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Vila Isabel apresenta samba e fantasias com promessa de desfile com ainda mais impacto em 2020

Por Allan Duffes e Geissa Evaristo

A Unidos de Vila Isabel apresentou neste sábado os protótipos das fantasias para o carnaval de 2020. O evento, fechado para comunidade, convidados, e segmentos serviu também ainda de apresentação oficial para o samba-enredo do próximo carnaval. Em novo modelo de disputa, a obra assinada pelos compositores Cláudio Russo, Chico Alves e Júlio Alves irá contar o enredo “Gigante pela própria natureza: Jaçanã e um índio chamado Brasil”, de autoria do carnavalesco Edson Pereira.

No que depender do conjunto de fantasias, a Vila Isabel tem tudo para repetir o impacto causado em 2019. Produzidas pelo carnavalesco Edson Pereira, as roupas voltam a esbanjar opulência, requinte, grandiosidade e dessa vez ganhando também um ar um pouco mais simples em algumas alas. Não faltará no carnaval da Unidos de Vila Isabel: plumas, penas de pavão e também muita criatividade.

As fantasias passearam por todas as regiões do Brasil. No primeiro setor predominou a temática indígena. Fantasiadas originalmente de bananas, as baianas da Unidos da Vila Isabel estarão logo no início do desfile. A pintura corporal também completará os figurinos desse setor.

Já no terceiro setor aparecem as cores da escola. A ala 9 “Gente Irmã Suada do Litoral” difere de estética apresentada e apresenta um figurino mais descontraído. Banhistas com isopor, boia, protetor solar e boia representam os cariocas.

Não faltará leitura nas fantasias criadas pelo carnavalesco. Muito colorido. Em outra ala até uma bacia plástica virou composição do figurino, mostrando que nem só de luxo, porém sempre com muito bom gosto.

“A intenção era criar fantasias com o mesmo volume do ano passado, mas com custo menor. A gente sabe que estamos vivendo um momento muito difícil de crise não só no carnaval, mas no país inteiro, então acho importante ter essa consciência”, disse Edson Pereira, que também falou sobre a escolha do samba de 2020.

“A Vila vinha sofrendo alguns anos com sambas que não eram o que o povo esperava. Esse ano nós abrimos uma disputa diferente e o motivo foi somente porque o tempo não favorecia a uma disputa tradicional e mais longa. De 19 sambas vimos que 13 eram maravilhosos, mas esse apaixonou toda a diretoria”.

Em entrevista ao CARNAVALESCO, Wilsinho Alves, diretor de carnaval, revelou novidades da escola visando o desfile de 2020.

“Os ensaios de quadra já iniciam no dia 17 de outubro e na última semana de novembro vamos pra rua. A Vila vai desfilar com cinco alegorias e o abre-alas terá três acoplamentos, gigantesco assim como no ano passado. Teremos um ou dois tripés”, disse Wilsinho, que também comentou sobre a obra escolhida.

“Foi uma unanimidade entre a diretoria e estou muito feliz. É um samba que tem tudo pra ser antológico e é um samba que com certeza vai funcionar na nossa comunidade”.

Um dos autores do samba da Vila Isabel para o Carnaval 2020, o compositor Cláudio Russo falou sobre a conquista e o modelo adotado pela escola.

“Achei o modelo muito legal até porque nós não tivemos gastos excessivos. Trouxemos o Chico Alves que tem um nome no samba de raiz e tinha vontade de vir pro lado do samba-enredo e deu muito certo. Eu sou muito letrista, ele também é. Casamos muito bem com a ajuda do Júlio Alves. Ficou uma construção bem feita, sem lugar comum, sem clichê e uma melodia mais tradicional, respeitando as características da Vila”, explicou Russo.

Estreante em disputa de samba, o compositor Chico Alves vibrou com a vitória na Vila Isabel. “Não sou compositor de samba-enredo. Sou um compositor. A gente só acerta a forma de fazer. Minha estreia foi com o pé direito à convite e sedução do Cláudio Russo. Eu não sou desse universo do carnaval. Ver essa turma cantando inflamada a sua música é algo novo e bom demais”.

Fernando Fernandes, presidente da Vila Isabel, é um dos dirigentes mais conscientes na organização de um desfile. Ao CARNAVALESCO, ele falou do trabalho para o Carnaval 2020.

“A Vila Isabel é uma escola organizada. A escola se preparou para essa crise, que era uma tragédia anunciada. O carnaval de 2020 será superior ao desse ano. Estamos bem estruturados e com um equipe bem forte, para desenvolver um grande trabalho. A Vila Isabel inovou e fez uma disputa com o menor custo para o compositor. Foi um atrativo para trazer mais compositores e, consequentemente, termos um grande samba”, comentou o presidente, que disse ser “conversa” a informação que a Vila Isabel receberia um apoio de R$ 5 milhões para falar de Brasília.

Revelação e sucesso comprovado em 2019, mestre Macaco Branco segue no comando da bateria da Vila. Ao CARNAVALESCO, ele analisou o desfile passado e revelou o que pode vir no futuro.

“Foi um desfile fantástico e eu pude contribuir para a escola fazer um grande desfile. Foi um trabalho que a gente vinha fazendo a bastante tempo com a bateria: um trabalho de resgate, que, graças a Deus, a gente está conseguindo chegar próximo àquele ritmo de Vila Isabel. Eu sou muito feliz por ter essa bateria e ter uma média de 200 ritmistas por ensaio. Isso é sinal de que o nosso trabalho vem dando certo. Agora, é só a gente aprimorar e vamos para Avenida com 275 ritmistas”.

Em mais um ano juntos, o casal de mestre-sala e porta-bandeira, Raphael e Denadir, é garantia de nota 40 para Vila Isabel. Ao CARNAVALESCO, a dupla analisou o desfile de 2019 e contou novidades de 2020.

“Foi um desfile maravilhoso, mas a gente sempre quer mais. Também queremos fazer um bom espetáculo para os jurados e para o público. Nós fizemos uma brincadeira com os guardiões. A nossa coreógrafa deu a ideia de brincar com a participação deles. E acabou sendo uma sacada muito legal e que deu certo. Já estamos trabalhando desde junho para que o desfile seja mais bonito que o desse ano”, citou a porta-bandeira.

“É aquela história: tirar 40 é difícil, só que mais difícil ainda é manter. Resolvemos triplicar o nosso trabalho para tentarmos manter a nota. A gente já tem algumas coisas em mente para 2020, que agora, é só colocar dentro de samba e ver o que dá certo. Lemos a sinopse, começamos a estudar o enredo e agora, com o samba, a gente vai trabalhar para tudo dar certo”, completou o mestre-sala.

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