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Unidos de Bangu tem evolução problemática, estoura o tempo e risco de rebaixamento preocupa

Homenageando Castor de Andrade, escola da Zona Oeste comete erros em evolução e estoura três minutos do tempo. Mestre-sala emociona ao se fantasiar do do famoso contraventor

A Unidos de Bangu homenageou homenageou o contraventor Castor de Andrade no enredo “Deu Castor na cabeça”, assinado pelo carnavalesco Marcus Paulo, e foi a sexta escola a cruzar a passarela do samba na primeira noite de desfiles da Série Ouro. No geral, a apresentação foi bastante irregular, a escola desfilou já com o nascer do dia, o que prejudicou a harmonia, visto que muitos componentes apresentavam bastante cansaço. A vermelho e branco da Zona Oeste terminou sua apresentação com 58 minutos, o que fará com que a escola seja penalizada em três décimos no julgamento oficial. * VEJA AQUI FOTOS DO DESFILE

Fotos de Allan Duffes e Nelson Malfacini/Site CARNVALESCO

Apesar da justa homenagem ao contraventor Castor de Andrade emocionar em alguns momentos, principalmente, no primeiro mestre-sala, que através de uma maquiagem caprichada, estava representando o próprio bicheiro, a escola se apresentou com lentidão excessiva por quase a avenida, muito por conta da evolução arrastada da comissão de frente, no final, restou a escola correr, o que causou buracos em frente a última cabine de julgadores.

Comissão de Frente

A comissão de frente assinada pelo coreógrafo Vinicius Rodrigues tinha o nome “Botando a banca! Deu samba no jogo do bicho!”, os componentes representavam alguns animais do sorteio do jogo de bicho e com o uso da licença poética, o animal castor, que não faz parte do jogo do bicho, mas, que é o símbolo do homenageado, também foi representado.

A apresentação da comissão focou no início da história de vida de Castor de Andrade, tudo sob a ótica do mascote que o representava, o Castor. Eram 10 homens e cinco mulheres, todos vestidos de terno branco, com listras vermelhas, a roupa era de fácil leitura e a leveza da roupa contribuiu para o bailado, vale destacar o bonito trabalho de maquiagem nos componentes.. Muito divertida, a comissão arrancou aplausos do público, porém, a comissão se apresentou de forma muito lenta pela avenida, o que atrapalhou a evolução da escola.

Mestre-sala e Porta-bandeira

O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Anderson Abreu e Eliza Xavier, veio no setor de abertura da escola, logo atrás da comissão de frente, ela representou o jogo de bicho com numerações entre unidades e dezenas na indumentária. Já o mestre-sala era o próprio Castor de Andrade, com um trabalho de maquiagem incrível, Anderson emocionou o público. No primeiro módulo ele vinha à frente da comissão, apresentando a escola, até que em certo momento ele surgiu junto com a porta-bandeira.

A roupa, apesar de não ser luxuosa como se espera de um primeiro casal, era de fácil leitura e parecia ser leve, mesmo assim, foi notado um certo nervosismo de Eliza no primeiro módulo de julgamento, ela segurou a bandeira em alguns momentos para que ela não enrolasse, nos seguintes ela já estava mais solta e arriscou passos mais elaborados.

Harmonia

A harmonia da escola foi inconstante durante o desfile, as primeiras alas até cantavam com força e estavam animados, entretanto, o canto não era uniforme, com destaque apenas nos refrões. A agremiação ficou muito tempo parada nos primeiros minutos de desfile, o que visivelmente foi fundamental para o desempenho do canto dos componentes. A ala de baianas desfilou nos primeiros setores da escola, com uma roupa predominantemente rosa, a maioria das senhoras tentavam evoluir e cantavam o samba, porém, algumas apresentavam cansaço. Na última cabine de julgadores, o canto quase não conseguiu ser observado, a escola correu muito e os integrantes das alas estavam assustados com o que estava acontecendo.

Enredo

O carnavalesco Marcus Paulo optou por uma narrativa de fácil compreensão, o primeiro setor da escola mostrou o bairro de Bangu, representado no primeiro carro, passou pelas ações de Castor de Andrade e tudo que ele fez pela comunidade até se tornar lenda para os moradores, o segundo setor mostrou a paixão de Castor pelo Bangu Atlético Clube, o último setor foi uma homenagem a Mocidade Independente de Padre Miguel, grande paixão de Castor, o carro que fechou o desfile tinha as cores predominantes verdes, além do símbolo maior da escola, a estrela.

Evolução

Ponto fraco da escola, a evolução se mostrou inconstante durante toda a avenida, o andamento da Bangu foi completamente atrapalhado pelo início da escola, a comissão demorava muito no deslocamento entre os setores e tinha uma apresentação longa em frente aos jurados. A evolução começou de forma lenta, os componentes mal saíam do lugar, as alas também não evoluíram com entusiasmo, talvez pelo atraso no início do desfile, muitos pareciam estar cansados, como a ala de baianas. Por conta da lentidão, a bateria não entrou no recuo e o final da escola se mostrou completamente corrido, um buraco enorme se estendeu do setor oito até o 10, o último carro ficou e a escola seguiu rumo a Praça da Apoteose. O resultado foi o estouro de três minutos, o que fará com que a escola seja penalizada em três décimos no julgamento oficial.

Samba-Enredo

O carro de som conduziu com empolgação e segurança a obra ao longo do desfile, O intérprete Thiago Brito, juntamente com as vozes de apoio e os instrumentos de corda mostraram entrosamento na avenida. O refrão foi sem dúvida a parte do samba-enredo da Unidos de Bangu cantada com mais intensidade. “O meu palpite é forte. O mundo já sabe, respeite meu nome: Castor de Andrade!” ganhava força a cada passada. O trecho “Vai dar Bangu na cabeça” também foi gritado pela maioria das alas.

Alegorias e Adereços

O conjunto alegórico da escola se mostrou irregular ao longo do desfile e com alguns problemas de acabamento, pede passagem trouxe algumas paixões de Castor de Andrade, o jogo do bicho e a Mocidade, o led da estrela principal passou apagado e o gerador estava à mostra. A primeira alegoria, intitulada “Palpite certo! Do aspecto rural para o industrial”, apresentou problemas de acabamento em alguns dos animais, a segunda alegoria, “Bangu Atlético Clube, suas suas história , sua glória”, trouxe uma belíssima escultura do homenageado, bem fiel às suas características. Já a última representou a paixão de Castor pela Mocidade Independente de Padre Miguel, no geral, as alegorias foram de fácil leitura.

Fantasias

O conjunto de fantasias da escola se apresentou de forma uniforme durante o desfile, apesar de simples, não foi observado erros graves de acabamento, os destaques ficaram por conta da alas de passistas, representando líderes de torcida, a fantasia era em tons de vermelho e possibilitou uma boa evolução por parte dos componentes. Outro destaque foi a segunda ala, representando a indústria têxtil, a ala tinha uma leitura muito clara.

Outros destaques

A bateria do mestre Léo Capoeira representou o Clube do Bangu, vestidos nas cores do time, os 232 ritmistas realizam uma bossa ao ritmo de uma bandinha, encantando o público. A Wenny Isa, irmã de da cantora Lexa, fez sua estreia à frente da bateria.

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