um dos tópicos mais debatidos pelos prefeitáveis durante entrevistas e debates. Inimigo declarado do carnaval, o prefeito Marcelo Crivella usou o horário político para propagar fakenews sobre a festa. Os candidatos deram suas opiniões a temas sensíveis sobre os desfiles e antes da votação do primeiro turno, o site CARNAVALESCO promoveu uma rodada de entrevistas com os principais candidatos a prefeito.

Unidos da Tijuca, Imperatriz, Estácio de Sá e Cubango apresentaram seus enredos para 2021. A Portela gerou polêmica ao proibir em sua disputa a gravação de videoclipes. A medida irritou as produtoras de conteúdo audiovisual.  O mês de outubro levou sambistas importantes como Edeor de Paula, compositor autor do clássico ‘Os Sertões’ da Em Cima da Hora em 1976 e Jorge Velloso, presidente da ala de compositores da Beija-Flor. Jorge Aragão chegou estar na UTI em virtude dos sintomas causados pelo coronavírus, mas não passou de um susto.

Outubro marcou também a liberação das rodas de samba na cidade, após sete meses sem eventos. Em um primeiro momento a medida não contemplava as quadras das escolas de samba, mas a reabertura estaria prevista no plano municipal para o mês de novembro. Gabriel David iniciou um processo de liderança pela retomada responsável dos eventos e a realização do carnaval em julho de 2021.

Novembro – Liesa marcar desfiles para julho de 2021, quadras reabrem e Crivella é derrotado nas urnas

Depois de quatro anos perseguindo a maior manifestação cultural do Rio de Janeiro e do Brasil, o prefeito do Rio Marcelo Crivella sofreu uma acachapante derrota nas urnas. No dia 29 de novembro ele recebeu apenas 35% dos votos válidos e foi derrotado pelo ex-prefeito Eduardo Paes que obteve 65%. No último debate antes da votação, Crivella atacou mais uma vez o carnaval usando o chapéu de Zé Pilintra de maneira pejorativa. Além da resposta dada nas urnas, os cariocas foram em massa votar com o chapéu que simboliza uma das mais representativas entidades das religiões de matriz africana. Após a vitória, a maior de um candidato a prefeito nos últimos 30 anos, Paes reafirmou seu compromisso com o carnaval.

Em meio às disputas políticas pela cidade, o mês de novembro significou também a retomada das atividades e eventos presenciais nas escolas de samba. As quadras foram reabertas após 8 meses fechadas e as agremiações puderam, dentro das exigências sanitárias dos órgãos reguladores, voltar a objetivar o faturamento que haviam perdido ao longo de 2020. Paraíso do Tuiuti, Portela, Salgueiro e Unidos da Tijuca realizaram eventos.

Com as quadras reabrindo era possível planejar os desfiles de 2021. Duas plenárias foram realizadas em novembro. Na primeira o alinhamento daquilo que era esperado: os desfiles aconteceriam no mês de julho de 2021. Na segunda a ratificação. Os desfiles estavam marcados para o meio do ano, mas só acontecerão se a vacina tiver imunizado sambistas e eventuais espectadores da festa.

No dia da Consciência Negra mais uma polêmica envolvendo a São Clemente. A agremiação dispensou o carnavalesco João Vítor Araújo, o único negro no Grupo Especial. A medida causou indignação nos sambistas pela falta de sensibilidade da agremiação. Neguinho da Beija-Flor contraiu a Covid-19 e foi internado, mas gravou um vídeo tranquilizando os fãs. O presidente da Imperatriz renunciou ao cargo alegando problemas pessoais. Novembro marcou a perda de Djalma Sabiá, o último fundador vivo do Salgueiro e de Bira do R, lendário locutor da Academia do Samba.

Dezembro – Covid-19 volta a assombrar o Brasil e mata Ubirani, do Grupo Fundo de Quintal

Se novembro trouxe esperança para os sambistas com a reabertura das quadras para eventos e a marcação de uma data para a realização dos desfiles em 2021, dezembro foi avassalador. Os casos de Covid-19 voltaram a disparar pelo Brasil após meses de queda significativa. Com isso as escolas recuaram na retomada de suas atividades e voltaram a paralisar eventos. A maior perda para o coronavírus para o mundo do carnaval foi sem dúvida a de Ubirani, do Grupo Fundo de Quintal. Sua morte causou perplexidade e comoção em todos os sambistas. Farid Abrahão David e Maurício Mattos foram outras sentidas perdas em dezembro, mas apenas o primeiro também foi por Covid-19.

Mas nem só de más notícias viveram os sambistas no último mês de 2020. As Ligas do RJ e de SP sortearam a ordem dos desfiles de 2021, além da Lierj. A Série A mudou de nome para Série Ouro. Ainda no Rio a Lei Aldir Blanc aprovou os projetos das lives das finais de samba das escolas do Especial. A Mangueira finalmente definiu o seu enredo e com isso todas as escolas da elite do carnaval conhecem seus temas para 2021.

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