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Série ‘O Carnaval mudou minha vida’: Mestre-sala Matheus Olivério diz ‘o samba roubou meu coração’

Por Lucas Santos

Sambar em família é realmente algo muito comum dentro do universo do carnaval. De Renato e Márcia Lage, casal que divide a criação do desfile da Portela e já trabalharam juntos em outras escolas, além de Aroldo e Ito Melodia, relação de pai e filho representando os intérpretes. Estes todos são exemplos do vínculo familiar dentro das escolas de samba. Mas, o personagem escolhido para este episódio da série “O carnaval mudou a minha vida” tem um componente ainda maior em sua relação com o carnaval. Ele simplesmente é filho de Xangô da Mangueira, que recebeu a alcunha de “maior diretor de harmonia de todos os tempos”. Aliás, essa é a apresentação que Matheus Olivério tem questão de fazer antes de citar o pai em entrevista ao site CARNAVALESCO. Hoje, mestre-sala da Mangueira, Matheus ainda tem a honra e a responsabilidade de dividir o pavilhão da escola com a sobrinha Squel.

“Antes de mais nada, eu sou filho de Xangô da Mangueira, o maior diretor de harmonia de todos os tempos, lendário, sou tio da Squel e dançamos em família, completando três anos no cargo e muito feliz por isso”.

Do pai, falecido em 2009, Matheus pegou o amor pelo samba e pela Mangueira. Esse sentimento foi tão forte que conseguiu abafar até o desejo de construir carreira em outra profissão

“Eu fiz faculdade de contabilidade, sou formado na UFRJ (risos). Estagiei na parte pública, na parte privada, em escritório de contabilidade, tudo certinho, mas o samba me roubou.  Roubou meu coração, posso dizer assim. É onde tenho o meu trabalho, onde eu ganho a minha vida, dou workshop no mundo todo, e dou aula de samba no pé”.

Matheus Olivério começou a dançar com seis anos, como não poderia ser diferente, desfilou por muito tempo na escola mirim Mangueira do Amanhã, permanecendo até os 14 anos quando entrou na ala de passistas da comunidade. Recebeu prêmios de melhor passista, ainda adolescente, e aos 18 anos, em 2006, começou a carreira como mestre-sala. Ficou 10 anos como segundo e terceiro mestre-sala da Mangueira até que a grande chance da vida chegou em 2017. Após a saída de Raphael Rodrigues, mestre-sala campeão com a Mangueira em 2016, Matheus Olivério assumiu o cargo para bailar ao lado da sobrinha Squel, que permaneceu na escola após a conquista.

“O samba e a mangueira me proporcionaram essa mudança geral na minha vida. E hoje em dia, eu sou realizado e feliz por fazer o que eu amo: que é trabalhar como mestre-sala em família na minha escola de coração e transmitir minha cultura, transmitir o samba para todos os cantos desse mundo”.

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