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“Se fere a minha existência, serei resistência”. Forte nas redes sociais, expressão tem destaque em desfile da Sossego

Por Lucas Gomes

Em um desfile que prezou por reforçar a importância de se acolher todas os tipos de crença, o Acadêmicos do Sossego apresentou a ala “Povo de Axé” na parte final de sua passagem pela Sapucaí. Com a intenção de fazer do desfile um clamor pela liberdade religiosa, a fantasia da ala fez alusão à expressão “Se fere a minha existência, serei resistência”, contando com a presença de baluartes da escola.

Além da ala, figuras ilustres da agremiação também desfilaram no carro “Não Destrua Meu Terreiro”, a última a passar pela Sapucaí no primeiro dia de desfiles da Série A. Caracterizados com vestuários típicos das religiões de matriz africana, reforçaram a proposta da Sossego de valorização das crenças de origem afro e de combate à intolerância religiosa.

Para Jane da Silva, que participou de seu 45º carnaval pela escola, a proposta da agremiação foi apresentar um desfile que contribuísse para conscientização acerca da problemática.

“Católicos e evangélicos dificilmente aceitam as religiões de matriz. Para mim, Deus é um só. Além disso, o nosso Brasil é um país de maioria negra, temos, portanto, que respeitar as religiões de matriz africana. Então acho que fiéis de todas as crenças têm de ser unir, e viemos para o desfile com esta intenção. Acredito que este seja um dos significados de ser resistência”, refletiu.

Sérgio Henrique, que já desfila há 42 anos pela Sossego, reflete de maneira semelhante ao criticar os ataques físicos sofridos por templos de umbanda por todo o Brasil.

“O desfile da Sossego é uma forma de resistência a essa violência religiosa que temos visto. É católico brigando com evangélico, que briga com o umbandista. É terreiro sendo atacado e destruído…Não pode isso! É preciso respeitar todas as religiões. Hoje, nós viemos pedir paz na avenida”.

Mas a presença de baluartes da agremiação não foi o único destaque da alegoria. A representação da cantora e deputada Leci Brandão também chamou a atenção. A política já afirmou ter sofrido ataques de intolerância por ser a favor e projeto de lei que proíbe a utilização de animais em rituais religiosos.

“Eu acho que o carnaval dá possibilidades para que você enxergue as coisas de uma outra forma. Porque, quando você carrega um fio de conta no espeço, automaticamente você é criminalizado pela sociedade por ser seguidor de uma religião de matriz africana. E quando você desfila, mostra que não há diferença. diferença. A escola cruzou a avenida sinalizando que não se pode haver intolerância religiosa, já que o importante é a fé”, disse Erick César, que desfilou representando a deputada Leci.

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