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Sem apito e com confiança, bateria da São Clemente aposta em time de diretores para se destacar

O apito é um instrumento quase obrigatório a todos os mestres de bateria. É através do som dele que os comandantes dos ritmistas indicam que bossas e convenções irão ocorrer. Na São Clemente entretanto o tradicional objeto é coisa do passado. Apostando na relação de confiança que tem com seu time de diretores, o mestre Caliquinho aboliu o apito e explica o motivo.

“Não sentimos mais a necessidade do apito. A minha relação de confiança com meus diretores é total. A nossa bateria é uma família, nós estamos extremamente entrosados. E sem o apito nos condicionamos mais ao foco e a concentração. Para se ter uma ideia a gente se comunica só pelo olhar. É um diferencial que pode ser visto na avenida”, destaca o mestre Caliquinho.

A bateria da São Clemente vem se mostrando extremamente competitiva nos últimos carnavais e é o segmento mais forte da preta e amarela atualmente. O trabalho de Caliquinho à frente da Fiel Bateria possui a mesma idade da atual passagem da escola no Grupo Especial, desde 2011. Com um forte trabalho de base, que inclui ritmistas da comunidade do Santa Marta, ele vem colhendo os frutos através de boas notas no julgamento do quesito.

Até atingir este ponto contudo Caliquinho precisou encarar o duro julgamento do Grupo Especial, depois de a escola ter sido a campeã do acesso em 2010. No ano de estreia foram duas notas 9,6 e uma 9,4, além de um 9,7. Aos poucos Caliquinho foi dando um bom padrão à bateria até alcançar o primeiro 10 em 2013. Em 2016 e 2018 a bateria da São Clemente obteve a nota máxima no julgamento, 30 pontos. Ao site CARNAVALESCO, o mestre revela um pouco de sua história.

“Meu pai foi repique da bateria no desfile de 1990 que estamos reeditando neste ano. Eu sempre fui acompanhando ele, pegava um instrumento, ia aprendendo a fazer, até receber a oportunidade do Renatinho, que também foi mestre da escola. Eu acredito muito no trabalho de base, na repetição. Estamos ensaiando desde maio. É só assim que se conquistam resultados nesse segmento”, conta Caliquinho.

Para alcançar as boas notas o mestre Caliquinho obteve esses anos o importante respaldo do presidente Renatinho. Mestre de bateria da agremiação entre 1988 e 2003, o dirigente revela a total confiança no trabalho da Fiel Bateria.

“Esses garotos são todos músicos, atuam em diversos projetos. Estão ensaiando há meses. Às vezes fico impressionado com o conhecimento musical deles. O trabalho é intenso, ensaiam toda semana e nessa época de ensaios com a escola toda chegam a treinar três, quatro vezes na semana”, finaliza Renatinho.

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