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Sem previsão de data para receber subvenção da Prefeitura, presidente da União da Ilha desabafa: ‘É absurdo o que estão fazendo conosco’

Em entrevista a reportagem do site CARNAVALESCO, Ney Filardi relatou as dificuldades de manter os preparativos para o desfile do ano que vem em meio a escassez de recursos e a incerteza de quando será liberada a verba por parte da administração municipal

As escolas de samba da Série Ouro vivem um drama em meio aos preparativos para os desfiles de 2024 no Sambódromo da Marquês de Sapucaí. Faltando menos de 80 dias para o começo do espetáculo, as agremiações seguem sem ter uma previsão de quando irão receber a subvenção paga pela Prefeitura do Rio de Janeiro. A verba, que nos últimos carnavais girou em torno de R$ 880 mil para cada uma das integrantes do grupo, é considerada crucial não só para confecção dos carros alegóricos e fantasias, mas também para o funcionamento das instituições durante o ano e manutenção do trabalho como um todo. É o que destacou o presidente da União da Ilha do Governador, Ney Filardi, em conversa com a reportagem do site CARNAVALESCO.

Foto: Diogo Sampaio/CARNAVALESCO

“É decepcionante que, até agora, as escolas do grupo de acesso só receberam R$ 13 mil. Isso da data do desfile de 2023 até hoje. Todas as agremiações possuem muitos gastos o ano inteiro. Só nesses ensaios de rua, eu tenho que dar água paras baianas, para passista, para as crianças, eu tenho que dar o lanche… E, até agora, nada da subvenção. É absurdo o que as autoridades estão fazendo conosco. Eu sou independente, não tenho rabo preso com ninguém. Por isso, faço um apelo aqui: Prefeito, sabe que eu te amo, então ajude as escolas e libere esse dinheiro logo”, disparou Ney Filardi.

Apesar do cenário adverso, a União da Ilha está prosseguindo com o cronograma de trabalhos visando o Carnaval de 2024 e realizou, na última quarta-feira, o primeiro ensaio de rua da temporada. Até o momento, além da tricolor insulana, outras escolas da Série Ouro que começaram os seus treinos a céu aberto foram a Unidos de Padre Miguel, o Império Serrano, o Império da Tijuca, a Acadêmicos do Vigário Geral e o Arranco do Engenho de Dentro. No bate-papo com a reportagem do site CARNAVALESCO, Ney Filardi enfatizou a importância desses ensaios na preparação para o desfile oficial, mas ressaltou que os custos deles são mais um agravante em um momento de escassez de verbas.

“A Ilha está tocando o projeto com base em carta de crédito, doação e muito amor por essa escola das pessoas simpatizantes, que estão aí sempre chegando junto. Se não fosse isso, nós, hoje, não estaríamos reproduzindo as fantasias e confeccionando os carros. Mas, além do barracão, temos outros gastos. Os ensaios de rua são de suma importância na preparação para o desfile. Quem quer disputar título tem que ensaiar muito, de uma maneira e em uma quantidade exaustivas. Porém, as despesas com eles vão desde o carro de som até a baqueta que quebra. Por isso precisamos do apoio das autoridades. O dinheiro já não está previsto? Por que não libera logo? Não adianta nada receber a subvenção faltando 30 dias para o Carnaval”, desabafou o dirigente.

Todavia, mesmo diante dessas dificuldades acarretadas pela falta de recursos, o presidente insulano mantém a confiança de que a agremiação fará uma grande apresentação no ano que vem. “O torcedor da União da Ilha pode esperar um desfile totalmente diferente do que foi o anterior. Com todo respeito as outras 15 agremiações que fazem parte do grupo, quem quiser ganhar o Carnaval de 2024 vai ter que fazer melhor que a gente”, afirmou Ney Filardi.

Em 2024, a União da Ilha do Governador levará para o Sambódromo da Marquês de Sapucaí o enredo “Doum e Amora: crianças para transformar o mundo!”, assinado pelo carnavalesco Cahê Rodrigues. O tema é inspirado livremente no livro “Amoras”, do rapper e escritor Emicida, e em contos infantis do universo da literatura brasileira negra. A proposta é debater questões antirracistas e a intolerância religiosa, através do olhar infantil. A tricolor insulana será a quarta escola a cruzar a Avenida no sábado de Carnaval, dia 10 de fevereiro, segunda noite da Série Ouro, quando irá em busca do campeonato e do sonhado retorno para elite da folia carioca.

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