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Seis parcerias prometem disputa acirrada na final de samba da Unidos de Padre Miguel

A Vermelha e Branca da Zona Oeste, sexta colocada em 2019, vai definir nesta sexta-feira o samba-enredo para o carnaval 2020, quando apresentará a trajetória histórico-cultural da capoeira como enredo. E a disputa promete ser bastante acirrada, afinal de contas, nada menos que seis obras ainda estão no páreo.

A reportagem do CARNAVALESCO, dando continuidade a cobertura das finais de samba-enredo, conversou com um representante de cada parceria sobre a emoção de chegar a final e em relação a quais argumentos cada compositor tem para definir que sua obra merece se tornar o hino que vai embalar o carnaval da Unidos de Padre Miguel no ano que vem e ajudar a escola a conseguir o acesso ao Grupo Especial.

Hélio Silveira, da parceria 7 de Eli Penteado e Cia, apela para a fé nos orixás e aposta em uma cantiga típica de capoeira presente na obra para contagiar a comunidade e a diretoria da escola.

“Acredito na Vitória com toda força dos nossos orixás.Tivemos o cuidado de construir o samba de acordo com que o carnavalesco da nossa escola nos passou. Fomos aos dois tira dúvidas e chegamos a um consenso e está aí a obra concluída com sucesso. Nossa letra e melodia é muito harmoniosa e expressa toda narrativa da sinopse muito bem desenvolvida. Fazemos uma singela homenagem à nossa torcida Nação Unida de Padre Miguel e fechamos o samba com uma cantiga de roda típica da capoeira que é o nosso ‘gran finale’ “.

Já para Leonardo D’ Vincci da parceria 08, veterano nas finais de samba da escola, chegou a hora do compositor ganhar o direito de uma de suas obras representar a Unidos de Padre Miguel na Sapucaí.

“Somos todos músicos, fruto desse chão! Participamos de duas finais e ainda não vencemos. É chegado o momento, somos resistência.O berço nos faz sonhar erguer o pavilhão. Assim como diz o trecho do nosso samba ‘Resistência é meu nome. Desde o Cais carrego a Dor’. Um enredo bem elaborado pelo carnavalesco Fábio Ricardo, amo a cultura popular brasileira”

Jefinho Rodrigues, um dos compositores do samba 11, aposta em conquistar o coração da comunidade para sair com a vitória e lembra da importância do enredo para o momento que a sociedade atravessa.

“Falando em relação a parte melódica, nossa parceria conseguiu atingir o coração da comunidade, pois traz a verdadeira emoção e alegria pro canto da escola, se alinhando perfeitamente com nossa bateria. A letra consegue alcançar o objetivo proposto pelo nosso artista mostrando a “ginga” desde suas origens. Além do grande valor cultural, o tema é também bastante pertinente aos dias atuais, onde nossa sociedade vem buscando combater todo tipo de preconceito”.

Samir Trindade, do samba 05, acredita que sua obra pode impressionar por seguir o modelo melódico presente durante as rodas de capoeira. Ele ressalta a forte emoção que acredita que o samba vai trazer à comunidade de Padre Miguel.

“A nossa parceria é a que tem mais o espírito da capoeira tanto na letra e principalmente na melodia. Nosso samba conseguiu captar o espírito do enredo. Se você escutar o nosso samba na quadra parece que você está em um roda de capoeira”.

Já para o compositor Thiago Meiners da parceria 13 de Thiago Vaz e Cia, o refrão principal do samba é o diferencial da obra.

“Eu acredito muito na força do nosso samba como um todo, principalmente no nosso refrão principal que é muito forte e empolgante, ‘Entra na roda, vem jogar camará’. Acho que tem todas as qualidades que possam embalar a Unidos a um grande desfile. E o enredo foi um dos motivos que fizeram nossa parceria decidir entrar nessa disputa. É sempre importante falar de cultura brasileira.

Cláudio Russo da parceira 10, vai viver uma sexta-feira de muita emoção já que também tem samba inscrito na final do Império da Tijuca com o anúncio em horário parecido. Para o compositor sua obra representa o trabalho de um grupo de sambistas já vencedor em disputas na Padre Miguel que conhece as necessidades da agremiação.

“Estamos numa disputa muito difícil, com grandes sambas, grandes compositores, muitos campeões. Mas eu acho que o nosso samba tem a alma da capoeira. A gente o tempo todo não foge do enredo, o samba fala o tempo todo desse movimento tão bonito que veio de Angola. E, é uma parceria que já rendeu grandes frutos pra escola: Ariano Suassuna, Ossain, Eldorado submerso. Uma parceria que conhece a escola”.

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