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Técnica ou emoção? Desfiles de São Paulo vivem equilíbrio histórico em noite de sacode da Gaviões da Fiel

Por Guilherme Ayupp e Matheus Mattos. Fotos: Magaiver Fernandes

A definição da grande campeã do carnaval de São Paulo embola a cabeça dos sambistas que acompanharam as duas noites de desfile no Sambódromo do Anhembi. Uma velha dicotomia que envolve o desfile de escola de samba: o que pesa mais: A técnica ou a emoção. Parece definido que esse duelo é o norte que definirá a campeã do Grupo Especial em 2019.

A segunda noite acabou repetindo aquilo que ocorreu na sexta-feira. Agremiações não muito cotadas foram bem tecnicamente e escolas apontadas como favoritas cometeram leves os graves deslizes, que embolam o grupo de favoritas. Águia de Ouro, Vai-Vai, Rosas de Ouro e Dragões da Real quase não erraram e passaram a sonhar. Mocidade Alegre pisou campeã mas cometeu uma série de tropeços no trecho final do desfile e pode ver o sonho do campeonato escorrer pelas mãos.

Mas a ‘personagem’ da noite foi sem dúvida a Gaviões da Fiel. O samba reeditado levou o Anhembi à catarse. Um sacode como há muitos anos ninguém presencia em São Paulo. Entretanto, houveram falhas que se identificadas pelo júri também podem representar a perda do almejado campeonato. A sorte está lançada.

Confira como passaram as sete escolas na segunda noite no Anhembi:

ÁGUIA DE OURO

Responsável por abrir a segunda noite de desfiles do Grupo Especial de São Paulo, a Águia de Ouro contou com uma presença do público bem maior em comparação à sexta-feira. Postura ousada da bateria, simpatia do primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira e, canto forte dos componentes se destacaram num desfile correto, com poucos erros.

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DRAGÕES DA REAL

De acordo com a proposta de seu enredo, a Dragões da Real foi um relógio esta noite no Sambódromo, quando foi a segunda a se apresentar pela segunda noite de desfiles do Grupo Especial. Além de ter sido o enredo mais claramente apresentado na avenida até então, a apresentação foi tecnicamente perfeita dentro do quesitos que estão em julgamento. Tanto que a escola precisou de 59 minutos, seis a menos que o tempo máximo, para encerrar sem qualquer dificuldade o seu desfile. Está credenciada na disputa do título.

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MOCIDADE ALEGRE


Terceira agremiação a entrar na avenida, a Mocidade Alegre trouxe uma estética indígena através do enredo “Ayakamaé – As águas sagradas do Sol e da Lua”. Logo no início o clima imposto pela agremiação levantou a arquibancada, e os espectadores correspondiam com gritos, aplausos, e movimentação de braços e bandeiras. A coreografia da bateria, harmonia constante, bailado entrosado do casal e comissão de frente com fácil interpretação foram os destaques positivos. Até o minuto 56 a escola apresentava uma pinta de campeã, porém os dirigentes não cronometraram o tempo correto, fazendo que a evolução fosse prejudicada em pelo menos duas cabines de jurados do quesito.

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VAI-VAI

Sempre a escola mais esperada do carnaval de São Paulo, a Vai-Vai não decepcionou o público presente no Sambódromo do Anhembi. Quarta a desfilar na segunda noite do Grupo Especial, a escola levantou as arquibancadas com sua passagem e teve na atuação de Grazzi Brasil o seu grande trunfo para desempenhar uma das melhores harmonias deste ano. A Vai-Vai completou seu desfile em 63 minutos e apresentou o enredo ‘O Quilombo do Futuro’.

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ROSAS DE OURO

Quinta agremiação a entrar na avenida, a Rosas de Ouro fez uma homenagem para o país Armênia através do enredo “Viva Hayastan”. A animação dos apaixonados pela escola era visível, sentimento dado por dois fatores. Alegorias bem mais grandiosas em comparação ao ano passado e bateria beirando a perfeição técnica. O andar descompassado de algumas alas foi um pequeno ponto negativo num desfile seguro.

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VILA MARIA

A Unidos de Vila Maria foi a sexta escola a desfilar na segunda noite de apresentações do Grupo Especial no Sambódromo do Anhembi. E desde a arrancada da escola o intérprete Wander Pires desfilhou sua impressionante categoria na condução do samba-enredo da escola. Sem dúvida foi o maior destaque do desfile da escola, provando ser um dos maiores intérpretes da história do carnaval. O conjunto visual esteve irregular com algumas alas bem bonitas e outras não seguindo o mesmo padrão. O mesmo se aplica às alegorias.

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GAVIÕES DA FIEL

Mesmo com o dia amanhecendo, o público permaneceu em peso nas arquibancadas e interagiu com o canto constantemente proporcionado pela qualidade do samba. A escola de samba Gaviões da Fiel trouxe uma reedição de 1994, através do enredo: “a saliva do santo e o veneno da serpente”, porém com leitura nova e detalhes diferentes da original. Clima arrepiante da largada, interação da arquibancada, coreografia surpreendente da comissão de frente e ritmo da bateria foram os destaques positivos. Queda no domínio do quesito evolução foram um dos pontos negativos. * SAIBA AQUI COMO FOI O DESFILE

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