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Comissão de Frente e Casal vão bem, mas Estácio peca na plástica das fantasias, que impactaram na leitura do enredo

Escola fez bom início de desfile, com ótimas apresentações de primeiros quesitos, mas estética deixou a desejar de metade para o fim da exibição

Terceira escola a desfilar no segundo dia de apresentações da Série Ouro, a Estácio de Sá se destacou com a Comissão de Frente e o casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira. Contudo, apesar do bom início, a escola perdeu força estética, cometeu erros em fantasia, que acabaram impactando na leitura do enredo. O último carro da escola também destoou dos dois primeiros pela simplicidade e acabamento ruim. A agremiação reeditou o enredo de 1995 em homenagem ao Flamengo, com título ‘Cobra Coral, Papagaio Vintém, Vestir Rubro-Negro, Não Tem Pra Ninguém’, e passou pela Sapucaí em 54 minutos. * VEJA FOTOS DO DESFILE

Fotos de Allan Duffes e Nelson Malfacini/Site CARNAVALESCO

Comissão de Frente

Coreografada por Ariadne Lax, a Comissão de Frente da Estácio de Sá trouxe o ‘Vestiário’ para a Avenida, com 15 componentes, sendo duas mulheres e 13 homens. A intenção dada pelo segmento foi de trazer o clima pré-jogo, de resenha e fé dos atletas antes de subir ao gramado. A coreografia pontuou o ato de vestir a camisa do Flamengo e o Rubro-Negro. O tempo todo de apresentação levou cerca de 1m45s.

Os componentes chegaram os com rostos pintados em Rubro-Negro e com roupas das mais diversas cores. O grupo teve coreografia bem sincronizada e com passos modernos virais das redes sociais. Em determinado momento, dão as costas rapidamente aos jurados e voltam vestindo as cores do Flamengo. Ao mesmo tempo, sobrevoa uma camisa vermelha e preta levada por um drone, na representação do ‘Manto Sagrado’. Ao fim, jogam bolas de futebol para as arquibancadas.

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira, Feliciano Junior e Alcione Carvalho, vieram vestidos com a fantasia ‘Cobra Coral’, em alusão ao primeiro uniforme da história do Clube de Regatas do Flamengo. O nome do figurino também faz parte do enredo e do samba da escola. As roupas da dupla estavam mesmos tons, com vermelho, preto, laranja e prata. Em cerca de 1m50s, os dois apresentaram grande dança, com sincronia e sintonia nos olhares e gestos. O casal passou sem problemas nos módulos e levantou o público. Ao fim, Feliciano ainda fez o ‘Vapo’, gesto em ‘X’, no pescoço que foi popularizado pelo meia Gerson, ex-jogador do Flamengo.

Harmonia

A harmonia também foi um dos pontos fortes da passagem da escola pela Sapucaí. Todas as alas cantavam o samba, que já é entoado nas arquibancadas do Maracanã pela torcida há mais de duas décadas. As primeiras alas, como a ‘Grupo de Regatas’ e ‘Papagaio Vintém’ se destacaram muita força na voz. As arquibancadas também foram inflamadas pela escola e cantaram o samba.

Enredo

Os carnavalescos trouxeram uma releitura do enredo, sob a ótica de um torcedor que estava na barriga da mãe no desfile de 1995. O personagem criado conta a história do desfile e representa a torcida, que é a principal homenageada na apresentação. Em um primeiro momento, a Estácio traz as origens do clube, desde o grupo de regatas, passando pelos esportes olímpicos do clube, até chegar ao futebol. No terceiro momento, a escola relembra os grandes títulos conquistados pelo Flamengo, principalmente no âmbito internacional. O desfile foi encerrado com uma grande ‘festa na favela’, como a torcida do Rubro-Negro canta após as vitórias no Maracanã.

Foi percebida a linha temporal proposta pelos carnavalescos, mas em determinado momento ficou confusa, principalmente por conta das fantasias, a diversidade de povos. Estes representavam os países onde o Flamengo conquistou título. O tripé ‘E Agora Seu Povo Pede o Mundo’, que tinham alguns ‘funko pops’ também ficou de difícil compreensão. Uma das alas, a ‘Os Rivais’, de número 17, deveria vir antes do segundo casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira, porém no desfile, veio depois.

Evolução

A Estácio apresentou seus primeiros segmentos no primeiro módulo julgador, mas logo após o fim da apresentação, o casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira avançou bastante e a ala das Baianas não conseguiu acompanhar, formando-se um pequeno buraco. Na sequência, porém, a escola manteve bom fluxo. Após a passagem pelo segundo módulo, a escola acelerou um pouco o passo sem necessidade e gastou um pouco mais de tempo no final e encerrou sem sustos.

Samba

Conhecido já há 27 anos, o samba já estava na ponta da língua de todos os componentes e arquibancada. O refrão foi bastante cantado, assim como o refrão do meio que tinha uma bossa do mestre Chuvisco e a parte ‘Encantou Estácio (Ó paixão), Paixão que Arde Sem Parar’. Do verso ‘O Céu Rasgou’ até ‘Enfeitada de luar’ a força do canto diminuiu, mas sem afetar o desenvolvimento da obra. O intérprete Serginho do Porto também fez grande trabalho no carro de som.

Fantasias

Como esperado, a Estácio trouxe em grande parte das alas, fantasias com foco no vermelho e preto. Já no primeiro setor, a ala das baianas veio, além das cores do clube, com tecidos diferentes em retalhos coloridos em alusão à costureira mãe do personagem principal. A segunda e terceira (Ourazul) ala contrastaram com o Rubro-Negro ao relembrar as primeiras cores do ‘Grupo de Regatas’, que era o amarelo e o azul. A partir da quarta ala, o vermelho e preto é predominante. A Estácio também levou para a Avenida fantasias com referências a continentes e países nos quais o Rubro-Negro conquistou títulos.

No entanto, apesar das primeiras alas se destacarem, problemas de figurino começaram a aparecer a partir da Ala 7, ‘Esportes Aquáticos’, onde faltaram partes da fantasia. As alas tinham bastante simplicidade nos materiais, principalmente do meio para o fim do desfile, com a ala ‘Os Rivais’, ‘Conquista da África’ e ‘A Favela Venceu’. As fantasias da composição do segundo carro também deixaram a desejar. Plasticamente, as alas iniciaram com muita beleza, mas a sequência da escola teve alguns problemas.

Alegorias

‘Paixão que Arde Sem Parar’, a primeira alegoria da Estácio de Sá levou as cores do Flamengo e da Escola, com bastante vermelho, preto e branco. O símbolo do clube apareceu logo na frente, e um urubu, mascote do clube, fechava a parte traseira do carro. O tradicional leão da escola também estava no abre-alas, que tinha o nome da agremiação perto do ‘CRF’ do Flamengo. Entre os destaques, se fez presente o ‘Urubu-Rei’, além de outras representações, como ‘A Grande Vitória’ e ‘Nação Rubro-Negra’. Imponente, o Leão tinha a bola de futebol nos pés e as cores e acabamento do carro chamaram atenção.

O segundo carro alegórico, ‘Campeão de Terra e Mar’ cortou um pouco do vermelho e preto trazendo o azul dos mares, onde o Flamengo teve as primeiras conquistas como grupo de regatas. E não nó nos oceanos, como também em outros esportes aquáticos. Contudo, referências ao Flamengo e suas cores também foram vistas, mas principalmente na parte traseira do carro. Fantasias de Netuno e Poseidon, seres mitológicos dos oceanos, foram vistas, além de alusões às conquistas aquáticas com figurinos de medalha de ouro, prata e bronze. Assim como a primeira, essa segunda alegoria também tinha imponência, bom acabamento e bonita plástica.

A última alegoria da Estácio de Sá é uma grande reverência à torcida, principalmente a da grande massa pertencente às favelas do Rio de Janeiro. Na alegoria estão presentes alguns grafites com versos do samba e gritos da torcida do Flamengo. Pinturas de torcedores também foram vistas. A alegoria trouxe variedade nas cores e a representação de uma grande comunidade. Fantasias como Camelôs, Motoboys e Funkeiras foram presentes para corroborar a ideia central do carro. Diferente dos dois primeiros carros, a última alegoria teve menor investimento, foi pouco carnavalizada, teve um acabamento deficitário e destoou visualmente.

Outros Destaques

Alguns ex-jogadores desfilaram pela escola, como Athirson, Nélio e Adílio, que era o destaque do tripé da agremiação. Personagens icônicos da torcida do Flamengo, como ‘Chapolin’ e o ‘Anjo Rubro-Negro’ desfilaram no último carro. Os músicos Xande de Pilares e Dj Marlboro também passaram na Avenida. Jack Maia esbanjou luxo e simpatia à frente da bateria, que veio com os rostos pintados e roupas nipônicas em referência ao título mundial do Flamengo em 1981, no Japão.

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