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Sem desfile em 2021, torcedor da Mocidade faz festa de aniversário temática sobre ensaio da escola do coração

A pandemia da Covid-19 parou o mundo do samba, mas não impediu que Leonardo Gadelha, de 23 anos, torcedor da Mocidade Independente de Padre Miguel, comemorasse seu aniversário, no dia 17 de janeiro, com um ensaio temático da sua escola de coração. Morador do bairro de Santa Cruz, Zona Oeste do Rio, o jovem é funcionário de operações do Metrô Rio, e um daqueles sambistas que carrega no DNA o amor pelo carnaval. Com influência da família foliã, o samba sempre foi quesito número um na casa dos Gadelhas.

Desde criança, o garoto já dava sinais de que a paixão pelo carnaval e pela Mocidade Independente de Padre Miguel seria eterno. Não tendo como fugir do universo de bamba, ele virava as quatro noites de carnaval assistindo os desfiles pela TV e ouvindo os relatos de sua família, integrante da escola do bairro, a Acadêmicos de Santa Cruz. Léo Gadelha, como é mais conhecido, sempre teve suas datas de aniversário com temas de carnaval.

Após o último carnaval, o mundo começou a enfrentar uma grave crise sanitária, causada pela pandemia do novo Coronavírus, vindo a quarentena e com ela o isolamento social. Para Leonardo, o fiel torcedor, era um momento de se repensar como se comemoraria seu aniversário em janeiro de 2021. Acostumado a realizar suas comemorações nos eventos da Mocidade, ele teve a ideia de fazer um simples almoço em sua casa para os familiares e não contava com uma surpresa das pessoas mais próximas.

“Me considero uma pessoa de muitos amigos e por conta da pandemia eu não poderia chamar todos para estarem comigo. Comentei com a minha família de fazermos um almoço simples mesmo, só entre a gente, sem chamar ninguém, e com muito samba no som. Queimamos uma carne no quintal, como planejei, eis que surge uma mesa decorada, meus instrumentos musicais, meu chapéu, minha flâmula, e um bolo. Não acreditei que estava acontecendo uma festa temática da minha Mocidade Independente de Padre Miguel”.

A comemoração seguiu no dia 20 de janeiro, quando a Mocidade fez a primeira live para eliminatória de samba-enredo.

“Era feriadão no Rio, dia de Oxóssi/São Sebastião, reunimos a família inteira, compramos aquele lanche reforçado, preparamos aqueles drinks bem gelados e documentamos a letra dos 11 sambas concorrentes. Foi incrível! Fiquei muito feliz e orgulhoso com o que foi apresentado. Agora, com o cancelamento do carnaval em julho, eu espero, de coração, que a escolha do samba para 2022 possa ser um evento já presencial. Em outubro mais ou menos. Se Deus permitir, todos estarão vacinados e prontos. Seria uma alegria já poder sentir esse clima “pré-carnaval” ainda esse ano e com certeza poder comemorar meu aniversário do ano que vem no meu lugar preferido. Que saudades eu estou da minha casa, que saudades do Maracanã do Samba, a quadra da minha Mocidade”.

Ele acompanhou a fase difícil da escola de coração e os sambas chamavam sua atenção.

“Comecei a acompanhar o carnaval fielmente a partir de 2007. Os carnavais da Mocidade não passavam por uma fase tão boa. Eu não vivi os anos de ouro. O que eu tinha de embasamento da escola é que ela desfilava bem e ficava sempre distante das campeãs. Em contrapartida, os sambas da Mocidade sempre me chamavam atenção. O de 2008 é um dos que eu mais escuto até hoje: ‘Minha Mocidade… guerreira! Traz a igualdade, justiça e paz’. Com o passar do tempo, eu cresci, fiz amigos no mundo do samba e por ironia do destino todo o meu grupo de amizade que vai para Sapucaí ver os desfiles juntos são torcedores da Mocidade. Eles me fizeram conhecer o ensaio de rua na Guilherme da Silveira, o ensaio de quadra, a assistir aos desfiles antigos que renderam o campeonato para escola. Me fizeram enxergar a Mocidade com outros olhos”.

Leonardo Gadelha disse que ainda não teve oportunidade de desfilar pela sua escola do coração:

“Nunca tive esse prazer de desfilar, pelo fato dos ensaios de rua acontecerem domingo/segunda. A rotina de trabalho me impede de estar assíduo em todos os compromissos, mas olha, estão perdendo um componente brabo, viu?! Duvido que alguém pule e cante mais do que eu, do início ao fim”.

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