InícioSérie OuroEm Cima da HoraSérie 'Barracões': Em Cima da Hora aposta na reedição do samba com...

Série ‘Barracões’: Em Cima da Hora aposta na reedição do samba com o enredo atual

De volta para Sapucaí, após sete anos fora, a Em Cima da Hora, será a primeira escola a abrir a temporada de desfiles do carnaval do Rio de Janeiro em 2022. Estando atualmente na Série Ouro, a azul e branco de Cavalcante irá reeditar na avenida o enredo “33 – Destino Dom Pedro II”, desenvolvido pelo carnavalesco Marco Antônio Falleiro. Enredo clássico da escola de 1984, a temática fala sobre o trem 33 que saía de Japeri (baixada fluminense) com destino a Central do Brasil. Leve, o samba está na ponta da língua dos componentes da escola. Pedido pela própria comunidade, quando a agremiação subiu para a Série Ouro, o carnavalesco Marco Antônio juntamente com a diretoria atendeu o solicitado. Durante a pesquisa para desenvolver o enredo, ou melhor, fazer uma releitura do próprio. O carnavalesco da escola acabou percebendo que apesar do samba ser de 1984, ele ao mesmo tempo é atual.

“O que mudou de 1984 para  2022? Quase nada. Mesmo com o passar dos anos, os problemas não mudaram. O tempo de viagem continua o mesmo e por isso torna o enredo atual”, conta Marco.

Esse enredo o que tem de mais valioso e leve é mostrar o tempo e o dia a dia de quem utiliza esse meio de transporte e faz a viagem de Japeri a Central. Para o carnavalesco da escola esse tema é muito importante, ele diz que é bom para que as pessoas saibam como é o cotidiano do subúrbio e também de quem acorda cedo todos os dias para chegar ao seu local de trabalho. Para ele, é essa mensagem que deve ser passada para quem estiver presente na Sapucaí, da esperança do cidadão carioca.

“Quem acorda cedo todos os dias, enfrenta o trem lotado para chegar ao trabalho e que passa por toda a dificuldade no transporte. Faz a verdadeira viagem. De quem está dentro dessa realidade do subúrbio carioca e que o povo nunca perca a esperança de que um dia seja melhor do que o outro”, relata.

A cabeça da escola é o grande trunfo da Em Cima da Hora para este desfile juntamente com a comissão de frente, que após alguns conflitos teve o coreógrafo mudado. “Eu apostei em algo leve, nos tons da escola em degradê de azul. Uma boa iluminação, os carros vem com vários efeitos de iluminação, com led e espelhos, dando um efeito muito bom na avenida”, diz o artista.

Já a comissão de frente, de acordo com o próprio, é muito alegre e divertida. “A comissão vai retratar os personagens que a gente encontra no trem, dentro de uma narrativa empolgante. Que com certeza vai causar um impacto na avenida. Alegre e divertida como o carioca é”, explica o carnavalesco.

É notório que as escolas da Série Ouro passam por muitos problemas, seja com a pouca verba e até mesmo com a localização e a estrutura dos barracões. Com a Em Cima da Hora não é diferente, e de acordo com o carnavalesco isso é algo que precisa ser mudado. “Uma das dificuldades sem dúvidas é a estrutura do barracão. Por causa da chuva, isso causa uma tremenda dificuldade para a gente”.

Entenda o desfile

Um enredo atual mesmo sendo uma reedição de 1984, a Em Cima da Hora será a primeira escola a abrir os desfiles do carnaval de 2022 do Rio de Janeiro. A azul e branco de Cavalcante, subúrbio do Rio pretende fazer um desfile alegre e divertido, usando e abusando dos efeitos de iluminação nos carros. Mesmo assim, a escola virá leve e compacta para a Marquês de Sapucaí e também buscando a permanência na Série Ouro.

Primeiro setor: “O nosso primeiro setor é o embarque no famoso 33. É uma alusão ao trem famoso 33 e a gente faz isso com a própria escola, ao relógio. Uma forma de resgate”.

Segundo setor: “Baldeando por aí, onde a gente mostra as estações em que o trem passa. Nesse carro possui uma paleta de cores mais forte, para mostrar o grande tumulto que encontramos nas estações. Nesse carro é onde tem os vendedores ambulantes, as barraquinhas e tudo que se encontra da Central a Japeri e vice-versa”.

Terceiro setor: “É tirando onda de artista. Onde você vai encontrar os artistas que ganham os seus trocados dentro dos vagões do trem”.

Ficha técnica
Número de alegorias: 3 alegorias
Número de alas: 20 alas
Número de componentes: 1.800
Diretor de barracão: Leandro Fé
Diretor de carnaval: Flávio Azevedo
Iluminador: Luís Otávio (Kibe)
Escultor e pintor: Alan e Wallace
Espelheiro: Alcelmo
Decorador: Klebberson

- ads-

Posição de desfile e critérios de julgamento: Presidente Paulo Serdan fala perspectivas do Carnaval 2025 em São Paulo

A Mancha Verde foi a sexta escola a desfilar na sexta-feira de carnaval. Entretanto, o presidente Paulo Serdan revelou ter outra preferência de horário...

Começa a 2ª FLIC, Feira Literária e Cultural da Mangueira, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação

Nesta sexta-feira, a quadra da Estação Primeira será palco da 2ª edição da FLIC Mangueira, com estandes de editoras, oficinas de criação poética, de...

Confira a sinopse do enredo da Unidos da Tijuca para o Carnaval 2025

Estou aqui para contar a minha história… 1 - Nascente. Olho d’água... Útero do mundo. Numa cabaça mergulhada no fundo do rio turvo, um espelho...